Por Arísia Barros
A 3ª edição do Festival Alagoano das Palavras Pretas, acontece no Dia Internacional de Luta Contra o Racismo,o 21 de março, como um prosseguimento da experiência de plantar espaços mais amplos e democráticos, para a palavra despir-se da roupagem convencional, invadindo continentes alheios ao nosso conhecimento cotidiano, criando sinergias, articulando as muitas e diversas gentes que gostam de gostar da emoção do encontro com poesia.
Será mais uma noite especialmente poética de uma segunda-feira, 21 de março, com o cheiro e sabor das palavras despindo as amarras: “minha-mãe-não-deixa-não”, rasgando alguns silêncios sociais.
O III Festival Alagoano das Palavras Pretas conta com o “apadrinhamento artístico” do ator e militante do movimento negro, Milton Gonçalves e experimenta algo novo.
O novo assusta?
O Festival tem a intenção de criar uma maior intimidade com os diversos mundos existentes na palavra-poesia. Mundos que quebram barreiras,promovem a abolição de códigos caducos, racistas e sexistas, renovam a arte de poetar.
Mundos que propõem formas alternativas de “pensar” o racismo brasileiro, potencializando a diversidade de poemas africanos e afrobrasileiros ou de gente que escreve sobre a questão afroalagoana ou brasileira.
Quantos poemas africanos ou afrobrasileiros você conhece?
Ficou na dúvida? Pois é, está aí um momento ímpar para conhecê-los.
Como estamos em março o III Festival Alagoano das Palavras Pretas terá o sugestivo título de “Palavras com Cor e Gênero” e nesta noite a grande protagonista é a mulher que cerze o verbo, bordando histórias de determinação, possibilidades, oportunidades, continuidade…
Poetisas que em seu lugar e tempo, são marcos de referência.
Você escreve sobre a temática?
Manda seu poema para gente divulgar no Festival, ou caso não, venha participar da oportunidade de raptar a palavra do papel dando-lhe voz e vida.
O palco do III Festival das Palavras Pretas: Palavras com Cor e Gênero é o Teatro Abelardo Lopes/SESI- Galeria Arte Center. Av. Antonio Gouveia, 1113, Pajuçara.
Ah! nessa terceira versão teremos um olhar especial para os poemas estrategicamente espalhados ao longo do Teatro para serem colhidos por você. É que no II Festival eles simplesmente sumiram.
Após uns dias de encucação- o-que-foi-que-aconteceu?-uma senhora nos ligou agradecendo pelo convite, teceu elogios e afirmou que graças ao II Festival ela agora tinha um “monte” de poemas africanos e afrobrasileiros colados em um caderno.
Como um livro!
Que bom!
Para inscrever-se basta enviar um e-mail para [email protected] dizendo: quero-participar-do-III-festival-das-palavras-pretas, com os seguintes dados: nome, instituição, celular, endereço.
Até lá!
Fonte: Cada Minuto