“Habemus acarajé”, brincou o secretário estadual da Copa, Ney Campello, ao finalmente anunciar, nesta sexta-feira (7), o (quase) fim do impasse entre baianas, Fifa e os órgãos organizadores da Copa das Confederações no Brasil. Ficou decidido que seis quituteiras, minuciosamente selecionadas pela Associação das Baianas de Acarajé e Mingau (Abam), poderão, enfim, vender a mais sagrada iguaria da Bahia dentro dos limites da Arena Fonte Nova no período em que serão realizados, no local, os jogos do campeonato. No entanto, para ter como potenciais consumidores os turistas previstos para o período, as profissionais terão que arcar com algumas obrigações.
De acordo com Campello, a mais importante delas será a qualificação, realizada através de cursos oferecidos pelo Sebrae e Senac a partir da próxima semana. “Elas passarão por aulas de noções de megaeventos, empreendedorismo, controle de qualidade, hospitalidade, manipulação, idiomas estrangeiros e higiene pessoal, além de visitas aos pontos de vendas e unidades de produção”, explicou, em entrevista ao Bahia Notícias. Além disso, segundo a presidente da Abam, Rita Santos, foi vetado o uso de botijões de gás dentro do estádio, o que exigirá a utilização de fogões elétricos no preparo dos acarajés. A baiana, que também venderá seus quitutes na Fonte durante o evento esportivo, garante, porém, que a troca de utensílios não afetará o sabor da iguaria. “Primeiro pensamos em optar pelas fritadeiras elétricas, mas algumas de nós não sabem manusear o equipamento. Assim, decidimos pelo fogão elétrico, que tem um funcionamento parecido com o fogão a gás”, contou. A previsão de Rita é que sejam vendidos, pelo menos, 3 mil acarajés e abarás durante o primeiro jogo da Copa das Confederações, no dia 20 de junho. “Não queremos pensar muito alto. Estamos trabalhando com o pé no chão”, disse.
Fonte: Bahia Noticias