Elisa Lucinda: Folhas de uma apostila de uma educação para adulto

Elisa Lucinda: ”Proponho mais coerência, menos violência, menos falsos moralistas, menos hipócritas. O Natal se aproxima, o Ano Novo também e tudo nos convoca à repaginação”

Foto: Roberto Filho/Divulgacão

por Elisa Lucinda no Revista Trip

A educação do adulto não acaba nunca. No aprender da caminhada estou sempre compartilhando através de poemas, crônicas, artigos, poesias e prosas, as coisas que aprendo no exercício do viver. E aí também me sinto, ao compartilhar os saberes, aluna e professora destas lições. Somos todos. Alunos de minhas aulas não são obrigados a me ouvir, são voluntários. Vem quem quer. É gente que entende que, de alguma maneira, pode aprender com o que penso ou provoco.

Assim acontece comigo em relação a outros arautos , e creio que seja assim com todos. Há pessoas com as quais uma tarde ao lado delas pode equivaler a um semestre numa faculdade. Eu poderia citar muitas dessas, mas o mestre Antônio Pitanga é o primeiro que vem à minha mente agora. Estar em seu convívio é confirmar a infinitude da aprendizagem. Sempre me dá aula de Brasil e de vida .

Escrever para mim ocupa muito esse lugar, parece um dever de casa da vida que eu faço. Uma reflexão sobre as matérias, sobre as disciplinas da vida. Se meu pensamento é fruto do impacto entre a minha existência e a realidade, escrevê-lo torna concreta a narrativa, dá-lhe uma substância menos dispersa, menos névoa, menos etérea. Tenho procurado estar mais atenta ,cada vez mais , ao que digo e tenho me lançado nessa tarefa sem que seja a custo de perder minha alegria, o bom humor, a piada. Só estou cansada é de um velho humor que só bate em quem já apanha,debocham das periferias,dos gays ,dia pretos,dos pobres,dos teavestis,trana,anões ,gordos e etc…

“O que o homem branco chama de ingênuo, bronco, é o pensamento não capitalista do índio. O que chama de bobo, é a sua dignidade”

“O conceito racista é uma teoria indefensável, quem o sente costuma omiti-lo”

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