Mirian Sores, ativista e feminista jovem preta alagoana e estudante do curso de Serviço Social do Centro Universitário Tiradentes, em Maceió,AL, relacionou uma pequena amostra do racismo que não diz seu nome, mas, se coloca em perguntas “inocentes”, aquelas que “ do sem querer ofender”
por Arísia Barros no Raízes da África
Ei-las:
Olá amiguinhos, lista de coisas que ouço muito:
1. Pesa muito? Seu pescoço não dói não?
2. Como você deixa seu cabelo assim? / O que você faz para o seu cabelo ficar assim? (Sempre essa pergunta vem de pessoas que tem o cabelo liso natural)
3. Você penteia seu cabelo como?
4. Ter o cabelo assim deve ser super em conta, não tem gastos, já que não é nada arrumado. (Essa eu escuto de pessoas que tem o cabelo alisado quimicamente)
5. Você fica tão desarrumada com esse cabelo.
6. Posso tocar no seu cabelo? Só para sentir se é realmente duro.
7. Nossa como seu cabelo é cheiroso, não imaginava.
8. Quem corta seu cabelo? Deve ser difícil de corta.
9. Você consegue arrumar namorad@s com esse cabelo?
10. Você está sem dinheiro, por isso o usa assim?
11. (Essa aqui escuto quando estou de turbante): você é da “macumba”, ou de alguma religião nessa linha?
Tem muito mais coisas, varias, aliás, e sempre que recebo uma dessas perguntas fico me questionando o que responder, pois a cara das pessoas é de inocência é de: “não tô perguntando por mal”.