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    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    A importância da proteção de defensores e defensoras de direitos humanos 

    Ilustração/ Thaddeus Coates

    Quando eu descobri a negritude

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    Queremos uma presidenta em 2022!

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    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala prepara seu discurso após ser nomeada, em sua casa de Potomac, Maryland. (Foto: ERIC BARADAT / AFP)

    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala será a primeira mulher africana a dirigir a OMC

    (Foto: Divulgação/ Editora ContraCorrente) 

    Por ela, por elas, por nós

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      Bianca Santana, jornalista, cientista social e pesquisadora - Foto: Bruno Santos/Folhapress

      Notícia sem contexto contribui para o genocídio negro no Brasil, afirma pesquisadora

      Alice Hasters (Foto: Tereza Mundilová/ @terezamundilova)

      Alice Hasters – Por que os brancos gostam de ser iguais

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      Família diz que menino morto no Rio foi retirado da porta de casa pela PM

      Foto: Diêgo Holanda/G1

      Perigo: ele nasceu preto

      Foto: Ari Melo/ TV Gazeta

      Moradores carregam corpos e relatam danos psicológicos após ações da PM na Baixada Fluminense

      Keeanga-Yamahtta Taylor (© Don Usner)

      O que o Black Lives Matter diz ao mundo e ao Brasil

      83% dos presos injustamente por reconhecimento fotográfico no Brasil são negros

      Ilustração/ Thaddeus Coates

      Quando eu descobri a negritude

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      Brasil segue no topo de ranking de assassinatos de pessoas trans no mundo

      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

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        Negritude de Chiquinha Gonzaga ganha acento em exposição em São Paulo

        Edusa Chidecasse (Foto: Reprodução/ @tekniqa.studios)

        Websérie Bantus entrevista atriz angolana

        Itamar Assumpção/Caio Guatalli

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        Lula Rocha, expoente do movimento negro do Espírito Santo - Arquivo pessoal

        Morte: Agregador, articulou cultura e educação no movimento negro

        Chiquinha Gonzaga  Acervo Instituto Moreira Salles/Coleção Edinha Diniz/Divulgação

        Itaú Cultural abre a série Ocupação em 2021 com mostra dedicada à maestrina Chiquinha Gonzaga

        Vacinação contra a Covid-19 dos Quilombolas da comunidade Sucurijuquara, região isolada do Distrito de Mosqueiro, no Pará (Foto: FramePhoto / Agência O Globo)

        Covid-19: maioria da população, negros foram menos vacinados até agora

        Osaka comemora título do Austraçlian Open após vitória contra Brady (Foto: ASANKA BRENDON RATNAYAKE / REUTERS)

        Osaka conquista Australian Open e chega ao 4º título de Grand Slam

        Viviane Ferreira (Foto: Imagem retirada do site Glamurama)

        Cineasta Viviane Ferreira será a nova diretora-presidente da SPCINE

        Steve Granitz/WireImage

        Regina King interpretará a primeira congressista negra dos Estados Unidos

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              Escritórios de advocacia derrubam barreira elitista para melhorar inclusão racial

              Sem cotas, novas estratégias ainda precisam avançar mais para conduzir negros à cúpula das bancas jurídicas

              22/11/2020
              em Questão Racial
              Tempo de leitura: 5 min.

              Fonte: Por Flávio Ferreira, da Folha de S. Paulo
              A assistente jurídica Price Winfred Nalutaaya no escritório que a contratou por meio de programa de diversidade (Foto: Bruno Santos - 25.set.2020/ Folhapress)

              A assistente jurídica Price Winfred Nalutaaya no escritório que a contratou por meio de programa de diversidade (Foto: Bruno Santos - 25.set.2020/ Folhapress)

              O curso de direito da Faculdade Zumbi dos Palmares não é considerado de elite no mundo do ensino jurídico, mas suas aulas levaram a refugiada ugandense Price Winfred Natutaaya, 39, a conseguir um emprego de assistente jurídica na área de direito do consumidor em um grande escritório de São Paulo.

              Ameaçada de morte em Uganda pelo ativismo contra a mutilação genital de mulheres, Price chegou ao Brasil em 2013.

              Formada em economia, seus primeiros trabalhos no país foram como faxineira. Ela começou a cursar direito na Zumbi dos Palmares e logo conseguiu um estágio na Defensoria Pública de São Paulo.

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              25/02/2021
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              Foto: Diêgo Holanda/G1

              Perigo: ele nasceu preto

              24/02/2021

              Em seguida, no começo deste ano, foi contratada pelo escritório Lee, Brock, Camargo Advogados no âmbito do programa de diversidade racial da banca jurídica.

              “No escritório me sinto prestigiada. Estou aprendendo muitas coisas na prática sobre direito do consumidor. A teoria que aprendemos na academia não é suficiente. Aqui vejo como a vida anda”, diz Price.

              A contratação da ugandense faz parte de uma estratégia de eliminar requisitos elitistas de formação para contratar profissionais, deixando de lado também a tradicional cota numérica, em um novo método que está em implementação por grandes escritórios para aumentar a diversidade racial em seus quadros.

              Exigências como ter estudado em faculdades consideradas de primeira linha, como USP, PUC, Mackenzie e FGV, e ter fluência em inglês foram abolidas como critérios eliminatórios e abriram caminho para reverter situações de até completa ausência de negros nas bancas jurídicas.

              Esses programas de diversidade, porém, ainda não permitiram a chegada dos negros ao grupo dos sócios das cúpulas das bancas jurídicas.

              Algumas das firmas que implantaram a estratégia antielitista fazem parte do grupo intitulado Aliança Jurídica pela Equidade Racial, composto por dez grandes escritórios que desde o fim de 2017 realizam atividades para promover a inclusão racial internamente.

              O ponto de partida dos trabalhos foi uma pesquisa do Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades) que mostrou que em 2018 o percentual de negros entre os advogados dessas bancas era de menos de 1%.

              A banca Tozzini Freire Advogados foi uma das que adotaram a estratégia de tirar barreiras elitistas de suas fases de recrutamento.

              Em 2018 não havia profissionais negros em seu time jurídico, mas após as mudanças nos processos seletivos passou a contar com 50 advogados e 28 estagiários negros em 2020. No total, as unidades da firma contam com 682 pessoas na equipe jurídica.

              Kenneth Antunes Ferreira, sócio do escritório, diz que os melhores não são necessariamente aqueles que estão nas melhores faculdades e que já falam várias línguas.

              “Há pessoas muito boas que não tiveram a mesma oportunidade e que, quando dada oportunidade a elas, elas mostram talentos, competem de forma igual e se mostram até melhores do que aqueles que a gente contratava.”

              Segundo Ferreira, o programa de diversidade da firma levou a uma compreensão sobre a condição de renda familiar que está associada ao problema da falta de inclusão de negros no meio jurídico.

              “Quem consegue estar em uma faculdade de primeira linha e ser fluente em inglês com 19 anos? Alguém que a família conseguiu investir muito dinheiro. Vimos que havia essa questão social envolvida”, diz.

              O programa interno também está permitindo um contato mais próximo dos advogados com temas do cotidiano dos novos contratados, como, por exemplo, as vantagens do trabalho em home office.

              “No tema da pandemia, quando algumas pessoas falaram que estavam até sentindo falta do trânsito, uma das meninas do programa disse: ‘Bom, eu ganho quatro horas no dia’.”

              Isso porque ela saía de Guarulhos, ia para o Mackenzie, daí ia para o escritório e, às vezes, também ia para a aula de inglês, tudo com transporte público. “São realidades diferentes”, afirma o advogado.

              Após o início do trabalho para promover a diversidade no escritório, Ferreira passou a se declarar pardo de pele clara.

              “Esse é um ponto sensível para mim. Nunca fui muito militante da causa negra. Sou pardo, pele clara, e é aquela coisa, sempre é um meio termo: muito negro para ser branco, muito branco para ser negro. Passei a ser sócio do escritório sem ter essa discussão. Para me sentir à vontade para me autodeclarar pardo, foi e tem sido um grande aprendizado”, diz.

              Em outro escritório da Aliança pela Equidade, o Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, também ocorreu a flexibilização dos critérios elitistas, mas seus recrutamentos de estudantes foram dirigidos exclusivamente a negros, como foi feito recentemente pela rede de lojas Magazine Luiza (Magalu), levantando grande polêmica.

              Roberto Quiroga Mosquera, sócio da banca jurídica, diz que uma dificuldade inicial a ser superada foi a de mostrar a candidatos pretos e pardos que o escritório havia criado um ambiente de inclusão.

              “Eles não achavam possível trabalhar em um escritório como esse. Falavam: ‘Esse não é um lugar para mim, é um escritório de brancos’. Na medida em que você mostra que isso é possível, que não existe preconceito, isso possibilita entenderem que ali é um lugar em que eles podem estar, e que pode ser deles.”

              O número de negros no corpo jurídico da banca, incluindo advogados e estagiários, saltou de 26 para 91 desde 2018. As unidades da firma reúnem ao todo 771 profissionais do direito.

              Porém, a exemplo dos outros escritórios, o programa ainda não levou à diversidade racial no grupo de sócios do topo do comando da banca.

              Mosquera afirma que “isso vai levar um tempo. Temos também uma política arrojada de contratação de advogados já formados, para que com o tempo a gente possa chegar a ter negros na cúpula do escritório, sejam homens, sejam mulheres”.

              Iniciativa de promover programa de trainees exclusivo para negros gerou atritos entre magistrados da Justiça do Trabalho (Foto: Divulgação/ Magazine Luiza)

              Sócia da consultoria em equidade Gema, a advogada Thayná Yaredy diz que a eliminação dos critérios elitistas “é um ponto de partida de uma postura de diversidade muito importante dos escritórios. Sem a inclusão não conseguimos nem chegar ao debate sobre a equidade, que é a manutenção de um espaço saudável para essas pessoas”.

              Segundo Thayná, o efetivo desenvolvimento dessa segunda etapa após a porta de entrada é fundamental para resolver o problema da falta de negros no topo das firmas.

              Para a consultora, é preciso promover uma “mudança cultural dessas organizações para que elas consigam ter um comportamento diferente, que se preocupem em proteger as pessoas diversas dentro desses espaços que já são elitizados, que já tinham essa cultura de aglutinar determinadas pessoas dentro do lugar de trabalho”.

              Essa expectativa de chegar a postos mais altos no escritório já faz parte dos objetivos da ugandense Price.

              “Sinto que se eu for melhorando meu trabalho e ir ganhando experiência posso alcançar posições melhores na organização. Penso que posso chegar a um nível profissional que nunca conseguiria em Uganda”, conta a assistente jurídica.

              Fonte: Folha de S. Paulo, por Flávio Ferreira
              Tags: Advogados Afro-brasileirosinclusão racialRacismo
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              • Para fechar fevereiro, a coluna Nossas Histórias vem com a assinatura da historiadora Bethania Pereira, que nos convida a pensar sobre as camadas de negação da história do Haiti. Confira um trecho do artigo do artigo"O Pioneirismo haitiano nas lutas pela liberdade no Atlântico"."A partir de 1824, o presidente Jean-Pierre Boyer passou a oferecer terras e cidadania para os imigrantes exclusivamente negros, vindos dos Estados Unidos. Ao chegar no Haiti, as pessoas teriam acesso a um lote de terra, ferramentas e, após um ano, receberiam a cidadania haitiana. A fim de fazer seu projeto reconhecido, Boyer enviou Jonathas Granville como seu representante oficial para os Estados Unidos. Lá, Granville pode se reunir com afro-americanos de diferentes locais mas, aparentemente, foi na cidade de Baltimore, onde ele participou de reuniões na African Methodist Episcopal Church – Bethel [Igreja Metodista Episcopal Africana] e pode se encontrar com homens e mulheres negros e negras. Acesse o material na íntegra em: A Coluna Nossas Histórias é parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune #Haiti #Liberdade #Direitos #SéculoXIX #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
              • #Repost @naosomosalvo • • • • • • A @camaradeputados, o @senadofederal e o @supremotribunalfederal precisam frear a política armamentista da Presidência da República, que coloca em risco nossa segurança e nossa democracia. 72% da população brasileira é contrária à proposta do governo de que é preciso armar a população: precisamos unir nossas forças e vozes contra esses retrocessos! Pressione agora: www.naosomosalvo.com.br As armas que a gente precisa são as que não matam.
              • No próximo sábado, dia 27 de fevereiro, às 17h, as Promotoras Legais Populares- PLPs, realizam uma live para falar sobre ações e desafios durante a pandemia, no canal do YouTube de Geledés Instituto da Mulher Negra.
              • Abdias Nascimento, por Sueli Carneiro “Sempre que penso em Abdias Nascimento o sentimento que me toma é de gratidão aos nossos deuses por sua longa vida e extraordinária história fonte de inspiração de todas as nossas lutas e emblema de nossa força e dignidade. A história política e a reflexão de Abdias Nascimento se inserem no patrimônio político-cultural pan-africanista, repleto de contribuições para a compreensão e superação dos fatores que vêm historicamente subjugando os povos africanos e sua diáspora. Abdias Nascimento é a grande expressão brasileira dessa tradição, que inclui líderes e pensadores da estatura de Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Franz Fannon, Cheikh Anta Diop, Léopold Sedar Senghor, Patrice Lumumba, Kwame Nkruman, Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Steve Biko, Angela Davis, Martin Luther King, Malcom X, entre muitos outros. A atualidade e a justeza das análises e das posições defendidas por Abdias Nascimento ao longo de sua vida se manifestam contemporaneamente entre outros exemplo, nos resultados da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, ocorrida em setembro de 2001, em Durban, África do Sul, que parecem inspiradas em seu livro O Genocídio do Negro Brasileiro (1978) e em suas incontáveis proposições parlamentares.Aprendemos com ele tudo de essencial que há por saber sobre a questão racial no Brasil: a identificar o genocídio do negro, as manhas dos poderes para impedir a escuta de vozes insurgentes; a nos ver como pertencentes a uma comunidade de destino, produtores e herdeiros de um patrimônio cultural construído nos embates da diáspora negra com a supremacia branca em toda parte. Qualquer tema que esteja na agenda nacional sobre a problemática racial no presente já esteve em sua agenda política há décadas atrás, nada lhe escapou. Mas sobretudo o que devemos a ele é a conquista de um pensar negro: uma perspectiva política afrocentrada para o desvelamento e enfrentamento dos desafios para a efetivação de uma cidadania afrodescendente no Brasil, o seu mais generoso legado à nossa luta.” 📷Romulo Arruda
              • #Repost @brazilfound • • • • • • InstaLive Junte-se a nós para uma conversa com Januário Garcia, ícone da história do movimento negro no Brasil, enquanto celebramos o mês da história negra (Black History Month).⁠ ⁠ 📆: Terça-feira, 23 de fevereiro ⁠ ⏱: 18 hs horário de Brasília⁠ 📍: Instagram da BrazilFoundation (@brazilfound)⁠ ⁠ Fotógrafo brasileiro, Januário Garcia há mais de 40 anos vem documentando os aspectos social, político, cultural e econômico das populações negras do Brasil. Formado em Comunicação Visual, passou por prestigiados jornais e grandes agências de publicidade do Rio de Janeiro e é autor das fotos de álbuns icônicos de artistas consagrados. ⁠ ⁠ Januário participa de importantes espaços de memória, arte e cultura do povo negro; é co-fundador do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras, é membro do Conselho Memorial Zumbi e, atualmente, Presidente do Instituto Januário Garcia, um Centro de Memória Contemporâneo de Matrizes Africanas.⁠ ⁠ *⁠ #BrazilFoundation #mêsdahistórianegra #blackhistorymonth #januáriogarcia #brasil @januariogarciaoficial
              • Hoje é o dia nacional de luta por um auxílio emergêncial de 600 reais até o fim da pandemia! Fortaleça em todas as redes: #AuxilioEmergencial600reais #AteOFimDaPandemia #VacinaParaTodesPeloSUS Acompanhe os atos: https://coalizaonegrapordireitos.org.br/ato-nacional-pelo-auxilio-emergencial/
              • "As estratégias de liberdade desempenhadas pelos escravizados tiveram muitas dinâmicas. Em algumas oportunidades, era a carta de alforria o recurso daqueles que buscavam conquistar a saída da escravidão." Leia o artigo do historiador Igor Fernandes de Alencar, para a coluna
              • "Os ares colonizatórios destroem nossos pulmões. A população negra no mundo vem sendo asfixiada desde o processo de escravidão que mortificou as almas e os corpos do povo negro para dar “vida” a um novo modo de existência que podem ser compreendidos como mutações coloniais." Leia o Guest Post de Francélio Ângelo de Oliveira em www.geledes.org.br
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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