Cotas Raciais Por que sim?

Histórico de lutas e conquistas

A luta pelo fim do racismo e de seus efeitos perversos sobre toda a sociedade não é uma novidade. O movimento negro brasileiro, especialmente a partir da década de 1970, vem pressionando o Estado para a implementação de políticas de combate à discriminação racial.

Ainda que de maneira tímida e com caráter pouco abrangente, algumas medidas foram implementadas.

O fato que melhor ilustra a mudança da abordagem do Estado em relação à questão racial foram as manifestações ocorridas em 1995, quando o movimento negro brasileiro deu visibilidade às comemorações pelos 300 anos de resistência contra o racismo. A data foi escolhida por marcar os 300 anos da morte de Zumbi, líder negro do Quilombo dos Palmares, assassinado em 1695.

Em 1995, o então presidente da República Fernando Henrique Cardoso admitiu que o Brasil é um país racista. No ano seguinte, organizou-se Histórico de lutas e conquistas um seminário que reuniu intelectuais do Brasil e do exterior para pensar soluções para as desigualdades entre negros(as) e brancos(as) no país. Apesar dos avanços alcançados, foi só em 2001 – com a participação do Brasil na 3a Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), de 31 de agosto a 7 de setembro, na cidade de Durban, na África do Sul – que o governo brasileiro passou a se comprometer publicamente com a luta contra a discriminação racial. Pressionado pelo movimento negro, o governo brasileiro, ainda sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso, iniciou uma série de ações para o desenvolvimento de políticas de ações afirmativas voltadas para a população negra brasileira, as quais se intensificaram no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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