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    DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

    Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

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    Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    Mulheres pretas acadêmicas

    Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

    Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

    Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

    Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

    Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

    Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

    Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

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    2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

    A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

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      Imagem: Júlia Rodrigues/Divulgação

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      Comissão ARNS (Divulgação )

      Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

      Aliyyah e Yasmeen Koloc/ Imagem retirada do site UOL

      Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

      Reprodução/Facebook

      O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

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      “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

      Arquivo Pessoal

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      Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

      Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

      Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

      “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

      Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

      Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

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      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

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        Antes de ‘AmarElo’ de Emicida, estes documentários já contavam a trajetória do negro no Brasil

        Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

        Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

        Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

        Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

        Tatiana Tibúrcio levou o prêmio APCA de Melhor Atriz por sua interpretação da doméstica Mirtes Souza, no especial 'Falas Negras' — Foto: TV Globo/Victor Pollak

        Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

        Edneia Limeira dos Santos - Foto: Nego Júnior

        Samba Rock na Cidade de São Paulo: Uma Análise da Evolução do Gênero Desde os Anos 1970 nos Bailes Blacks, até o Registro Como Patrimônio Cultural Imaterial

        Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

        Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

        Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

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        O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

        Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

        O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

        ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

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            Reprodução/Facebook

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              Mulher, negra e presidente de gigante de investimentos explica por que diversidade é boa para os negócios

              08/12/2019
              em Mulher Negra
              Tempo de leitura: 13 min.

              Mellody Hobson dá receita para empresas mais inclusivas e propõe conversas desconfortáveis sobre raça.

              Por Monica Vasconcelos, Da BBC News

              Mellody Hobson- mulher negra de cabelo liso e curto, usando blazer roxo- sorrindo
              Mellody Hobson dá receita para empresas mais inclusivas e propõe conversas desconfortáveis sobre raça (Foto: ARIEL INVESTMENTS)

              “Nossa crença básica é que diversidade de formação – de raça, classe social, de gênero etc. – e de opiniões leva a melhores resultados.”

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              23/01/2021
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              22/01/2021

              “Está na hora de nos sentirmos confortáveis em ter conversas desconfortáveis sobre raça.”

              As afirmações acima expressam a filosofia de trabalho de uma influente profissional do mercado financeiro e ativista pela diversidade, Mellody Hobson.

              A americana é presidente e CEO da companhia Ariel Investments, empresa que administra fundos em torno de dez bilhões de dólares. E é também membro de conselhos de várias importantes empresas dos Estados Unidos, como Estée Lauder e Starbucks. Há cinco anos, casou-se com o diretor de cinema George Lucas.

              Entrevistada na Rádio 4 da BBC por um homem branco – o americano Chris Anderson, curador da série de palestras online TED – Mellody explica de maneira simples e lógica por que, em sua opinião, a diversidade é essencial para o sucesso de uma empresa. E oferece, passo a passo, um verdadeiro guia para a construção de empresas – e sociedades – mais diversas.

              Ela também coloca seu conforto pessoal de lado para falar com franqueza sobre temas polêmicos, como a ação afirmativa e as cotas para pessoas negras em universidades. E expõe sua intimidade ao falar da experiência de ser uma mulher negra casada com um homem branco – o diretor de cinema George Lucas.

              ‘Como roupa de super-herói’: preparada pela mãe para enfrentar o racismo

              Nascida em Chicago em 1969, Mellody conta que foi a caçula de seis filhos e desde cedo decidiu que não queria ser pobre.

              “Nossa vida era cheia de altos e baixos, às vezes estávamos bem, às vezes, não. Levavam nosso carro embora, tínhamos de mudar de casa. Desligavam nosso telefone. Pregavam nosso cheque sem fundo na parede da loja. Por causa disso, eu queria desesperadamente entender de dinheiro. Não é à toa que trabalho no setor financeiro. E talvez não seja um acidente que eu esteja sempre em busca da verdade e da justiça. Por causa das desigualdades que vi e vivenciei”, conta.

              Seu primeiro contato com o racismo também aconteceu na infância – e por intermédio da própria mãe.

              “Desde que eu era bem pequena, minha mãe me fez entrar em contato com a questão da raça. Certa ou errada, foi isso o que ela fez.”

              Mellody explica que frequentava uma escola onde não havia muitas crianças negras. E relata um episódio que ficou gravado para sempre em sua memória:

              “Fui a um aniversário e, quando voltei, em vez de perguntar se eu tinha me divertido e se o bolo estava gostoso, ela perguntou: ‘Como eles trataram você?’ Eu tinha sete anos de idade. Fiquei meio surpresa com aquilo. E lembro que ela olhou bem para mim e disse: ‘Eles não vão sempre tratar você bem.’ Quando você é criança, não entende o que isso significa. Mas, conforme fui crescendo, ela foi deixando isso claro.”

              Hoje, a executiva diz que entende o comportamento da mãe – e sente gratidão.

              “(Ela fazia isso) para que eu estivesse preparada e, quando me deparasse com esse tipo de situação, não ficasse chocada, nem surpresa, nem perdesse minha direção”, diz.

              “Ela me armou. Era como uma roupa de super-herói que eu vestia para ficar pronta para encarar o dia. Não que eu vivesse desafios raciais diariamente, mas com certeza havia mensagens subliminares, pequenas ofensas. E eu percebia essas coisas porque ela me ajudava a vê-las.”

              Universidade de elite: a experiência em Princeton

              A menina negra na escola de brancos brilhou. E acabou indo parar na prestigiosa Princeton University, em Nova Jersey.

              Acostumada a estudar em escolas onde a maioria das crianças era branca, Mellody não teve problemas para se adaptar ao ambiente universitário. “Tinha conquistado o direito de estar ali”, ela diz.

              Talvez essa convicção neutralizasse experiências menos agradáveis, diz. Como ter de ouvir comentários do tipo: “Você é filha da ação afirmativa” ou “você tirou a vaga do meu filho”.

              Nessas horas, pensava: “Me foi dada essa oportunidade incrível, de aprender e de fazer algo com isso. Vou aproveitar”.

              Terminada a universidade, Mellody foi fazer estágio na Ariel Investments. Anos depois, subiria ao posto de presidente da gigante firma de investimentos financeiros. Uma conquista impressionante para uma mulher de sua raça e origem social. Como ela explica isso?

              Foto da universidade de Princeton
              A menina negra na escola de brancos brilhou. E acabou indo parar na prestigiosa Princeton University, em Nova Jersey (Foto: GETTY IMAGES)

              Receita de sucesso: trabalho duro e chefe inspirador

              Mellody atribui muito de seu sucesso ao encorajamento que recebeu do fundador da empresa – John Rogers.

              “Ele foi uma das pessoas que mudaram minha vida”, diz.

              “No meu primeiro dia na empresa, ele me disse: ‘Você vai estar em uma sala com pessoas que têm muitos títulos e ganham muito dinheiro. Mas isso não significa que as ideias deles sejam melhores do que as suas. Eu quero ouvir suas ideias.’ E eu acreditei nele.”

              O outro ingrediente na receita do sucesso, diz, foi o hábito de trabalhar duro, cultivado desde a infância. “Acho que existe uma relação direta entre trabalho duro e sucesso. Quanto mais você trabalha, mais as coisas vêm para você”, diz.

              Diversidade: diferencial e vantagem na competição

              Aos poucos, Mellody foi galgando postos na empresa e ganhando espaço para construir uma organização que tem na diversidade sua estratégia de sucesso.

              Ela explica a filosofia de trabalho da equipe.

              “Acreditamos no pensamento de Scott Page, o professor da University of Michigan que escreveu um livro chamado The Difference.” (O título completo é The Difference: How the Power of Diversity Creates Better Groups, Firms, Schools, and Societies. Em tradução livre, “Como o Poder da Diversidade Cria Melhores Grupos, Firmas, Escolas e Sociedades”).

              “O que fazemos no setor de investimentos é muito difícil. Compramos ações quando estão em baixa, ignoradas, mal compreendidas, longe das atenções”, explica. “Então, o que você tem de fazer para não cair na armadilha de comprar ações que têm boas razões para estar baratas é, você precisa de muitas opiniões diferentes.”

              “As piores ações que compramos”, prossegue Mellody, “foram as que compramos quando não houve divergências. Quando há divergências, aquela dissonância nos leva a fazer perguntas difíceis. Isso nos leva a buscar as respostas e a resultados melhores. Para nós, diversidade representa vantagem na competição. Porque somos diferentes das outras firmas de investimento que estão por aí”.

              Mas como é que se mede a diversidade de uma empresa? Mellody diz que, no caso da Ariel, a diversidade começa no topo, na composição da equipe de diretores.

              “Somos cinco, três mulheres e dois homens”, diz.

              Ela explica que, das três mulheres, duas pertencem a minorias raciais. Uma é negra (a própria Mellody). A outra, indiana. E a terceira é branca. Entre os homens, um é afro-americano (John Rogers, fundador da empresa). O outro é branco.

              “Eu adoraria ver esse nível de diversidade em grupos de investimentos no país”, disse.

              Foto de uma equipe trabalhando em computadores em uma sala
              ‘Participei de várias reuniões onde, sempre que o assunto raça vinha à tona, as pessoas me diziam, com orgulho, ‘eu sou um daltônico racial, sequer vejo a raça de uma pessoa’. Aos poucos, me dei conta de que aquilo era uma loucura. Porque se você não está vendo a raça, não está vendo quantos estão sendo excluídos’ (Foto: GETTY IMAGES)

              O passo a passo para se construir empresas e sociedades diversas

              Apesar de uma queda significativa nos lucros durante a crise financeira de 2008, indicadores mostram que hoje a empresa capitaneada por Mellody tem desempenho excelente. Ela atribui parte desse sucesso à diversidade da equipe.

              O outro pilar na filosofia de trabalho da americana é a criação de um ambiente em que as pessoas sejam encorajadas a ver e falar sobre raça.

              Ela explica por que: “Participei de várias reuniões onde, sempre que o assunto raça vinha à tona, as pessoas me diziam, com orgulho: ‘eu sou um daltônico racial, sequer vejo a raça de uma pessoa’. Aos poucos, me dei conta de que aquilo era uma loucura. Porque se você não está vendo a raça, não está vendo quantos estão sendo excluídos”.

              ‘Convide alguém que não se parece com você’

              “Não ver a raça de alguém não está dando certo para a nossa sociedade. Quero que as pessoas que se apegam a essa ideia como uma medalha de honra parem de fazer isso.”

              “Quero que vejam a raça, que observem seu ambiente. Que convidem para seus mundos pessoas que não se parecem com elas, que não pensam como elas, que não agem como elas. Que não vêm dos lugares de onde eles vêm. Para que tenhamos uma sociedade melhor e mais inclusiva. E para acabar com a homogeneidade que existe em tantos cantos da nossa sociedade.”

              Para o profissional de RH: ‘Seja pouco convencional, seja criativo’

              Mas eis um dilema comum entre empresas que já foram convencidas pelo argumento em favor da diversidade: o setor de recursos humanos anuncia uma vaga e 90% dos candidatos que se apresentam são brancos. Destes, muito provavelmente, a maioria dos candidatos tidos como qualificados para a vaga será branca.

              Ou seja, não podemos consertar esse problema sem consertar outros problemas que têm a ver com história, cultura, educação e treinamento – dirão alguns.

              Mellody Hobson rejeita essa tese.

              “Vamos começar pelo seguinte fato: há mais de 300 milhões de pessoas nos Estados Unidos”, ela diz. “Tem alguém aí fora que pode fazer esse trabalho. Literalmente.”

              Depois, ela faz uma sugestão:

              “Seja pouco convencional nos métodos que você usa para adquirir talento. As pessoas já fazem isso há muito tempo. Compram firmas só para conseguir um profissional. Isso é muito comum no Vale do Silício. Eles compram empresas para ter os melhores empreendedores naquele negócio, e não necessariamente a tecnologia. As pessoas são criativas quando precisam ser.”

              Segundo Mellody, quando o que está em jogo é o sucesso do seu negócio, você vai fazer o que for preciso. E para ela, não é uma questão de escolha.

              “O mundo está mudando em tempo real. Não entender isso tem consequências terríveis.”

              No século 21, empresas com déficit de diversidade não conseguirão sobreviver em longo prazo, ela adverte.

              “Não entenderão os interesses únicos de seus clientes, não conseguirão se identificar com esse cliente em uma América que continua a se ‘amarronzar'”.

              ‘Para nós, diversidade representa vantagem na competição’ (Foto: GETTY IMAGES)

              Filosofia jedi: ‘Fazer ou não fazer. Tentar não existe’

              E, se a mensagem parece dura, ela lembra que, no mundo dos negócios, não se aceitam desculpas.

              “Se você não atinge suas metas, não pode chegar com desculpas. Ou você cumpriu, ou não cumpriu as metas”, ela diz. E aproveita para citar uma frase do mestre jedi Yoda, personagem da série Guerra nas Estrelas:

              “Tentar não. Fazer ou não fazer. Tentar não existe.”

              Mellody oferece alguns exemplos do que ela própria faria para encontrar esses candidatos.

              “Se eu tivesse de preencher certa vaga e os currículos não estivessem chegando do jeito desejado, eu iria atrás de várias pessoas na comunidade. Perguntaria, ‘você pode me ajudar a fazer contatos com pessoas da sua comunidade que talvez sejam adequadas para esse trabalho?’ As pessoas adoram pedidos como esse. Você ajuda uma pessoa a conseguir um emprego e ganha um amigo para o resto da sua vida”.

              Faça a sua parte: faça o que puder

              Mellody também tem sugestões para os que gostariam de fazer a sua parte mas não ocupam posições de poder e não têm como dar emprego a alguém.

              “Adoro aquela frase, ‘Faça o que puder onde estiver e com os recursos que tiver’. A ideia é, você não pode esperar até ter mais dinheiro, não pode esperar até ter mais tempo, não pode esperar até ter mais influência.”

              E um bom lugar para começar, ela sugere, é com você mesmo.

              “Aproxime-se de alguém que é muito diferente de você em posição social, raça etc. No trabalho, chame essa pessoa para almoçar. ‘Não te conheço, não sei muito sobre você, adoraria almoçar com você.’ Isso requer muita coragem, mas hoje eu estou pregando a coragem”, diz.

              E mesmo que você não tenha o poder de contratar uma pessoa, você pode fazer perguntas.

              “Faça a pergunta. Perguntas são uma forma maravilhosa de se transmitir uma ideia”, diz.

              “É isso que faço nas reuniões da diretoria. Faço perguntas. Quando você faz perguntas, coloca as pessoas em uma posição em que elas vão ter de buscar as respostas. Ou pelo menos vão ter de pensar. E se você não tem o poder de contratar, você pode comentar. ‘Olha, notei que estamos atraindo sempre o mesmo tipo de pessoa. O que podemos fazer para expandir as oportunidades?’ Você pode fazer isso sem que haja confronto, simplesmente ao querer fazer o melhor para a equipe e para a empresa.”

              Ação afirmativa e o mínimo denominador comum

              Chegamos agora ao que talvez seja o ponto mais desconfortável – e polêmico – da entrevista de Mellody Hobson à BBC. Mas ela defende que, sem esse desconforto, a sociedade não poderá superar problemas como o racismo.

              O assunto aqui são as chamadas ações afirmativas – medidas que visam eliminar desigualdades acumuladas historicamente e que são decorrentes de várias formas de discriminação, entre elas, discriminação racial, étnica, religiosa, de gênero ou por deficiência.

              As ações afirmativas visam assegurar igualdade de oportunidade e tratamento para todos. Nos Estados Unidos – e, aliás, também no Brasil – elas levaram à adoção de cotas para estudantes negros nas universidades.

              “Acredito em ação afirmativa. Me beneficiei dela, acho que o mundo é melhor por eu ter me beneficiado dela e sei que eu sou uma pessoa melhor por causa dela”, diz Mellody.

              Foto de estudantes durante a formatura
              ‘Acredito em ação afirmativa. Me beneficiei dela, acho que o mundo é melhor por eu ter me beneficiado dela e sei que eu sou uma pessoa melhor por causa dela’ (Foto: GETTY IMAGES)

              Ela reconhece, no entanto, que muitas pessoas são contrárias ao movimento. E relata uma conversa que teve com um amigo que é membro do conselho de uma prestigiosa faculdade de advocacia americana.

              Os dois falavam sobre o sistema de cotas quando o amigo disse a ela:

              “Mellody, não queremos descer ao mínimo denominador comum.”

              Ele achou que eu fosse concordar com ele, conta Mellody.

              “Mas vou dizer uma coisa que, eu espero, seja interpretada da maneira correta. É um comentário que tem muitas nuances, que talvez soe incrivelmente polêmico, mas não é a minha intenção”, ela avisa.

              “(A fala dele) parte de um pressuposto de que cada pessoa em cada universidade, em cada faculdade de advocacia, em cada colégio, é uma pessoa exemplar. E existem pessoas medíocres. Isso não tem nada a ver com raça. Em todas essas instituições tem um monte de pessoas brancas medíocres”, ela diz.

              “A ideia de que um estudante negro com notas ou padrão diferentes possa baixar o nível de uma instituição… eu simplesmente não concordo.”

              Ação afirmativa pode dar errado?

              Mellody opina também sobre outro argumento usado por críticos da ação afirmativa – a ideia de que, se levada ao extremo no contexto educacional, a ação afirmativa pode levar alguns ao fracasso.

              Isso aconteceria, por exemplo, quando um candidato forte de um colégio técnico vai para a melhor escola de engenharia e acaba ficando entre os 10% piores naquela escola em vez de brilhar em uma faculdade mais mediana.

              “Sabemos que, nos Estados Unidos, os nomes de certas escolas, por si só, já abrem portas. Então, se você me disser que o aluno negro ou hispânico vai acabar entre os 10% mais baixos da lista, por mim, tudo bem. Isso em comparação com ele terminar entre os 10% no topo da lista da universidade que ninguém conhece? Prefiro a primeira opção.”

              E na opinião dela, não é só o aluno que vai sair ganhando. Ganha também a escola ou universidade que receber esse aluno:

              “Se eu estiver em uma escola de advocacia e em minha classe houver um aluno negro, que cresceu em uma área pobre da cidade, falando sobre reformas na Justiça criminal, ele pode ter algo mais a oferecer ao grupo.”

              “(Melhor uma escola assim) do que uma escola onde não há crianças negras”, diz. “É assim que eu penso.”

              Viva a diferença! Na vida real cabem todos

              E se por um lado a menção aos medíocres de todas as raças que ocupam vagas em escolas e empresas talvez soe um pouco ofensiva, por outro, Mellody deixa claro que, no mundo real, cabe todo mundo.

              “Você não tem de baixar seu nível, de se conformar com algo pior, simplesmente para botar um X no quadradinho (da diversidade)”, ela diz.

              “Esse pensamento pressupõe que todo mundo que trabalha naquela empresa é top de linha. E na vida real não funciona assim. Tem pessoas que fazem contribuições diferentes para a companhia.”

              “Aqui na Ariel, temos pessoas que são colegas incríveis. Pessoas que, em situações difíceis, você gostaria de ter ao seu lado simplesmente para apoio moral. Tem algumas das pessoas mais inteligentes que você já encontrou na vida. Tem aquelas que são ótimas para resolver problemas. Tem pessoas que têm talento para lidar com gente… tudo isso compõe o mosaico da nossa organização.”

              E aqui, rindo, ela acrescenta:

              “Já estive em salas com as pessoas mais inteligentes do mundo e você acaba tendo uma ‘convenção dos idiotas’… não é nada divertido.”

              O ‘privilégio da pele branca’

              Mellody Hobson é negra, filha de pais negros. Mas quando começou a namorar o diretor de cinema George Lucas – hoje seu marido – tornou-se mãe de um adolescente branco, o menino Jack, filho de George Lucas. Ela fala um pouco sobre a experiência.

              “Acho que crianças brancas têm de saber que têm o privilégio da pela branca”, diz. Ela relata as conversas que tinha com Jack:

              “Você pode andar por aí usando um capuz. O filho do meu motorista tem a mesma idade que você, mas não poderia andar nessa vizinhança do jeito como você anda. Seria preso, empurrado para um lado… aconteceriam coisas.”

              “Eu explicava para ele, para ele saber quais eram as diferenças. Não para que isso se tornasse um fardo para ele, mas para que ele tivesse consciência. Para que ele compreendesse questões sobre as quais ele não tinha de se preocupar, coisas com as quais nós (negros), nos preocupamos.”

              E voltando à ideia central de sua estratégia na busca de um mundo mais diverso, Mellody fala da necessidade de sermos todos “colour brave”, ou seja, de termos coragem de ver a raça das pessoas e de falar sobre o assunto, sem medo de usar um termo errado, de parecermos racistas e ignorantes.

              “Não posso te assegurar de que os erros não vão ser cometidos. Mas é por isso que uso a palavra coragem. Coragem não é não sentir medo, é agir na presença do medo. O medo de errar nesse tipo de conversa é muito real. São conversas difíceis e carregadas de emoção. Mesmo aqui, nessa conversa, tive momentos de muita emoção”, ela diz ao entrevistador.

              As conversas difíceis, no entanto, criam uma oportunidade para que pessoas de realidades diferentes conheçam a experiência do outro, diz.

              “Muitas vezes, nós (negros) sabemos muito mais sobre as pessoas brancas do que as pessoas brancas sabem sobre nós. Então, como podemos virar a mesa, mudar a conversa para que as pessoas saibam mais sobre nós? Questões e histórias que são únicas para nós?”, pergunta.

              Mellody admite que, no esforço de fazer seu argumento, muitas vezes ela própria diz coisas que talvez sejam consideradas ofensivas.

              Seria o caso, então, de fazermos um contrato social onde concordaríamos em ficar um pouco ofendidos para, em troca, podermos ser mais abertos uns com os outros? – pergunta o entrevistador.

              “Isso nos beneficiaria muito. Por mim, faria esse acordo.”

              Conversas difíceis com George Lucas

              Por ser casada com um homem branco, Mellody se vê praticando, na vida pessoal, o que propõe em suas palestras.

              “Sou casada com um homem que não é negro, então tenho de sensibilizá-lo o tempo todo sobre questões ligadas à raça. E não é porque ele não se importe, eu sei que ele me ama. Mas sei que às vezes tenho de oferecer a ele uma lente, para que através dela ele possa vivenciar coisas da forma como eu as vivencio. Isso não diminui meu amor ou respeito por ele”, diz.

              Sem isso, ela questiona, o quê, na experiência dele, permitiria que ele compreendesse a minha experiência?

              “Quando entro em uma sala, não preciso contar. Eu simplesmente sinto quando sou a única (pessoa negra). Anos atrás, ele não pensava nisso. Hoje, vamos a certos lugares e ele diz, ‘você é a única pessoa negra (neste lugar)’. É interessante, hoje em dia ele nota. E por que teria notado isso antes?”

              Tags: diversidadeMellody HobsonMulher NegraRacismo
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              • "O artigo inicia-se a partir do conceito de cultura no sentido geral, antropológico. Entre os tantos termos que são utilizados para definição de cultura. Neste artigo, cultura será analisada por meio dos próprios atores que a promovem, nas esferas sociais e políticas. Além disso, por ser o samba rock uma manifestação cultural contemporânea e em avanço, foi analisado o conceito de que para uma cultura em observação, as variáveis são muitas e estão em pleno acontecimento, construção e evolução." Leia o Guest Post de Edneia Limeira em www.geledes.org.br
              • A coluna NOSSAS HISTÓRIAS desta quarta-feira vem com a assinatura da historiadora Iracélli da Cruz Alves! O tema “Mulheres negras, política e cultura do cancelamento no Brasil republicano” é abordado no artigo e no vídeo nos quais ela oferece reflexões a partir de registros da atuação de mulheres negras integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1940! Confira um trecho: “O que essas mulheres têm em comum? Todas eram comunistas, trabalhadoras e muito provavelmente negras, como é perceptível nas poucas imagens que até hoje encontrei. Além disso, não podemos esquecer que a classe trabalhadora brasileira tem sido majoritariamente negra, o que aumenta a probabilidade de essa pressuposição fazer sentido para os casos em que não acessei registros fotográficos. Outro ponto em comum em suas trajetórias é que todas participaram ativamente da vida política do país em meados do século XX, atuando significativamente no partido no qual escolheram militar. No entanto, foram praticamente esquecidas (ou silenciadas?) tanto pela historiografia política do Brasil quanto pelas narrativas históricas sobre o PCB. Os nomes delas, na maioria das vezes, nem sequer são citados.” Leia todo o artigo no Geledés: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-politica-e-cultura-do-cancelamento-no-brasil-republicano/ Veja o vídeo no Acervo Cultne: https://youtu.be/pS35-3RuNMc
              • Já que o mundo está em medida de contenção social, acredito estar diante de um dos maiores desafios que o ser humano possa receber da vida, que é o de ter a oportunidade de ficar sozinho e explorar a sua consciência, conhecer quem é essa pessoa que cohabita em meu corpo, ou seja tentar descobrir quem “eu dentro de mim”. Leia o Guest Post de Tatiane Cristina Nicomedio dos Santos em: www.geledes.org.br
              • Enfermeira Monica Calazans, primeira pessoa vacinada em território nacional
              • "Escolhi parafrasear no título do presente guest post a escritora brasileira, Conceição Evaristo, que constrói contos e poemas reveladores da condição da população negra no país. A intelectual operaciona a categoria de “escrevivência”, através de uma escrita que narra o cotidiano, as lembranças e as experiências do outro, mas sobretudo, a sua própria, propagando os sentimentos, as lutas, as alegrias e resistências de um povo cujas vozes são silenciadas." Leia o Guest Post de Ana Paula Batista da Silva Cruz em: www.geledes.org.br
              • ✊🏾 1960-1970: Grupo Palmares de Porto Alegre e a afirmação do Dia da Consciência Negra ✊🏾 Está disponível mais uma sala da Exposição “20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra” no Google Arts & Culture! Link: https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/4/exhibit/1960-1970-grupo-palmares-de-porto-alegre-e-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-do-dia-da-consci%C3%AAncia-negra/tgLSJakjmcizKA 🙌🏿 Esta sala é especialmente dedicada à movimentação do Grupo Palmares em Porto Alegre, fundado em 1971, afirmando o Vinte de Novembro como Dia da Consciência Negra. Em 2021, o Vinte completa 50 anos! Conecte-se ao compromisso de ativistas negros e negras gaúchas em defesa de uma história justa sobre as lutas negras por liberdade por meio de depoimentos, fotografias, poemas, anotações, cartas, entre outros documentos. Vamos junt@s! 🖤 O material pode ser acessado em português e inglês e é mais um resultado da parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs(@historiadorxsnegrxs , Geledés Instituto da Mulher Nega e o Acervo Cultne! (@cultne) 🎉 Ao longo de todo 2021, muitas outras “Nossas Histórias” sobre vidas, lutas e saberes da gente negra serão contadas em salas de exposições virtuais!
              • "A história do indigenismo no século XIX tem importantes pontos de conexão com a história do tráfico escravista. A investigação dessas conexões permite compreender como possibilidades de branqueamento foram projetadas na nação brasileira, para além da mais conhecida: a imigração europeia ocorrida entre o último quartel do século XIX e 1930." Leia o artigo do historiador Samuel Rocha Ferreira publicado na coluna “Nossas Histórias” **A coluna “Nossas Histórias” é uma realização da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros em parceira com o Portal Geledés e o Acervo Cultne.
              • "Afirmar que este ano foi ganho para a EDUCAÇÃO parece beirar à cegueira. Escolas fechadas, estudantes, professores, gestores todos os servidores em casa e sem aulas presenciais." Leia o Guest Post de Jocivaldo dos Anjos em: www.geledes.org.br
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

              Fique em casa

              A historiadora e militante negra Beatriz Nascimento (1942-1995), cuja vida e pensamento conduzem a narrativa do documentário 'Ôrí' (Foto: REPRODUÇÃO/ORI)

              Antes de ‘AmarElo’ de Emicida, estes documentários já contavam a trajetória do negro no Brasil

              23/01/2021
              Imagem: Júlia Rodrigues/Divulgação

              Emicida e o direito de sermos quem somos

              23/01/2021
              Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

              Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

              23/01/2021

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