Ministras Eleonora Menicucci e Luiza Bairros assinam, nesta 5ª feira, protocolo de enfrentamento ao racismo institucional e à desigualdade de gênero

 

O Compromisso de combater o racismo institucional na gestão pública será assumido pelas ministras da SPM e da Seppir e por representantes de agências da ONU, em 9 de maio, em Brasília. Na ocasião, serão lançadas duas publicações inéditas para orientar instituições públicas no diagnóstico e construção de plano de enfrentamento ao problema. O evento acontecerá nesta quinta-feira (9/05), a partir das 10h, em Brasília, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Setor de Embaixadas Norte – Lote 19, Brasília/DF).

O enfrentamento ao racismo é uma das metas de políticas e programas prioritários desenvolvidos pelos órgãos públicos? As equipes estão treinadas para reconhecer a diversidade de sujeitos e de demandas? O quesito raça/cor é preenchido na instituição segundo as categorias de classificação do IBGE? Perguntas como estas parecem simples, mas podem ser o primeiro passo no enfrentamento de um grave problema: o racismo institucional – que se mantém na estrutura da sociedade brasileira, muitas vezes, pela simples inércia da gestão pública em identificar e combater o problema.

Com o compromisso de combater o racismo institucional e a desigualdade de gênero na administração pública, as ministras Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), e a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (Seppir-PR)), firmarão protocolo de cooperação e chefes de agências da ONU (ONU Mulheres, OIT e PNUD), assinarão Protocolo de Enfrentamento ao Racismo Institucional em suas instâncias.

Racismo institucional – Definido como o fracasso das instituições em garantir direitos e acesso a serviços às pessoas em virtude da sua raça/cor e sexo, o racismo institucional se expressa tanto no interior das instituições – desde os processos seletivos e programas de progressão de carreira – quanto no processo de formulação, implementação e monitoramento de políticas públicas. Por isso, especialistas destacam a urgência de se criarem mecanismos capazes de quebrar a invisibilidade do racismo institucional, estabelecendo novas proposições e condutas, sobretudo na gestão pública.

Para auxiliar nessa frente, um grupo de trabalho – formado por especialistas de organizações feministas e do movimento negro, do Governo Federal e do Sistema ONU – elaborou duas publicações inéditas no País: o “Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucional e Desigualdade de Gênero” e o texto “Racismo Institucional – uma abordagem teórica”. As publicações foram pensadas como instrumentos para que instituições públicas se avaliem, construam seus diagnósticos, seus indicadores e suas estratégias, fortalecendo o compromisso do Estado e da sociedade com o enfrentamento do racismo institucional, vivenciado cotidianamente pela população negra no Brasil.

Assinatura do Protocolo de Enfrentamento ao Racismo Institucional entre SPM, Seppir e Nações Unidas e lançamento do “Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucional e Desigualdade de Gênero” e do texto “Racismo Institucional – uma abordagem teórica”

Data: 9 de maio de 2013 (quinta-feira)
Horário: das 10h às 12h
Local: Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Setor de Embaixadas Norte – Lote 19) – Brasília/DF

Comunicação Social

Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR
Participe das redes sociais: /spmulheres e @spmulheres

 

Fonte: Juventude

+ sobre o tema

O empoderamento necessário

O termo empoderamento muitas vezes é mal interpretado. Por...

Deputada Leci Brandão Propõe a criação da Semana Estadual do Hip-Hop

    De acordo com o Projeto de Lei 306/2012 ,...

Era uma vez, em Irajá

A recomendação de uma professora mudou o destino de...

para lembrar

(In)dignas de amor

“Todos nós – todos os que a conheceram –...

O depoimento dessa mãe é mais do que um debate: é uma aula essencial sobre feminismo

Ser mãe é daquelas coisas difíceis de explicar, gente:...

Dandara vive – por Maria Carolina Trevisan

Com a mesma força com que lutou e resistiu...

Guevedoces: o estranho caso das ‘meninas’ que ganham pênis aos 12 anos

Condição parece ligada a uma deficiência genética comum em...
spot_imgspot_img

Comida mofada e banana de presente: diretora de escola denuncia caso de racismo após colegas pedirem saída dela sem justificativa em MG

Gladys Roberta Silva Evangelista alega ter sido vítima de racismo na escola municipal onde atua como diretora, em Uberaba. Segundo a servidora, ela está...

O atraso do atraso

A semana apenas começava, quando a boa-nova vinda do outro lado do Atlântico se espalhou. A França, em votação maiúscula no Parlamento (780 votos em...

Uma mulher negra pode desistir?

Quando recebi o convite para escrever esta coluna em alusão ao Dia Internacional da Mulher, me veio à mente a série de reportagens "Eu Desisto",...
-+=