Os brutais assassinatos da socióloga e ex-vereadora do PSOL-RJ, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes completam 30 dias nesta sexta-feira (13), sem que ninguém tenha sido preso ou, sequer, algum suspeito fosse indiciado. Para marcar a data e protestar contra a violência no Rio de Janeiro e pelo fato de que as investigações ainda não tenham obtido sucesso foram marcadas inúmeras ações, intituladas “Amanhecer na Praça por Marielle e Anderson”. As manifestações são organizadas pelo PSOL e por integrantes de movimentos sociais e terão início na madrugada de sábado (14), em diversos locais do Rio, outras cidades do Brasil e até mesmo em Buenos Aires, na Argentina, e Budapeste, na Hungria.
Marielle e Anderson sofreram um atentado e foram mortos a tiros na noite de 14 de março, depois que a ex-vereadora deixou o evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, que ocorreu na Rua dos Inválidos, bairro da Lapa. O carro onde estavam os dois foi seguido e os crimes aconteceram na Rua João Paulo I, no Estácio, perto da prefeitura do Rio. Ambos estavam acompanhados de uma assessora da vereadora, que sobreviveu ao ataque criminoso.
A Polícia Civil e o Ministério Público do estado do Rio seguem investigando o caso. Está sendo apurado se a execução de Carlos Alexandre Pereira Maria, líder comunitário em Taquara, na Zona Oeste, tem a ver com as mortes de Marielle e Anderson. Alexandre Cabeça, conforme era conhecido, era suspeito de ligação com uma milícia e trabalhava como colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), ouvido pela polícia. Até o momento, seis vereadores, alguns do PSOL e outros rivais políticos de Marielle, prestaram depoimento.