Em Angola, cúpula com líderes africanos marca Dia da África

Luanda, 25 mai (Lusa) – Angola comemora nesta segunda-feira o Dia da África com uma conferência, na qual líderes do continente debatem a reconstrução nacional pós-conflito e o impacto da crise financeira internacional nas nações africanas.

O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, e o presidente da Comissão Executiva da União Africana (UA), Jean Ping, deverão participar do encontro. Além disso, o líder líbio e presidente da UA, Muammar Kadhafi, é esperado no evento.

Além da reconstrução pós-conflito e do impacto da crise mundial no continente, o colóquio terá ainda espaço no programa para debater a construção da União Africana nas perspectivas política e econômica.

Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores angolano confirmou à Agência Lusa que Kadhafi vai estar hoje em Luanda, mas ainda nada foi divulgado oficialmente.

Trata-se de uma das raras ocasiões onde José Eduardo dos Santos e Muammar Kadhafi, dois dos mais influentes lideres africanos, poderão estar juntos.

Segurança

Além disso, a 6ª. Conferência do Comitê dos Serviços de Inteligência e Segurança de África (Cissa), que teve início na sexta-feira e terminou no domingo, os participantes debateram questões relacionadas com a segurança e estabilidade no continente.

O presidente da Comissão Executiva da União Africana, Jean Ping, lamentou no domingo, no encerramento da conferência, que, passados os nove primeiros anos do século 21, o continente africano ainda tenha na paz e na segurança as maiores preocupações.

O gabonês lamentou ainda que os estados africanos, nesta fase da sua história, gastem dois terços dos seus recursos em questões de segurança e paz.

O chefe executivo da UA destacou, na hierarquia dos gastos dos países africanos na área, a gestão e resolução de conflitos, lembrando que somente um terço dos recursos são destinados a questões como a pesquisa e cooperação.

É na descrição deste cenário que Ping apelou a uma “maior conjugação de esforços” na região parra garantir a estabilidade e a paz no continente, frisando que as questões ligadas à segurança e inteligência assumem especial relevo quando o mundo enfrenta uma crise grave com impacto no continente africano com especial violência.

“Este momento impõe à nossa sensibilidade a procura de uma solução durável para os problemas da paz e segurança parra que seja possível concentrar esforços no desenvolvimento social e econômico”, concluiu.

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