Nada como tomar uma atitude para mudar algo que você acha errado. Ainda mais quando o assunto é representatividade.
Por. Caio Delcolli, do HuffPost Brasil
A leitora voraz Marley Dias, estudante de 11 anos em Nova Jersey, EUA, ficou frustada com a quantidade de livros sobre “garotos brancos e seus cachorros” no currículo escolar. Durante um jantar com a mãe, Janice, a garotinha fez a reclamação. A mãe respondeu perguntando o que ela faria para mudar isso.
Marley pensou em uma solução e a colocou na prática: ela decidiu ajudar a expandir o alcance de livros protagonizados por meninas negras.
O nome do projeto, que busca coletar mil livros, é #1000BlackGirlBooks (“mil livros com garotas negras”, em português), e faz parte da iniciativa anual do acampamento para meninas negras GrassROOTS Community Foundation, na Filadélfia, para ajudar crianças que vivem na pobreza. Janice é cofundadora da organização.
E Marley realmente tem obtido resultado. Segundo o HuffPost US, ela já conseguiu quase 500 livros.
“Eu estava frustrada”, disse na entrevista. “Na quinta série, eu não estava lendo [livros com] personagens com os quais eu pudesse me conectar.”
Em 11 de fevereiro, ela viajará para St. Mary, cidade natal da mãe na Jamaica, para ser anfitriã de um festival literário e distribuir os livros coletados na campanha entre outras meninas e livrarias.
“Eu escrevo todo dia [em meu blog]”, contou. Ela diz que seu lado criativo vem do pai, enquanto o filantrópico, da mãe. E, quando crescer, será editora de revistas e vai escrever um livro para garotinhas como ela.
Esta não é a primeira vez que Marley entra em ação para colaborar com pessoas em situação de necessidades. No ano passado, com a ajuda da campanha Disney Friends for Change, ela doou comida para crianças órfãs em Gana e ensinou outras meninas a trabalharem com seus talentos em um acampamento de empoderamento.
Aqui está o que Marley tem a dizer sobre representatividade:
“[É algo que] Realmente importa quando você lê um livro ou aprende algo, você sempre quer algo com o qual você possa se conectar. Se você tem algo em comum com os personagens, você sempre se lembrará e aprenderá a lição do livro”.