Os filmes tentaram muitas vezes descrever a história da escravatura. As imagens controversas podem ser uma maneira de informar os mais jovens, mas será que as escolas e as exposições são capazes de ensinar esse passado vergonhoso? E quais são as melhores maneiras de transmitir uma mensagem para as gerações futuras?
Guadalupe: Um tema tabu
Após muitos anos de esquecimento, o departamento ultramarino francês começa agora a reconstruir o passado. Nos anos 80, o programa escolar passou a contar com uma versão adaptada sobre o tráfico de escravos, mas que não era obrigatória. Foi apenas em 2001, graças à lei Taubira, que reconhece o tráfico de escravos e a escravidão como crimes contra a humanidade, que a temática passou a ser obrigatória nas escolas.
Senegal: A simbologia de uma ilha
A três quilómetros da costa da cidade de Dakar, no Senegal, a pequena Ilha Goree relembra-nos a triste época da escravatura. O seu museu, A Casa dos Escravos, foi inaugurado em 1962 e dá a conhecer o ponto de partida definitivo dos escravos de África. E apesar dos historiadores não estarem todos de acordo sobre o papel de Goree, a ilha tem um papel simbólico forte.
França: Comércio da vergonha
Como transmitir a história da escravatura naquele que foi o primeiro porto negreiro de França? A cidade de Nantes colocou-se muitas vezes esta questão. No século XVIII, no cais do rio Loire, cerca de 450 mil escravos embarcaram para as colónias da América. Uma lembrança dolorosa que Nantes tentou ignorar durante muito tempo. Em 2012, a cidade foi uma das primeiras a construir um memorial da abolição da escravatura.
Fonte: Euro News