Luanda, 5 set (Prensa Latina) O Chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Guiné Bissau, António Indjai, manifestou hoje aqui que sua presença em Angola persegue o reforço da cooperação no ramo militar entre ambos países africanos.
Indjai, quem realiza uma visita de cinco dias, indicou que a colaboração bilateral inclui principalmente os setores da defesa e segurança, no âmbito de uma reforma e renovação que implementará o Exército guineano em seu seio.
Em aras da consolidação da paz no pequeno Estado do oeste da África, Angola poderia contribuir ao desenvolvimento de alguns projetos na área de formação de quadros, sublinhou.
Tal aproximação ocorre, depois de um levantamento de militares na Guiné Bissau, ocorrida em abril deste ano, que teve como desenlace a detenção e afastamento do poder do Chefe das Forças Armadas, almirante José Zamora Induta.
Zamora Induta, encontra-se ainda enclausurado em um quartel militar, e segundo Indjai, está sujeito a um processo judicial pelo Ministério Público baixo suspeitas de estar envolvido em tráfico de drogas.
Como resultado dessa violenta ação, repudiada pela comunidade internacional, o premiê, Carlos Gomes Júnior, foi apressado e libertado com antecedência.
Sobre a proposta da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) de criar uma força conjunta para contribuir à estabilidade da Guiné Bissau, Indjai assegurou que os militares em seu país não decidem à repeito.
O poder político e o parlamento guineano são os que têm concorrência nesse assunto, expressou.
À frente de uma delegação do Exército, Indjai ressaltou os históricos laços amistosos existentes entre Guiné Bissau e Angola, forjados entre os independentistas Amilcar Cabral e Agostinho Neto.
Durante sua estância em Angola, a comitiva visitante sustentará encontros com responsáveis pelo Exército angolano e do Ministério de Defesa, e visitará unidades e escolas militares.
Fonte: PrensaLatina