Com presença de Maria da Penha, Galo lança campanha de combate à violência contra a mulher

Campanha ‘Não se Cale’ é promovida pouco antes do Dia Internacional da Mulher

Do Superesportes

Maria da Penha faz parte da campanha de combate à violência contra a mulher (Reprodução/Superesportes)

O Atlético lançou, na tarde desta sexta-feira, a campanha ‘Não se Cale’, de combate à violência contra a mulher. O projeto conta com apoio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e do Instituto Maria da Penha, principal símbolo da luta pela punição a esse tipo de crime no Brasil.

O clube escolheu esta sexta-feira para lançar a campanha por conta da proximidade do Dia Internacional da Mulher, que é celebrado em 8 de março. A ação do Atlético envolve, inclusive, a presença de Maria da Penha no Independência neste domingo, quando o time alvinegro enfrentará o Cruzeiro. A partida vale pela nona rodada do Campeonato Mineiro.

Segundo o clube, a ideia da campanha é “promover conscientização em torno do problema, ressaltando a importância de denunciar casos de agressão e procurar ajuda nos órgãos especializados”. Para denunciar casos de violência contra a mulher, basta discar 180.

Maria da Penha

Em 1983, Maria da Penha Maia Fernandes dormia quando foi baleada pelo marido, Marco Antônio Heredia Viveiros. O ocorrido a deixou paraplégica. Outras tentativas de assassinato foram colocadas em prática antes de ela decidir procurar a Justiça.

Maria da Penha procurou a Justiça e deixou a casa, com as três filhas. Dezenove anos depois, seu agressor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso apenas dois anos e foi solto em 2002.

O episódio chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica.

Em 2006, foi sancionada a Lei 11.340, que leva seu nome, Lei Maria da Penha, e cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Maria da Penha também é fundadora do Instituto Maria da Penha, uma ONG sem fins lucrativos de combate à violência doméstica e à violência contra a mulher.

Problemas

Recentemente, o Atlético se envolveu em polêmicas de gênero. Em 2016, o clube foi amplamente criticado por promover, ao lado da DryWorld, um desfile machista para apresentar o novo uniforme. Na ocasião, homens desfilaram com roupas tradicionais, associadas ao futebol; as mulheres, por sua vez, vestiram roupas que tornaram o ambiente sexista.

Em 2017, um grupo de torcedoras cobrou um posicionamento do clube sobre o episódio que envolveu Robinho. A Justiça italiana condenou o atacante por estupro de uma jovem albanesa, em decisão que cabe recurso. O Atlético se calou no episódio.

A campanha ‘Não se Cale’ também é uma tentativa da nova diretoria, comandada pelo presidente Sérgio Sette Câmara, de se reposicionar diante das polêmicas recentes – que ocorreram sob o comando do ex-mandatário Daniel Nepomuceno.

 

+ sobre o tema

Criador de “Glee” anuncia série com o maior elenco de pessoas trans da história da TV

Ryan Murphy, de Glee e American Horror History, já...

Rio 2016: Simone Manuel calls out police brutality after historic Olympic swimming victory

Rio 2016: Simone Manuel calls out police brutality after...

Stephanie Ribeiro: Por que Anitta incomodou os negros com o clipe de “Vai Malandra”?

Na coluna #BlackGirlMagic desta semana, Stephanie Ribeiro reflete sobre...

Salvador registrou 234 casos de abusos em 234 dias do ano

A Bahia lidera o ranking de denúncias de violência...

para lembrar

Feminismos e História: um encontro com o passado

Tendo em vista explorar a contribuição que os feminismos...

Machistas não passarão, nem aqui, nem na Rússia

A convite do Geledés, as membras Adriana Cecílio, Amanda...

Atrizes iranianas postam fotos sem véu e são obrigadas a deixar o país

Duas atrizes iranianas foram obrigadas a deixar o país...

Diálogo entre enfermeira e movimento de mulheres negras: direitos sexuais e reprodutivos

Programação e Inscrição Grátis (vagas limitadas) em: https://doity.com.br/dialogo-entre-enfermeira-e-movimento-de-mulheres-negras-sobre-direitos-sexuais-e-reprodutivos-/ Os dados sociais...
spot_imgspot_img

Prêmio Faz Diferença 2024: os finalistas na categoria Diversidade

Liderança feminina, Ana Fontes é a Chair do W20 Brasil, grupo oficial de engajamento do G20 em favor das mulheres. Desde 2017, quando a Austrália sediou...

Dona Ivone Lara, senhora da canção, é celebrada na passagem dos seus 104 anos

No próximo dia 13 comemora-se o Dia Nacional da Mulher Sambista, data consagrada ao nascimento da assistente social, cantora e compositora Yvonne Lara da Costa, nome...

Mulheres recebem 20% a menos que homens no Brasil

As mulheres brasileiras receberam salários, em média, 20,9% menores do que os homens em 2024 em mais de 53 mil estabelecimentos pesquisados com 100...
-+=