Jovem é assassinada pelo ex depois de mudar de cidade

A vítima havia se separada por conta de ter sofrido agressões dentro da casa do ex-companheiro, com quem tem um filho de 4 anos.

no Revista Fórum

Os casos de feminicídio continuam ocorrendo quase que diariamente. Dessa vez foi com uma atendente de telemarketing. Jennifer Morais Belo, de apenas 20 anos, foi morta pelo ex-companheiro Luciano Borges da Silva, de 37, em Juquiá, na região do Vale do Ribeira, interior de São Paulo. Vítima de ameaças frequentes, de acordo com familiares, a jovem foi esfaqueada diversas vezes no pescoço. O suspeito foi preso na noite desta segunda-feira (25).

O crime ocorreu no domingo (24), na residência de uma parente de Jennifer, que é moradora de Praia Grande, no litoral paulista. Testemunhas disseram que ela foi surpreendida pelo ex-marido quando entrava no imóvel, no bairro Vila Sanches. Ele a imobilizou pelo pescoço e começou a esfaqueá-la.

A vítima ainda tentou se esconder em um dos cômodos da casa, mas o ex-marido a perseguiu. Jennifer parou de ser esfaqueada apenas depois que um vizinho da família da jovem, um homem de 57 anos, conteve o agressor, que acabou o esfaqueando no rosto. Em seguida, Luciano fugiu.

Jennifer foi socorrida ao hospital da cidade, mas chegou morta à emergência da unidade. O vizinho foi levado para o mesmo local e permanecia internado até a manhã desta terça-feira (26), segundo informações da Polícia Civil, que investiga o caso.

“Depois de ouvirmos testemunhas e verificarmos tudo o que aconteceu, solicitamos a prisão de Luciano à Justiça. O sujeito já era violento e a vítima tinha medidas protetivas contra ele”, informou o delegado de Juquiá, Eduardo Carvalho Gregório, responsável pelo caso.

Luciano, que é operador de máquinas, e Jennifer são de Guarulhos, na Grande São Paulo, e mantinham um relacionamento há seis anos. O casal tem um filho de quatro anos. Após ser agredida quatro vezes, ela decidiu se separar e voltar a morar com a mãe, na mesma cidade, há três meses. Contudo, frequentes ameaças a forçaram a morar com parentes no litoral paulista.

*Com informações do G1

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