Camila Moura de Carvalho: Por que o feminismo negro?
“A voz de minha filha recolhe em si a fala e o ato. o ontem – o hoje – o agora . na voz de minha filha se fara ouvir a ressonância o eco da vida -liberdade.” (Conceição Evaristo) Quem sou eu essa mulher negra? Tal indagação – que não é meramente retórica – abre um portal de infinitas possibilidades de respostas e de outras tantas perguntas para cada uma de nós. Esse pequeno ensaio sobre a condição da mulher negra foi se construindo em torno de duas perspectivas: uma inicial, de caráter mais ontológico ou existencial e outra que se ancora em torno de mitos da mobilidade social, em um contexto mais geral. Sabemos lá no fundo que em algum momento de nossa existência, nos foi revelada nossa condição de mulher e de negra. Em algum momento o encanto se quebrou (encanto de ser quem se é) e ...
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