Feminicídio na Argentina: Mulher de 47 anos morre após ser empalada e agredida sexualmente

Mais um caso trágico de feminicídio deixa a Argentina em luto.

A doméstica Irma Ferreyra da Rocha, de 47 anos, foi vítima de um ataque sexual no fim de semana. Ela foi empalada e agredida por um pedreiro na noite de sábado (17).

Fonte: Huffpost Brasil

por, Diego Iraheta

Irma era mãe, tinha 7 filhos, arrimo de família.

Ela estava em uma festa em Garupá, no nordeste do país. Foi lá que conheceu Alejandro Esteche, de 28, apelidado de “El Porteño”.

Ele a levou a para um descampado, onde ocorreu a violência com uma tora de madeira.

Um morador local descobriu a mulher ensanguentada. A dor e a agonia duraram mais de um dia, segundo o jornal El Clarín.

As lesões provocadas pela agressão foram irreversíveis, e Irma morreu no domingo.

Segundo o jornal local Misiones Online, o agressor negou ter violentado a vítima e disse que ocorreu uma relação sexual consentida.

El Porteño admitiu que introduziu o ramo na vagina da vítima porque ela “pedia mais”. No entanto, ao notar os ferimentos provocados pelo ato, desesperou-se e fugiu, deixando Irma sozinha no local ermo onde estavam.

A polícia local informa que também foram detectados sinais de espancamento na doméstica, mas o pedreiro negou agressões.

Alejandro Esteche foi indiciado por homicídio e abuso sexual.

Ni Una A Menos

O feminicídio é um dos principais dramas da Argentina, onde 275 mortes por violência de gênero foram registradas só no último ano.

Em outubro, uma adolescente de 16 anos também morreu após ser estuprada e empalada. Os criminosos chegaram a lavar o corpo da vítima para simular uma overdose e a levaram ao hospital.

O assassinato de Lucía Perez foi descrito pela Justiça argentina como “aberração desumana”.

Após esse episódio, milhares de mulheres participaram de passeatas e de uma greve geral por uma hora em diferentes cidades da Argentina.

A mobilização foi protagonizada pelo movimento Ni Una A Menos, que se apresenta como um “grito coletivo contra a violência machista” e atua como grupo de pressão na política para proteger as mulheres na Argentina.

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