No último dia 15/08 foi aprovada na Assembleia Legislativa a lei que institui o Iorubá como patrimônio Imaterial do Rio de Janeiro. o Dr. Babalawô Ivanir dos Santos, doutor em história e membro da Comissão de Combate à Intolerância / CCIR, a decisão evidencia a relevância da preservaçāo dos vestígios imateriais das presenças negras africanas em solo brasileiro.
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A seguir, seu comentário completo:
“Jamais podemos esquecer que o Brasil foi o país que mais recebeu negros africanos na condição de escravos entre os séculos XVI e o XIX e, foi o último Estado a promulgar a lei que tornou extinta o trabalho escravo. Como também nāo podemos esquecer que o nosso país evidencia muito mais as tradições (culturais e religiosas) e contribuições europeia do que as africanas, promovendo assim um silenciamento histórico. Por essa razāo, a instituição da língua Ioruba como patrimônio imaterial promove um fortalecimento real e necessário para a promoçāo não só do idioma, mas também de todas as culturas e tradições africanas que contribuíram significativamente para a construçāo da nossa naçāo. Por outro lado, em âmbitos religiosos, nāo podemos que isso vai ajudar na diminuiçāo dos casos de intolerância religiosa, mas provavelmente promoverá um fortalecimento das nossas ações para a construção da tolerância, do respeito e na promoção da diversidade e pluralidade religiosa”.