Kofi Annan, Nobel da Paz e ex-secretário geral da ONU, morre aos 80 anos

Enviado por / FonteDo UOL

O ex-secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e prêmio Nobel da Paz Kofi Annan morreu aos 80 anos na manhã deste sábado (18). As causas da morte ainda são desconhecidas. A família do diplomata publicou uma nota dizendo apenas que ele morreu em paz “após uma breve doença”.

“Com imensa tristeza a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que Kofi Annan, ex-secretário-geral das Nações Unidas e prêmio Nobel da Paz, morreu em paz no sábado 18 de agosto depois de uma breve doença. Sua mulher Nane e seus filhos Ama, Kojo e Nina estavam ao seu lado nos últimos dias”, informou um comunicado publicado nas redes sócias de Anna e da fundação que leva seu nome.

No texto, a família pediu “privacidade neste momento de luto”.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU, também divulgou a notícia e lamentou “a perda de um grande homem, um líder e um visionário”. “Uma vida bem vivida, uma vida que merece ser celebrada”, acrescentou a instituição em sua conta do Twitter.

Annan se manteve em atividade até os seus últimos dias, liderando a delegação da ONG The Elders (Os anciãos, em português), fundada pelo líder sul-africano Nelson Mandela (1918-2013), e da qual faz parte o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

(Image: AFP)

Quem foi Kofi Annan?

Primeiro líder negro da ONU, Annan entrou na organização em 1962 e foi ascendendo nas fileiras da organização até chegar à Secretaria-Geral em 1997, função que desempenhou até 2006.

O mandato de Annan como secretário-geral da ONU coincidiu com a Guerra do Iraque e a pandemia do HIV/Aids. Nesse contexto, ele e as Nações Unidas receberam o Prêmio Nobel da Paz de 2001 pela criação do Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária para ajudar países em desenvolvimento.

Após esse período, ele serviu como enviado especial da ONU para a Síria por volta de 2012, liderando os esforços para encontrar uma solução pacífica para o conflito.

No comunicado sobre sua morte, a Fundação Kofi Annan descreveu-o como um “estadista global e internacionalista profundamente comprometido, que lutou ao longo de sua vida por um mundo mais justo e mais pacífico”.

“Onde quer que houvesse sofrimento ou necessidade, ele estendeu a mão e tocou muitas pessoas com sua profunda compaixão e empatia. Ele desinteressadamente colocou os outros em primeiro lugar, irradiando bondade genuína, calor e brilho em tudo o que ele fez”, diz a nota

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