Josiane Nunes: Grávida que carrega bebê morto há três semanas é internada, no ES

Grávida que carrega bebê morto há três semanas é internada, no ES

Josiane Nunes foi internada em Santa Teresa, Noroeste do estado.

Médicos dizem que evolução espontânea acontece entre 30 a 40 dias.

A dona de casa, de 17 anos, que carrega um bebê morto na barriga há quase três semanas foi internada no final da tarde desta quinta-feira (24), em um hospital de Santa Teresa, na região Noroeste do estado. Josiane Nunes passou por seis municípios e foi atendida em pelo menos oito hospitais e postos de saúde da Grande Vitória e do interior do Espírito Santo.

A gestante disse que sofreu com a espera. “Quando fui fazer ultrassom, eu estava muito feliz. Eu queria um menino, e é um menino. Aí recebi a notícia de que ele está morto… É muito difícil, muito mesmo”, relatou Josiane.

O presidente da Sociedade de Ginecologia, professor e médico do Hospital das Clínicas, Dr. Henrique Zacarias, esclareceu o caso e explicou que é normal a espera de Josiane.

Entenda o caso

Aos 17 anos, a grávida de oito meses, moradora de Fundão, na Grande Vitória, descobriu que o bebê estava morto, dentro da barriga. Josiane Nunes está há quase três semanas com o feto morto no ventre, mas os médicos não fazem a cirurgia. Em 15 dias, a jovem já passou por 6 municípios.

Enquanto isso, a preocupação da família só aumenta. “Ela tem queda de pressão direto, tontura. E eles falam que está tudo normal”, diz a mãe da garota, Cleonária Pereira. “Eu acho que eles deveriam fazer uma cesária logo, para acabar com isso. Não tem lógica. Corro risco de pegar alguma infecção”, afirma a grávida.

De acordo com o Dr. Henrique Zacarias, a indução é uma saída, mas não é simples. “É difícil, é prolongado, o colo não está favorável. A conduta é aguardar e ter expulsão natural. Fazer cesária em uma menina de 17 anos limita a prole dela no futuro. Ninguém sabe a quantidade de filhos que ela vai querer ter depois. Ela é muito jovem e deve ser parto normal, para que ela possa ter quantos filhos quiser no futuro”, afirmou o médico.

 

Leia também:

Alaerte Martins: A morte materna invisível das mulheres negras

 

 

Fonte: G1

+ sobre o tema

Nota de preocupação e repúdio

Carta Aberta à Drª Gilda Carvalho Ministério Público Federal NOTA DE...

Dia de Luta pela Saúde da Mulher e de Redução da Morte Materna

A deputada Inês Pandeló, Presidente da Comissão de Defesa...

para lembrar

Sessão extraordinária na Câmara vai colocar em votação 7 projetos de Marielle

Na próxima quarta-feira (2) será realizada uma sessão extraordinária...

Mulheres ainda se dividem entre a casa e o trabalho, aponta o IBGE

Mesmo cada vez mais inseridas no mercado de trabalho,...

#GeledésnoDebate: “Não houve respaldo legal para a esterilização de Janaína”

#SomostodasJanaína# Por Kátia Mello Janaína Aparecida Quirino, 36 anos, moradora em...

Mulheres agredidas por PM serão indenizadas no Rio

Ele as xingou, atacou com cabo de vassoura e...
spot_imgspot_img

Andréia Regina Oliveira Assunção Santos e os desafios da maternidade são destaque do mês no Museu da Pessoa

Quando estava no último ano do curso de administração de empresas, Andréia engravidou pela primeira vez e enfrentou uma série de desafios, como as...

O atraso do atraso

A semana apenas começava, quando a boa-nova vinda do outro lado do Atlântico se espalhou. A França, em votação maiúscula no Parlamento (780 votos em...

Estudo mostra o impacto do fator racial materno no desenvolvimento infantil

O ganho de peso e o crescimento dos filhos está diretamente relacionado ao fator etnorracial das mães. Isso é o que mostra uma pesquisa desenvolvida pelo Centro de Integração de Dados...
-+=