Mortalidade materna cai pela metade, anuncia a ONU

NAÇÕES UNIDAS — Melhores cuidados reduziram quase à metade a mortalidade de mulheres na gravidez e no parto, mas ainda ocorre uma morte a cada oito minutos, segundo números das Nações Unidas divulgados nesta quarta-feira.

Índia e Nigéria responderam por um terço das 287.000 mortes de grávidas em 2010 e na África estão 36 dos 40 países com as maiores taxas de mortalidade materna.

Mas especialistas sanitários comemoraram a queda de 47% nas mortes com base nos 543.000 óbitos registrados em 1990 e disseram que a estratégia para salvar mais vidas está clara.

“Agora sabemos exatamente o que fazer para evitar a mortalidade materna: melhorar o acesso ao planejamento familiar voluntário, investir em profissionais de saúde especializados em obstetrícia e garantir o acesso a cuidados obstétricos de emergência quanto surgirem complicações”, afirmou Babatunde Osotimehin, diretor executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

“Estas intervenções provaram salvar vidas”, acrescentou, no lançamento do relatório “Tendências da Mortalidade Materna”, publicado pelo UNFPA, pela Organização Mundial da Saúde, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e pelo Banco Mundial.

Os países do leste da Ásia fizeram os maiores avanços em melhorar a saúde das gestantes e das novas mães, destacou o documento.

Muitos países, particularmente da África Subsaariana, não conseguirão alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio, que preveem a redução da mortalidade materna em 75% de 1990 a 2015.

“A cada dois minutos, uma mulher morre de complicações decorrentes da gravidez”, destacou o relatório.

As quatro causas mais comuns de morte são: hemorragia severa após o parto, infecções, pressão alta durante a gravidez e aborto realizado sem segurança.

Em 2010, quase 20% das mortes (56.000) foram reportadas na Índia e 14% (40.000) na Nigéria.

Outros oito países responderam pelos outros cerca de 40%: República Democrática do Congo (15.000), Paquistão (12.000), Sudão (10.000), Indonésia (9.600), Etiópia (9.000), Tanzânia (8.500), Bangladesh (7.200) e Afeganistão (6.400).

“Mais de 215 milhões de mulheres não têm acesso a contraceptivos modernos”, disse Osotimehin, ex-ministro da Saúde na Nigéria.

“Atender às necessidades de planejamento familiar voluntário destas mulheres não só garantiria um direito humano, mas também reduziria o número de mortes maternas em um terço. Trata-se de uma estratégia de saúde pública com elevado custo-benefício”, acrescentou.

Em 2010, a taxa global de mortalidade materna foi de 210 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos. A África Subsaariana teve a maior proporção de mortalidade materna, com 500 mortes de mães por 100 mil nascidos vivos, destacou o relatório.

 

 

Fonte: Google

+ sobre o tema

Crianças criam suas próprias bonecas da Rey, personagem de “Star Wars: O Despertar da Força”

Assim como aconteceu com a Viúva Negra e Gamora, super-heroínas de “Os...

Prefeitura do Rio lança programa contra assédio em transportes públicos

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou hoje o...

Na Disney, Adele aparece com o filho vestido de Princesa

Quase irreconhecível, Adele caprichou no disfarce para um dia...

para lembrar

O impacto do Bolsa Família entre as mulheres

Pesquisa que ouviu 150 beneficiárias entre 2006 e 2011...

As mentiras que contam sobre as mulheres

Inimigas. Invejosas. Recalcadas. Fofoqueiras. Por: Aline Valek, para a Carta...

A heteronormatividade patriarcal do casamento

O patriarcado nos impulsiona e nos obriga a cumprir...
spot_imgspot_img

Vamos a desprincesar! Reflexões sobre o ensino de história à partir da presença de María Remedios del Valle na coleção Antiprincesas

Lançada em 2015 em meio à profusão de movimentos feministas, a coleção de livros infantis Antiprincesas da editora argentina independente Chirimbote se tornou um...

Seminário promove debate sobre questões estruturais da população de rua em São Paulo, como moradia, trabalho e saúde

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns...

Andréia Regina Oliveira Assunção Santos e os desafios da maternidade são destaque do mês no Museu da Pessoa

Quando estava no último ano do curso de administração de empresas, Andréia engravidou pela primeira vez e enfrentou uma série de desafios, como as...
-+=