Mulheres negras e violência: Decodificando os números

Artigo produzido por Redação de Geledés

Geledés Instituto da Mulher Negra, com o apoio financeiro do Fundo Elas/Instituto Avon-Fundo Fale Sem Medo, desenvolve o projeto Mulheres Negras e Violência: decodificando os números, um projeto que visa ampliar a compreensão das particularidades que envolvem a questão da violência doméstica contra as mulheres negras.

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Por Suelaine Carneiro

O projeto se justifica em razão da expressiva participação das mulheres negras nos dados de homicídios, que segundo informações do Mapa da Violência 2015: homicídio de mulheres no Brasil,  no período 2003-2013, saltou de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Em contraposição, houve recuo de 9,8% nos crimes envolvendo mulheres brancas, que caiu de 1.747 para 1.576 entre os anos. As vítimas de crimes violentos são mulheres jovens, a maioria entre 18 e 30 anos, negras e pobres. O estudo mostra ainda que 50,3% das vítimas são assassinadas por familiares e 33,2% dos crimes são cometidos por parceiros ou ex-parceiros. A partir destes dados podemos induzir que mulheres negras são as principais vítimas da violência doméstica no Brasil.

Conversaremos com mulheres negras que vivenciam ou vivenciaram situações de violência doméstica de forma a compreender suas condições de vida, a dinâmica de violência, suas percepções sobre racismo e sexismo. Realizaremos também rodas de diálogos com profissionais que atuam em Centros de Atendimento para Mulheres Vítimas de Violências, para conhecermos suas práticas de acolhimento e atendimento, e se há especificidades na situação de vitimização das mulheres negras.

O projeto será finalizado com um seminário nacional para apresentação pública dos dados e informações sobre as especificidades da violência sofrida por mulheres negras, de forma a contribuir com novas ações no campo do enfrentamento das violências contra as mulheres.

Disponibilizaremos no Portal Geledés um espaço de informações sobre o tema, para tanto solicitamos o envio de artigos, pesquisas e dados sobre violência doméstica contra mulheres negras, para o endereço [email protected]

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