Grupo marca “rolezinho” em shopping no Rio de Janeiro

Até o final da tarde de hoje (13), mais de 5 mil pessoas confirmaram presença na página na internet

Flávia Villela

Rio de Janeiro – Um grupo está preparando um encontro no próximo domingo (19), no Shopping Leblon, bairro nobre da cidade. O convite para o chamado “rolezinho” é feito por meio das redes sociais.

Na página no Facebook, os criadores dizem que o evento é “em apoio à galera de São Paulo, contra toda forma de opressão e discriminação aos pobres e negros, em especial contra a brutal e covarde ação diária da Polícia Militar no Brasil, seja nos shoppings, nas praias ou nas periferias”.

Até o final da tarde de hoje (13), mais de 5 mil pessoas confirmaram presença na página na internet.

Jovens participaram no último sábado (11) de um “rolezinho”no Shopping Metrô Itaquera, em São Paulo. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes contra os adolescentes. Três pessoas foram detidas. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública, centenas de jovens promoveram quebra-quebra, furtos e roubos no centro comercial.

Em nota, a assessoria de comunicação do Shopping Leblon informou que o centro comercial “está tomando as medidas cabíveis para garantir a segurança aos seus lojistas, consumidores e funcionários”.

A Agência Brasil solicitou entrevista aos administradores da página no Facebook onde está a convocação para o “rolezinho” no shopping carioca, porém não houve resposta até o momento.

A prática dos “rolezinhos” começou no final do ano passado, em São Paulo. Os primeiros foram organizados por cantores de funk em resposta à aprovação pela Câmara Municipal de um projeto de lei que proibia bailes do estilo musical nas ruas da capital paulista.

A proposta foi vetada pelo prefeito Fernando Haddad no início deste ano. Os rolezinhos continuaram, no entanto, a serem organizados. Muitos shoppings têm recorrido à Justiça para impedir os encontros.

 

 

Rolezinho e racismo

 

 

Fonte: Exame

 

+ sobre o tema

Cotas raciais são mais efetivas que as sociais

Por: Rafael Moraes Moura   BRASÍLIA - Pesquisa feita em 2010...

Dos traficados com drogas aos traficantes de drogas: Racismo e Proibicionismo no Brasil

Segundo o historiador Henrique Carneiro no artigo “As drogas:...

Alice Hasters – Por que os brancos gostam de ser iguais

Alice Hasters, escritora afro-alemã, nascida em Colônia, em 1989,...

para lembrar

O ser malungo e as parcerias para além do tumbeiro

Em poucas palavras, deixo aqui algumas reflexões sobre a...

As cotas para os negros e o racismo no Brasil

    Anderson Belmiro Caríssimos, gostaria de participar...

“Se você acha o sistema justo, vai odiar as cotas”, diz Patricia Collins

A estudiosa analisa em entrevista ao Correio a vulnerabilidade...

Tragam-me a cabeça de Lima Barreto

Ancorado no tripé loucura, racismo e eugenia, monólogo com...
spot_imgspot_img

Felicidade guerreira

Já se perguntou se você é… racista? Indago porque pessoas negras costumam ouvir com indesejável frequência perguntas iniciadas com um "Você é… (três pontinhos)" se estiverem...

Educação antirracista completa 20 anos no papel com obstáculos na prática

Em 2024, o Brasil completa duas décadas de publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História...

Uma vida dedicada a proteger mulheres nos EUA, na África do Sul e na Índia

"O patriarcado é tão profundo que se torna normalizado, invisível. Ele está sistematizado na forma como nossas sociedades tratam as mulheres", ouvi da feminista...
-+=