Desafio é pensar o mundo sob a perspectiva feminina

Ministra da Igualdade Racial destaca desafios da mulher contemporânea em atividade alusiva ao 8 de Março nos Correios

Ministra da Igualdade Racial destaca desafios da mulher contemporânea

“O desafio que se coloca é o de pensar o mundo e responder às questões a partir de uma perspectiva feminina”, declarou a ministra Luiza Bairros, ao falar sobre a ocupação de espaços de poder por mulheres. A afirmação foi feita hoje, na abertura das comemorações do 08 de Março – Dia Internacional da Mulher – na Empresa de Correios e Telégrafos (ECT).

Ao lado das vice-presidentes da instituição, Morgana Cristina Santos (Negócios) e Glória Guimarães (Relações Interpessoais), a titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) participou da roda de conversa Empoderamento das mulheres: a presença feminina nos espaços de poder.

A ministra destacou a atuação dos Correios como agente das políticas públicas, parabenizando a instituição pela realização dos Fóruns de Direitos Humanos. A atividade está vinculada ao desenvolvimento do Plano de Ação do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, além dos compromissos assumidos nos Acordos de Cooperação Técnica firmados com a SEPPIR e a Secretaria de Direitos Humanos.

“São iniciativas positivas, que permitem aos Correios abordar as duas dimensões – de raça e gênero – para a construção de um ambiente institucional que permita às pessoas atuarem a partir de sua própria experiência social e cultural, contribuindo para a manifestação das diversidades no âmbito de trabalho”, afirmou Bairros.

Educação e gênero
Mestranda em Relações de Gênero na Universidade de Brasília (UnB), Mayra Guapindaia, fez uma apresentação sobre sua tese, que aborda duas instituições de ensino pernambucanas do século XVIII, voltadas para a educação masculina e feminina – o Seminário de Olinda e o Recolhimento de Nossa Senhora da Glória. Conceituando as relações de gênero como construções sociais que podem ser alteradas, a pesquisadora define o perfil das instituições como formadoras de homens para a vida pública e de mulheres para a vida privada.

”A educação masculina deveria formar homens de estado, voltados para a “luz”, a razão, para a recuperação da monarquia. As mulheres deviam ser educadas para formar os homens públicos, para serem suas primeiras mestras, nunca para ocuparem os espaços públicos”, declarou Guapindaia, que participou da conversa sobre O empoderamento das mulheres como estratégia de negócio e crescimento das empresas, junto com a professora Marina Brito, do Comitê Ad Hoc do Pró-Equidade e doutoranda em Políticas Pública, também da UnB. O debate foi mediado pela chefe da Universidade Corporativa dos Correios, Consuelo Aparecida Santos.

Coordenação de Comunicação da SEPPIR

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