Autodefesa e dissolução da PM são algumas das reivindicações
Foi realizada nesta sexta-feira (22 de agosto) a II Marcha Internacional contra o Genocídio do Povo negro. O evento foi convocado em 13 países e, no Brasil, foi realizado em diversos estados, tendo como bandeira de luta contra a execução em massa do povo negro.
A convocação para essa atividade foi realizada por dezenas de organizações e lideranças do movimento negro. E, mais que nunca, a questão se coloca como uma das mais importantes para o povo em virtude dos últimos acontecimentos.
Devemos destacar que existe uma onda de repressão generalizada aos moradores de periferia, aos negros e aos pobres. No Brasil as notícias de assassinato da juventude negra, especialmente pela PM, já ocupam uma grade regular na imprensa burguesa do país, que, com isso, pretende instigar projetos repressivos, como a redução da maioridade penal.
Nos EUA teve como estopim de uma revolta da população negra a execução de Michael Brown, de 18 anos, assassinado pela polícia. O fato em si teria gerado manifestações comuns, mas o aumento da repressão ao negro, a transformação da polícia em máquinas de extermínio, e a situação social do negro nos EUA estão para explodir o barril de pólvora da questão racial no país.
Na Europa, especialmente após o agravamento da crise econômica, as medidas anti-populares, como o rebaixamento dos salários, demissões, privatizações e planos de contingência, afetaram em primeiro lugar os setores mais oprimidos pelo regime, como os negros, imigrantes, etc. Por isso, também, se observou uma quantidade enorme de manifestações no último período.
Por fim, a polarização política tem apresentado um dos fatores que mais demonstram a existência da crise do regime, que é o ressurgimento de agrupamentos de extrema-direita. São grupos que, diante do fracasso eleitoral, tem o golpe como alternativa para tomar o poder. Como foi visto na Ucrânia e em outros países. O racismo é um dos princípios de atuação desses grupos.
As manifestações deve, apresentar uma plataforma clara contra o genocídio do povo negro. A começar pela dissolução completa da polícia, o direito de autodefesa e o direito ao porte de arma para a população. São medidas que podem, efetivamente, reduzir o genocídio do povo negro.
Fonte: Pco