Ministra Luíza Bairros – A prioridade de sua Secretaria é o combate à mortalidade de jovens negros

A gestora da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), ministra Luíza Bairros, esteve no final da tarde desta sexta-feira (16), no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena. No encontro com representantes de órgãos públicos, organizações não-governamentais (ONG’s) e militantes do movimento negro, Luíza Bairros expôs seus planos no comando da pasta e ouviu os argumentos da plateia.

Segundo a ministra, a prioridade de sua Secretaria é o combate à mortalidade de jovens negros. “Estamos montando a proposta no fórum de situação para que seja elaborado um plano de ação”, disse ela.

A secretária Especial da Mulher, Rejane Pereira, destacou que o evento serviu para que a ministra Luíza Bairros fizesse um panorama do trabalho da Seppir aos presentes e se familiarizasse sobre como os gestores e ativistas estão enfrentando o racismo em Pernambuco. “A minha expectativa é de que possamos fazer parcerias com a Seppir. Ainda este ano, a ministra virá ao Recife para um encontro com o prefeito João da Costa para discutir projetos para a Cidade”, ressaltou.

“O movimento de mulheres negras indica como pauta as políticas públicas voltadas para a população negra. Na saúde, o combate à anemia falciforme, a pressão alta e ao diabetes estão entre os fatores de mortalidade da população negra. Na segurança, o combate à violência contra mulheres e o assassinato de pessoas, a maioria negros”, ressaltou a conselheira adjunta do Observatório Negro, Ana Paula Maravalho.

Comparativo – Márcia Moraes é uma estudante pernambucana de 29 anos que mora há sete anos na França. Lá cursa o mestrado em Ciências Políticas no Instituto de Altos Estudos da América Latina, da Universidade de Sorbonne Nouvelle, em Paris. Fundadora da associação Afrosmundos e criadora da Semana da Consciência Negra de Paris, Márcia compara: “Os altos índices de violência contra a mulher e os jovens negros no Recife não me surpreendem. Houve evoluções nos oito anos do governo Lula. Muitos amigos meus hoje estão formados graças ao Prouni e às cotas para negros. Aqui se mata os jovens negros. Na França, os jovens negros são pessimistas e não têm grandes expectativas na vida. Eles não têm voz. A desigualdade racial na França é muito maior do que no Brasil. Não há estatísticas sobre a população negra francesa”.

Fonte: Blog do Jamildo

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