A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta terça-feira (28) uma nota técnica que destaca a importância da vacinação contra a Covid-19 em crianças com idade entre 5 e 11 anos.
No documento, a Fiocruz afirma que a imunização nessa faixa-etária é fundamental para evitar internações e mortes pela doença, além de reduzir a transmissão do vírus.
Diante do avanço da variante Ômicron em diversos países, a Fiocruz ressalta que há uma preocupação com a transmissão da nova cepa, principalmente em indivíduos não vacinados, o que faz das crianças abaixo de 12 anos um grande alvo dessa e de outras variantes de preocupação.
Outro ponto ressaltado na nota é em relação ao retorno pleno das atividades escolares.
“Ainda que crianças adoeçam menos por Covid-19 e menos frequentemente desenvolvam formas graves da doença, elas transmitem o vírus na comunidade escolar e fora dela.
A vacinação de crianças se apresenta, portanto, como alternativa robusta para garantir a continuidade de oferta de escola na forma presencial”, diz um trecho do documento.
No último dia 16, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o imunizante da Pfizer para crianças a partir dos cinco anos. A autorização ocorreu após serem feitos testes e ensaios clínicos em diferentes fases e a utilização da vacina em pessoas dessa idade, em outros países.
A Fundação ressalta, ainda, que eventos adversos pós-vacinas são raros e menos frequentes que as risco de complicações pelo vírus. Nos Estados Unidos, os indicadores mais recentes revelam que cerca de 5 milhões de crianças entre 5 e 11 anos de idade já foram imunizadas, sem eventos adversos significativos.
No Brasil, até o dia 4 de dezembro, foram hospitalizadas quase 20 mil pessoas com menos de 19 anos com diagnóstico positivo para a Covid-19.
Enquanto isso, na faixa etária de menores de 1 ano, foram notificados 5.126 casos de internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19, de 1 a 5 anos foram 5.378 casos e, de 6 a 19 anos, 9.396 casos.
Em relação as mortes, foram notificados 1.422 óbitos por SRAG confirmados por Covid-19. Desses, 418 tinham menos de um ano de idade, 208 vítimas tinham até cinco anos e 796 tinham entre seis a 19 anos.
