Exposição sobre o feminismo negro será aberta na Uenf, em Campos, RJ

Exposição de fotos conta a história da ativista Lélia Gonzalez.
Evento acontece 14 a 23 de outubro.

Do G1

A exposição “Lélia Gonzalez: o feminismo negro no palco da história” será aberta às 18h30 desta quarta-feira (14) na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Evento segue até o próximo dia 23.

Lélia Gonzalez foi historiadora, antropóloga e filósofa. Nascida em Belo Horizonte, em Minas Gerais, Lélia foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU). Como educadora, ativista e intelectual, contribuiu para a formação de uma consciência crítica em relação aos preconceitos que mantêm mulheres negras em desvantagem na sociedade. Lélia viveu entre 1935 e 1994 e escreveu diversos livros e artigos entre 1975 e 1990.

Lélia Gonzalez é tema da exposição (Foto: Alberto Jacob / Agência O Globo)
Lélia Gonzalez é tema da exposição
(Foto: Alberto Jacob / Agência O Globo)

A abertura da exposição da fotobiografia acontecerá no miniauditório do Centro de Ciências do Homem (CCH/Uenf, sala 114), e será exibido um documentário sobre a vida e obra da personagem, seguido de debate reunindo estudiosos e personalidades ligadas à questão da discriminação contra negros e mulheres no Brasil.

“A exposição trata da biografia de uma ativista negra, sua produção intelectual e o ativismo político. A ideia é trazer a biografia e o contexto social que ela esteve inserida no processo político do Brasil”, ressaltou Flávia Rios, uma das coordenadoras da exposição e co-autora da primeira biografia de Lélia Gonzalez.

Na mesa de debate estarão: Luciane Soares (socióloga e professora da Uenf); Gilberto Coutinho (Totinho, presidente da Escola de Arte e Cultura Popular Mãos Negras e membro do Fórum Municipal da Religiosidade Afro-brasileira – FRAB); Flavia Rios (socióloga, pós-doutoranda da Uenf); Sergio Risso (historiador e coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Instituto Federal Fluminense, campus Centro); e Leonardo Vieira (cientista Social, pesquisador do Núcleo de Estudos da Exclusão e da Violência – NEEV/UENF).

A exposição foi inaugurada em fevereiro deste ano e já passou por cidades como Saõ Paulo, Recife, Goiânia, Brasília e Rio de Janeiro. Na Uenf a foto-biografia ficará em exposição até o próximo dia 23, na área externa do Restaurante Universitário.

O evento fa zparte de uma atividade conjunta do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da universidade e da Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh), associação civil dedicada a ações voltadas para a igualdade entre os gêneros, raças/etnias e promoção da diversidade cultural.

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