Conheça Carol Anchieta, a nova aposta do “Jornal do Almoço”

Carol Anchieta, 36 anos, é a nova aposta do Jornal do Almoço, muito em breve na telinha. Mas, se você está achando seu rosto familiar, não está enganado.

De novata, a jornalista não tem nada: ela foi apresentadora do canal a cabo Futura por dois anos.

Atuou nos bastidores do Encontro Com Fátima Bernardes.

E foi âncora do Octo por sete meses.

A mil já com as gravações para o JA, ela sai às ruas como uma missão nobre: falar sobre diversidade e cultura para todos. Ficou curioso pra conhecer melhor esta gaúcha?  Nós também!

Aqui Entre Nós — Como será o teu desafio no JA?
Carol Anchieta —
Vou dar um direcionamento bem específico para a cultura. Já fiz externas (gravações fora do estúdio) mais trabalhadas, que fogem do formato hard news (dos noticiários). Vou trazer a cultura underground (além dos modismos), de life style (estilo de vida) em Porto Alegre e Região Metropolitana. O meu foco é mostrar o cenário cultural, as questões de gênero e as raciais, de comportamento, ou seja, cultura e diversidade.

Aqui — Qual será o tom?
Carol — Será sempre com um foco positivo. Quando eu penso em diversidade e inclusão, a minha ideia é mostrar que há espaço para todos. Que as pessoas se sintam à vontade de ir a todos os lugares.

Aqui — Como vais trabalhar esta proposta em uma emissora de tevê aberta, com um público tão diversificado?
Carol —
Como sou muito espontânea, vou fazer minhas matérias em tom de convite: “Vai, é bacana! Todo mundo pode”. Porto Alegre ainda é uma cidade muito segregada. Quero mostrar que existem programas para todos, em todos os lugares. Quero aproximar as pessoas.

Aqui — Recorda um pouco a tua trajetória até chegar à RBS TV.
Carol —
Comecei na TV Unisinos, em que atuei como âncora e me trouxe a experiência do ao vivo. Depois, fiz uma participação como convidada no College na TV, na Band, com matérias minhas sobre skate e o cenário street (de rua). No Rio de Janeiro, fui editora e apresentadora do Futura e fiquei no Encontro Com Fátima Bernardes por seis meses, como editora de texto. Depois, de volta a Porto Alegre, fiz Octo.

Aqui — Qual é a tua opinião sobre a representatividade do negro no jornalismo que é feito na tevê?
Carol —
Acho fundamental pelo que inspira. É uma inspiração para que outros estudantes negros nos vejam e pensem: “Eu posso também”. E não, necessariamente, para ser jornalista. Glória Maria é uma referência, claro. E Regina Casé também, porque sempre teve na sua fala a diversidade e trabalhou com outros formatos. A Regina é uma referência, pra mim, de conteúdo. Fiquei tensa quando a conheci (risos), mas, aí, puxei um papo sobre o Futura (risos), e começamos a conversar. Eu demorei a perceber a importância da minha representatividade no vídeo. Quando morei no Rio de Janeiro (por quatro anos), me aproximei mais do feminismo negro e entendi melhor esta minha missão.

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