As mulheres negras no Brasil tiveram considerável avanço em indicadores sociais, principalmente em educação.
A igualdade, porém, ainda está longe nas universidades, no mercado de trabalho e na política.
Para ficar em um exemplo, a renda média de uma mulher negra é 42% da de um homem branco.
No ritmo dos últimos 25 anos, será preciso mais de 80 para que sejam equivalentes.
As discrepâncias ganham destaque no momento em que o Geledés – Instituto da Mulher Negra, marco do debate sobre gênero e cor, completa 30 anos.
A entidade surgiu a partir da identificação de uma lacuna, afirma sua presidente, Maria Sylvia Aparecida de Oliveira.
“Nem o movimento negro nem o feminismo majoritariamente branco tinham respostas para as violações de direitos das mulheres negras”, diz.
“Apesar dos avanços nos últimos anos, elas são ainda sub-representadas na esfera pública e na privada”, afirma.