O objetivo principal do Memorial é prestar tributo à memória dos milhões de africanas e africanos escravizados por Portugal ao longo da sua História, nomeadamente entre os séculos XV e XIX.
No Bantumen
Uma nau com escravos, uma plantação de canas-de-açúcar e uma arena de encontros são as três propostas para uma construção, em Lisboa, que pretende homenagear as vítimas da escravatura perpretada por Portugal. As propostas vão a votos este sábado, 25, às 16 horas, na Biblioteca de Marvila.
As obras de arte são da autoria de Grada Kilomba, Jaime Lauriano e Kiluanji Kia Henda e, após votação, a obra vencedora será edificada no Largo José Saramago
O memorial, ao qual estará associado um centro interpretativo, é uma proposta vencedora do Orçamento Participativo de Lisboa, apresentada pela DJASS-Associação de Afrodescendentes.
A criação de um memorial que preste homenagem aos milhões de pessoas escravizadas pelo império português foi proposta ao Orçamento Participativo de Lisboa (OP) em 2017 pela Djass – Associação de Afrodescendentes, através de uma candidatura apresentada por Beatriz Gomes Dias, então presidente da Direção da Associação.
No dia 27 de novembro de 2017, a proposta foi anunciada como um dos projetos vencedores daquela iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa (CML), que o incluiu no seu orçamento.
O objetivo principal do Memorial é prestar tributo à memória dos milhões de africanas e africanos escravizados por Portugal ao longo da sua História, nomeadamente entre os séculos XV e XIX. Uma homenagem às vítimas e resistentes de ontem e de hoje, que pretende promover o reconhecimento histórico do papel de Portugal na Escravatura e no tráfico de pessoas escravizadas e evocar os legados desse longo período na sociedade portuguesa atual, desde a rica herança cultural africana às formas contemporâneas de opressão e discriminação.