Estima-se que pelo menos 300 condenados foram inocentados após realização de exames de DNA nos EUA
Um homem afro-americano preso há 26 anos foi inocentado do estupro e assassinato de uma mulher após a realização de exames de DNA, informou a promotoria de Washington.
Kevin Martin, condenado a 35 anos de prisão após ser incriminado por um cúmplice, foi solto em 2009 após passar mais de 25 anos na prisão. Martin foi declarado inocente pelo juiz federal Ronald Machen, após um pedido da promotoria para “limpar” a ficha do ex-detento.
“Apesar de Martin ter sido condenado por uma série de assaltos com arma, o sistema nos enganou quando ele foi injustamente considerado culpado por um brutal caso de estupro e assassinato, e teve que passar tempo demasiado na prisão”, destacou a promotoria. “Durante três décadas, Martin se declarou inocente e hoje apoiamos o pedido para limpar seu nome”, concluiu a promotoria.
Após numerosas gestões do condenado, o governo autorizou uma comparação do DNA de Martin com a do esperma encontrado no corpo da vítima, Ursula Brown.
Na época do crime, em 1982, não existiam os exames de DNA.
A organização Innocence Project estima em 317 o número de casos de condenados cuja inocência foi determinada após a realização de exames de DNA. Deste total, 18 permanecem detidos no corredor da morte e 70% são negros.
Fonte: Band