Katy Perry é acusada de racismo e tem linha de sapatos retirada do mercado

Katy Perry teve sua coleção de sapatos retiradas do mercado após ser acusada de fazer blackface.

no Bahia Notícias

Katy Parry e sapatos pretos com olhos e bocas vermelhas
Picture- Getty:Twitter:@BloopJustSayin

As sandálias e mocassins, projetados com um rosto com lábios vermelhos proeminentes, não estão mais à venda em varejistas como o Walmart.

“Para ser respeitosa e sensível, a equipe está no processo de retirada dos sapatos”, explicou um porta-voz da empresa ao TMZ.

Os desenhos são os mais recentes de uma série de itens polêmicos de roupas que usam a caricatura de lábios vermelhos e olhos azuis em um rosto negra.

Logo depois foi a vez de Katy se pronunciar sobre o caso para o Page Six. Ela explicou a escolha do design. “The Rue and The Ora faziam parte de uma coleção que foi lançada no último verão em 9 cores diferentes (preto, azul, ouro, grafite, chumbo, nude, rosa, vermelho, prata) e concebida como um aceno à arte moderna e ao surrealismo. Fiquei triste quando soube que ela estava sendo comparada a imagens dolorosas que lembram o blackface. Nossa intenção nunca foi infligir qualquer dor. Nós removemos imediatamente os produtos do katyperrycollections.com”, disse ela por meio de um comunicado.

Na semana passada, a Gucci removeu um suéter balaclava preto que tinha na gola lábios vermelhos, projetados para serem usados ​​sobre o rosto do usuário. Em dezembro, a Prada retirou uma série de acessórios que se assemelhavam a macacos negros com lábios vermelhos.

Perry já foi acusada de apropriação cultural no passado, inclusive por se vestir como uma gueixa para uma performance de uma premiação em 2013, e colocar seu cabelo em trancinhas no vídeo de seu single This Is How We Do. “Cometi vários erros”, disse ela em 2017. “Eu nunca vou entender, mas posso me educar e é isso que estou tentando fazer ao longo do caminho.”

A origem do termo black face surgiu no teatro dos Estados Unidos, no século 19, quando negros não podiam participar de peças e seus personagens eram representados por pessoas brancas que pintavam os rostos de carvão e passavam batom vermelho.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...