A ministra da Cultura, Marta Suplicy, parte hoje para uma visita aos Estados Unidos afim de realizar uma pesquisa de dados sobre um projeto que há muito tempo anda engavetado: a criação do Museu da Memória Afrodescendente em Brasília. A ministra, que na comitiva viaja com o novo presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, pretende estudar experiências norte-americanas bem-sucedidas na instalação de museus deste tipo.
No terreno cuja pedra fundamental foi colocada por Nelson Mandela, em sua visita ao Brasil nos anos 1990, surgirá um equipamento inovador, com intensa utilização de recursos multimídia e ferramentas para uso de conteúdo virtual. No final do ano passado, a ministra e o governador do DF, Agnelo Queiroz, assinaram termo que efetiva a doação do terreno, às margens do Lago Paranoá, à Fundação Cultural Palmares.
Logo na chegada ao país, Marta Suplicy visitará o Museu do Holocausto. Depois, ela conversará com Cathy Trost, vice-presidente do Newseum. Um encontro com Lonnie Bunch e a equipe criadora do Museu Nacional de História e Cultura Afroamericana também está na pauta. Mais tarde, a ministra participará da assinatura de acordo de cidades irmãs, entre Distrito Federal e Washington.
Amanhã, Martha visita o Smithsonian Institute/National Museum of African Arts, onde tem compromisso com Francine Berkowitz, diretora do Office of International Relations. E, no início da semana que vem, a ministra visitará o badalado MoMa (The Museum of Modern Art), um dos mais importantes museus de arte contemporânea do mundo, que constantemente recebe mostras de brasileiros.
A ministra tem também reunião agendada com o curador de arte latino-americana do MoMa e da Bienal de São Paulo, Luis Henrique Pérez-Oramas; e com Jay Levenson, diretor de Programas Internacionais do museu. Ainda está no cronograma uma visita ao Schomburg Center, centro de pesquisa de cultura negra.