Conheça 7 intelectuais que nos ajudam a entender o racismo no Brasil

Enviado por / FonteO Globo

Nos últimos dias atos contra o racismo e a violência policial estouraram nos Estados Unidos e no Brasil, em plena pandemia do coronavírus, chamando a atenção para a centralidade da luta anti-racista nesses países. Além dos atos organizados por movimentos como o “Black lives matter” e o “Vidas negras importam”, a questão racial vem sendo pautada diariamente por diversos intelectuais que veem a questão do racismo como central nessas sociedades.

Para isso, muitos pensadores vêm produzindo conteúdo de forma gratuita em seus perfis em redes sociais. O GLOBO selecionou alguns destes intelectuais que podem ajudar quem quer entender melhor os problemas estruturais causados pelo histórico escravocrata do Brasil e como o racismo segue produzindo desigualdades no país.

Silvio Almeida

Silvio Luiz de Almeida é jurista, professor da FGV, da Mackenzie, e da Universidade de Duke, nos EUA. Em seus livros, artigos e publicações nas redes, ele discute como o racismo estrutural se manifesta no Brasil usando exemplos que vão do futebol, até a questões da política nacional e do direito.

Sueli Carneiro

Djamila Ribeiro

 

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Somos mulheres negras pensando e elaborando o mundo. Quando somos marcadas para nos discriminar, isso não é enxergado como um problema. Quando nós nos marcamos para nos empoderar, geramos incômodo. Raça e gênero se entrecruzam e combinam: para alguns corpos, a experiência material e cotidiana do racismo não se separa da vivência do machismo. A interseccionalidade é uma ferramenta metodológica desenvolvida por feministas negras e usada para problematizar a concepção branco-centrada de sujeito. Precisamos romper definitivamente com a ideia da existência de um sujeito universal – falamos, sim, de lugares diferentes. Atribuir uma identidade comum a categorias distintas socialmente é um erro de categoria. E se trabalharmos com essa hipótese, como buscar a emancipação de mulheres negras tendo como base a experiência do machismo vivenciado por mulheres brancas? É preciso ter cautela ao definir qual é realidade da qual estamos falando. Que possamos entender que as diferenças são um problema quando significam desigualdade. . Edit: no corte do vídeo, o “não” foi suprimido. O correto é “não eleja qual opressão é mais importante”.

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Flavia Oliveira

A jornalista e colunista do GLOBO Flavia Oliveira aborda o racismo a partir de pespectivas como a da economia, em que mostra como negros enfrentam as maiores taxas de desemprego, por exemplo.

Winnie Bueno

A acadêmica e influenciadora digital Winnie Bueno é criadora do projeto “Winnieteca”, que conecta pessoas através da doação de livros para promover o debate contra o racismo.

Jurema Werneck

Diretora da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck também é médica e doutora em comunicação e cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela trabalha com temas como direitos humanos e políticas públicas para a população negra.

Lilia Schwarcz

 

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Os Estados Unidos estão vivendo um momento de muita pressão. Tudo começou como uma resposta à morte de George Floyd, um homem negro que teve o pescoço prensado pelo joelho de um policial branco da cidade de Minneapolis. A cena não era uma exceção mas uma regra. No entanto, do alto de seu racismo o presidente Donald Trump defendeu neste sábado (30) que os estados e as cidades ajam de modo “muito mais duro” e ameaçou entrar com medidas severas, que podem incluir o uso de militares. Na noite desta sexta, houve manifestações em ao menos 30 cidades dos EUA, com confrontos em parte delas. Infelizmente esse não é um cenário estranho aqui no Brasil. O menino João Pedro, de 14 anos, que “desapareceu” após ser baleado em operação no Rio, e foi levado por um helicóptero, sendo que a família só conseguiu localizar o corpo na manhã desta terça-feira, no Instituto Médico Legal (IML), é prova do genocídio negro praticado também aqui no Brasil. Não será com a força que acabaremos com o racismo. Também não será com esteriótipos. Que essas mortes não caiam nos números frios das estatísticas. Temos que enfrentar o tema central que permanece sendo a morte de pessoas negras pela polícia: aqui e nós Estados Unidos. Não existe democracia com racismo.

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Geledés Instituto da Mulher Negra
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