Mães pela Igualdade

O que queremos é que nossxs filhxs possam viver a sua afetividade plenamente.

Do Revista Geni

Como tudo começou

 

Quando o deputado Jair Bolsonaro disse “prefiro um filho morto a um filho gay”, a All Out, organização global pelos direitos LGBTs, reuniu mães de várias partes do Brasil e lançou uma campanha inspirada na iniciativa do artista plástico e fotógrafo francês JR, ganhador do prêmio TED de Direitos Humanos em 2011. O lançamento aconteceu no dia 29 de setembro de 2011, no Senado Federal como parte do seminário “Famílias pela Igualdade”, promovido pela Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT. Os retratos foram feitos por fotógrafas e fotógrafos sensíveis à causa LGBT em diversas cidades brasileiras. As Mães pela Igualdade “mostraram as suas caras” e contaram suas histórias como uma forma de alertar parlamentares, governantes e a sociedade para a crescente onda de violência contra LGBTs que têm classificado o Brasil como um dos lugares mais perigosos do mundo para gays, lésbicas e pessoas trans.

Em 2012, a campanha virou um movimento nacional, quando a exposição foi realizada no Rio de Janeiro, proporcionando o encontro dessas Mães e uma discussão sobre o caminho que seria construído para o grupo.

Em setembro de 2013, o Governo Federal, através da Secretaria de Direitos Humanos apoiou o I Encontro Nacional das Mães pela Igualdade, ocasião em que se reuniram mães de vários estados e metas e ações foram discutidas e estabelecidas. Sabemos que a luta não será fácil, mas, o amor pelxs nossxs filhxs supera qualquer obstáculo.

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O que querem as Mães pela Igualdade

 

O que queremos é que nossxs filhxs possam viver a sua afetividade plenamente como xs héterxs já fazem. Queremos que nossxs filhxs possam construir suas famílias, sem problemas com adoção de crianças. Queremos uma lei que criminalize a LGBTfobia, assim como as pessoas negras já têm a lei do racismo. Queremos a normatização do uso do nome social pelas pessoas trans e travestis.

Atualmente, o Movimento agrega mães e pais de alguns estados, tais como: DF, ES, MG, PE, Rj, SP e SC PB PI.

 

 

Atuação política das Mães pela Igualdade

 

• Cerimônia de assinatura da portaria que institui o Grupo de Trabalho Interministerial de Enfrentamento à Violência contra LGBTs(2015);

• Roda de conversa sobre boas práticas no Seminário Nacional de Enfrentamento
à violência contra LGBTs(2015);

• Exposição de fotografias “Eu te desafio a me amar”, da artista holandesa-uruguaia Diana Block (2014);

• Roda de conversa após o documentário sobre Kátia Tapety, na Mostra de
Cinema de Direitos Humanos (2014);

• Palestra e participação no Fórum Mundial de Direitos Humanos (2013);

• I Encontro Nacional de Mães pela Igualdade (2013);

• Abertura da II Marcha Nacional contra a Homofobia (2012);

• Seminário Educação e Diversidade, em Brasília, na Câmara dos Deputados
(2012);

• Seminário Famílias pela Igualdade, em Brasília, no Senado Federal (2012);

• Seminário Famílias Pela Igualdade, em Brasília, no Senado Federal (2011);

• Abertura da 1a Marcha Nacional contra a Homofobia, em Brasília (2011);

• Abertura da II Conferência Estadual LGBT de Alagoas (2011);

• Exposição das Mães pela Igualdade no Rio de Janeiro (2011);

• Exposição das Mães pela Igualdade na Conferência Estadual LGBT de
Alagoas (2011);

• II Seminário de Atuação Policial com as Minorias no estado de Alagoas (2011);

• II Conferência Nacional LGBT em Brasília (2011);

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As Mães pela Igualdade e o Cyberativismo

 

O Movimento é bastante atuante nas redes sociais tendo uma funpage no facebook com 4.263 likes, um blog com 54 seguidores e um grupo, do qual participam 2.863 pessoas, entre pais, mães, familiares e pessoas LGBT jovens e adultas. Além disso, o movimento tem participado fortemente em campanhas nas redes sociais por meio do lançamento ou adesão à petições online na defesa dos direitos humanos de pessoas LGBT, no Brasil e no exterior.

Algumas campanhas abraçadas pelo Mães pela Igualdade são #ForaFeliciano; Feliciano #NãomeRepresenta; #emdefesadetodasasfamílias; #CasamentoIgualitário.

Além disso, Mães pela Igualdade contribuiu com o fundo colaborativo para realização do documentário Divas, proposto pela atriz e diretora Leandra Leal que narrará a trajetória de grandes divas travestis brasileiras.

As Mães pela Igualdade participaram do documentário Eu preciso lhe dizer (2014), direção de Douro Moura e produção de Ricardo de Paula.

 

 

Mães pela Igualdade e as ações junto a universidades e escolas

 

O Movimento Mães pela Igualdade apoia e participa do Projeto Araci de teatro e diversidade sexual, que faz parte do programa de extensão universitária da Universidade Federal de São João del Rei/MG. O projeto visa levar o debate sobre a diversidade sexual às escolas de ensino fundamental e médio da região escolar de São João del Rei, por meio de espetáculo montado e apresentado por alunos do curso de teatro da universidade desenvolvidos colaborativamente a partir de narrativas biográficas e autobiográficas, sob a coordenação do professor doutor Alberto Rocha Junior (Tibaji), coordenador do curso de teatro da universidade.

Além disso, palestras vêm sendo proferidas pelas Mães pela Igualdade em várias partes do país. O movimento esteve ativo nos seguintes eventos:

• Roda de conversa sobre boas práticas no Seminário Nacional de Enfrentamento á Violência contra LGBTs (2015):

• Roda de conversa após exibição do documentário sobre Kátia Tapety, na Mostra nacional de Direitos Humanos, em Brasília (2013);

• III Semana Freiriana de Educação do Cariri – Crato/CE – Família, Educação e Diversidade Sexual (Agosto 2012);

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Ações de Advocacy e participação em espaços de Controle Social (Conselhos, Comitês, Comissões)

 

Atuação em ações de advocacy no estado de Pernambuco. Uma das Mães é conselheira estadual do Conselho de Defesa a População LGBT de Pernambuco e abre diálogo nos conselhos municipais e estaduais de criança e adolescentes no sentido de sensibilizar para a necessidade de desenvolver uma política afirmativa para a proteção e promoção dos direitos de crianças, adolescentes e jovens LGBT. Pautar sensibilização das famílias para a temática com a finalidade de diminuir a violência intrafamiliar;

Além disso, pautar a necessidade de garantir a segurança e integridade física nas unidades de cumprimento de medidas socioeducativas para adolescentes LGBT privados de liberdade;

Mães pela Igualdade, por meio do ponto focal em Pernambuco, Eleonora Pereira participa na articulação do Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH, coordena o Comitê Estadual de Direitos Humanos; coordena a Caravana de Educação em Direitos Humanos; além de ter assento no Observatório de Direitos Humanos;

Mães pela Igualdade em Pernambuco participam da Comissão de Direito Homoafetivo do MPPE – Ministério Público de Pernambuco.

Há a participação ativa no Fórum LGBT de Pernambuco.

Importante destacar que no Distrito Federal, Mães pela Igualdade juntaram-se ao movimento Brasília em Rede para debater e propor aos candidatos ao governo local pauta de defesa e promoção dos direitos LGBT durante as eleições 2014. Todos os candidatos assinaram compromisso pela implementação do Sistema Nacional LGBT, ainda não implementado no DF.

Participação em Paradas do Orgulho LGBT no Rio, Pernambuco, São João del Rei, Brasília e São Paulo.

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Premiações e publicações do Movimento

 

– 2014 e 2015: premiação no Recifeste Festival de Cinema LGBT de Recife;

– 2014 e 2015: premiação da Rede Reação no Recife;

– Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos LGBTT da Câmara Legislativa do
Distrito Federal (2013);

– Publicação na revista Mulher SINTEPE, setembro 2014 edição 2;

– Publicação na revista dos Bancários, ano IV N 42 Maio de 2014;

– Publicação na revista Mátria da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação (2013);

– Publicação no livro da SDH/PR – Notícias de Homofobia no Brasil;

– 11º Prêmio Arco-íris, no Rio de Janeiro (2013);

 

Movimento Mães pela Igualdade

 

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