Baseado no livro O mundo no black power de T’ayó – O Musical, da autora Kiusam de Oliveira, a apresentação T’ayó defende a riqueza cultural e enfrenta o preconceito; a programação também é composta pela oficina Objetos Mágicos, de Cristiana Ceschi – integrante do Coletivo As Rutes –, que incentiva o uso da imaginação para brincar com objetos do cotidiano; como em todas as edições, o público também conta com o Cantinho da Leitura e a Feirinha de Troca de Livros, Gibis e DVDs
O Fim de Semana em Família, dos dias 16 e 17, é comandado pelo grupo Morabeza Nação, em parceria com Kiusam de Oliveira, e pela atriz e contadora de histórias, integrante do Coletivo As Rutes, Cristiana Ceschi. O primeiro entra em cena com o espetáculo T’ayó – O Musical, baseado em livro de autoria de Kiusam sobre uma menina negra que tem cabelo black power e, com muito orgulho de seu penteado, enfrenta o preconceito e defende a riqueza cultural. Já Cristina promove a oficina Objeto Mágico, na qual os participantes criam novos sentidos para os objetos cotidianos, montando uma história coletiva. A programação também conta com o Cantinho da Leitura e com a Feirinha de Troca de Livros, Gibis e DVDs.
T’ayó – O Musical
“Da alegria” é o significado do nome T’ayó, como é chamada uma linda princesa negra, no livro O mundo no black power de T’ayó, de Kiusam de Oliveira. A menina ama seus cabelos crespos, que teve o penteado inspirado em sua mãe. No entanto, em um determinado momento, T’ayó se defronta com o preconceito, quando vai à escola e lá seus colegas de classe dizem que seu cabelo é ruim e duro. Apesar de triste, a garota não se deixa abalar, pois é sempre lembrada pelos seus antepassados que faz parte da mais nobre casta real africana.
Com esse espetáculo, o Morabeza Nação, em parceria com Kiusam, discute uma possível educação para as relações étnico-raciais, na qual as pessoas consigam viver felizes, aceitando as belezas presentes nas diferenças humanas. O grupo, que sempre trabalha com a musicalização de narrativas contidas nos diversos formatos de livro, acredita ser possível conviver com a diversidade de um jeito leve e agradável, voando e vendo do alto as maravilhas da vida.
“Eu conto essa história há três anos e as reações das crianças são as mesmas: de encantamento. Ao término da história todas as meninas querem ser T’ayó”, comenta a escritora. “As reações são mais incríveis nas meninas negras. Percebo, ao longo da contação, a necessidade que elas têm de soltarem seus cabelos crespos, sorrindo, como se me dissessem: ‘eu também sou T’ayó’”.
Kiusam já viveu muitas experiências desde quando a personagem nasceu. “Uma vez, uma menina escreveu uma carta para mim, depois da professora ter lido a história em sala de aula”, conta. “Ela disse que não se achava bonita, mas que agora queria ser T’ayó, porque ela era incrível e se amava”, afirma. “Foi grande o impacto que tive ao ler aquela carta e me deu a certeza de querer levar T’ayó para muitos outros lugares, mas sempre junto de meninas que precisem de reforços para constituírem uma autoestima positiva e saudável”.
As canções, criadas para a peça, foram compostas por Renato Gama. Elas emolduram as cenas cantadas e interpretadas por Ananza Macedo e tocadas por Léo Carvalho e Ronaldo Gama, todos integrantes do Morabeza. Além deles, o público também encontra no palco a boneca T’ayó, feita pela artesã Luciene Campos. “Essa é uma apresentação para ser assistida por toda a família, porque além de trazer à luz um assunto como a superação do racismo, importante para a sociedade como um todo, revela uma forma delicada de mostrar formas também contemporâneas de celebrar o que cada um tem de mais bonito”. A apresentação começa às 16h.
Oficina Objeto Mágico
Duas horas antes, às 14h, a integrante do Coletivo As Rutes, Cristiana Ceschi, convida a criançada a deixar os brinquedos de lado e a soltar a imaginação com a oficina Objeto Mágico. O objetivo é ser criativo. Pegar objetos do cotidiano e mudar totalmente a função para que está destinado. Uma colher, por exemplo, pode virar um instrumento musical. Por meio de jogos teatrais, Cristiana tece, com os participantes, uma história coletiva, criando personagens e estimulando as capacidades sensitivas e emocionais do público.
Ainda, a partir das 13h30, a família pode se divertir com o Cantinho da Leitura e Feirinha de Troca. No Cantinho estão disponíveis 30 publicações do acervo infantojuvenil da biblioteca do instituto. Esse espaço é montado para se ler e conhecer histórias. Uma oportunidade para novos aprendizados e descobertas.
Na Feirinha de Troca, os pequenos podem trocar uma obra infantojuvenil – como livro, gibi e DVD – por outra, escolhida entre os materiais disponibilizados pelo Itaú Cultural. No espaço, monitores e voluntários do Programa Itaú Criança, da Fundação Itaú Social, estão à postos para ajudar no que for preciso.
SERVIÇO:
Fim de Semana em Família
Dias 16 e 17 de julho
Oficina Objeto Mágico
Às 14h
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre
Sala Multiuso (piso 2)
Entrada gratuita
20 vagas (inscrições a partir das 13h30)
Interpretação em Libras
T’ayó – O Musical
Às 16h
Duração: 60min
Classificação indicativa: livre
Sala Itaú Cultural
247 lugares
Entrada gratuita (distribuição de ingressos a partir das 14h)
Interpretação em Libras
Cantinho da Leitura e Feirinha de Troca de Livros, Gibis e DVDs
Das 13h30 às 16h
Piso Térreo
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1776/1777
Acesso para pessoas com deficiência física
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho.
R$ 10 pelo período de 12 horas.
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural: 3 horas: R$ 7;
4 horas: R$ 9; 5 e 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.