Nos últimos dias atos contra o racismo e a violência policial estouraram nos Estados Unidos e no Brasil, em plena pandemia do coronavírus, chamando a atenção para a centralidade da luta anti-racista nesses países. Além dos atos organizados por movimentos como o “Black lives matter” e o “Vidas negras importam”, a questão racial vem sendo pautada diariamente por diversos intelectuais que veem a questão do racismo como central nessas sociedades.
Para isso, muitos pensadores vêm produzindo conteúdo de forma gratuita em seus perfis em redes sociais. O GLOBO selecionou alguns destes intelectuais que podem ajudar quem quer entender melhor os problemas estruturais causados pelo histórico escravocrata do Brasil e como o racismo segue produzindo desigualdades no país.
Silvio Almeida
Silvio Luiz de Almeida é jurista, professor da FGV, da Mackenzie, e da Universidade de Duke, nos EUA. Em seus livros, artigos e publicações nas redes, ele discute como o racismo estrutural se manifesta no Brasil usando exemplos que vão do futebol, até a questões da política nacional e do direito.
Quem diria que o racismo iria emergir como uma das questões centrais no século XXI? Respondo: praticamente TODXS xs intelectuais que estudaram a fundo o tema. A perplexidade diante dos protestos é o sintoma do descaso e da negligência com um tema que sempre foi fundamental.
— Silvio Almeida (@silviolual) June 1, 2020
Sueli Carneiro
Amigas, amigos e amigxs
Em nome de Geledés Instituto da Mulher Negra, gostaria de te convidar para participar da nossa campanha sobre o genocídio da população negra que ocorre hoje no twitter.
— Sueli Carneiro (@SueliCarneiro) March 20, 2020
Djamila Ribeiro
Flavia Oliveira
A jornalista e colunista do GLOBO Flavia Oliveira aborda o racismo a partir de pespectivas como a da economia, em que mostra como negros enfrentam as maiores taxas de desemprego, por exemplo.
Na primeira leva de estatísticas sobre a pandemia nos EUA, em Louisiana sete em cada dez mortos eram negros; em Chicago 72%. É desfecho que espreita o Brasil, onde pretos e pardos são quase 56% da população. A crise tem cor e gênero. É negra e feminina. https://t.co/lNWt9yXJvG
— Flávia Oliveira (@flaviaol) April 10, 2020
Winnie Bueno
A acadêmica e influenciadora digital Winnie Bueno é criadora do projeto “Winnieteca”, que conecta pessoas através da doação de livros para promover o debate contra o racismo.
#VidasNegrasImportam #VidasNegrasImportam #VidasNegrasImportam
— winnieteca (@WinnieTeca) May 31, 2020
Jurema Werneck
Diretora da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck também é médica e doutora em comunicação e cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela trabalha com temas como direitos humanos e políticas públicas para a população negra.
As palavras faltam diante de mais uma pessoa negra assassinada por agentes do Estado! Nos EUA e no Brasil, é preciso lutar contra o #racismo sempre! #VidasNegrasImportam #BlackLivesMatters https://t.co/t6F5yhJzgU
— Jurema Werneck (@juremawerneck) May 27, 2020
Lilia Schwarcz