Com o intuito de resgatar e preservar a memória e o legado da Revolta dos Búzios foi lançado a segunda edição do Edital Agosto da Igualdade, voltado para a seleção de projetos da sociedade civil que enfoquem a promoção da visibilidade, reflexão, compreensão e valorização do movimento, que lutava pela implantação de uma república democrática e pelo fim da escravidão. A iniciativa é da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia (Sepromi-BA).
Com investimento de R$ 200 mil, serão selecionados 14 projetos de entidades baianas, sendo 10 iniciativas contempladas com até R$ 10 mil, para a modalidade de formação, e quatro para registro e memória, com um apoio de até R$ 25 mil. Para a primeira alternativa, serão admitidas propostas para a realização de cursos, seminários e oficinas, com o objetivo de debater e transmitir informações sobre a temática. A segunda opção oferece a possibilidade de criação de documentários, peças teatrais, CDs, exposições temáticas e publicação de cartilhas.
Os interessados deverão se inscrever até o dia 31 de maio, na Sepromi, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, ou postar os projetos em uma agência dos correios até a data limite. Mais informações estão disponíveis no edital, através do link http://www.igualdaderacial.ba.gov.br/2013/05/edital-de-selecao-de-projetos-agosto-da-igualdade-%E2%80%93-2013/.
Revolta dos Búzios
Tendo início em 1798, a Revolta dos Búzios, também conhecida por Conjuração Baiana e Revolta dos Alfaiates, é considerada um dos movimentos mais importantes na história e a primeira revolta social do Brasil. Com um caráter extremamente popular, o movimento buscava a independência, liberdade dos escravos e igualdade racial e social.
Em 8 de novembro de 1799, quatro integrantes do movimento foram enforcados, em praça pública, para que servissem de exemplo. Após 213 anos da Revolta, em março de 2011, a presidenta Dilma Rousseff sancionou uma lei que reconhece Lucas Dantas, Manoel Faustino, Luís Gonzaga e João de Deus como heróis nacionais e seus nomes foram finalmente inscritos no “livro de aço” em Brasília, juntamente com o de Zumbi dos Palmares. Os quatro mártires são os primeiros negros baianos que entraram para o panteão de heróis da pátria.
Foto em destaque: Reprodução/ Midia4p
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