Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (31) aponta que houve aumento de nascimentos no grupo de mulheres com mais de 30 anos.
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As mulheres brasileiras têm cada vez menos filhos e escolhem cada vez mais pela maternidade tardia, entre os 30 e 39 anos. Este é um dos dados apontados pela pesquisa “Estatísticas do Registro Civil 2017”, divulgada nesta quarta-feira (31), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), que confirma uma constante na sociedade brasileira. Desde 2013, o instituto aponta que, a cada ano, cresce o número de mulheres que contemplam este perfil no País.
O total de nascimentos cujas mães possuíam menos de 30 anos caiu de 74,3% para 64,9%, entre 2016 e 2017. Segundo a pesquisa, a taxa de fecundidade entre as mulheres mais jovens vem caindo expressivamente nos últimos 10 anos. Entre 2007 e 2017, a proporção dos filhos de mães que tinham até 19 anos de idade passou de 20,22%, em 2007, para 15,95%, em 2017.
No mesmo período analisado, o grupo de mulheres que deram à luz entre 20 a 29 anos diminuíram. De 54,1%, abaixou para 48,98%. Já no grupo de mulheres de 30 a 39 anos, houve crescimento. Antes somavam-se 23,4% e, com os dados atuais, contabilizam-se 32,2%. Na faixa de mulheres com 40 anos ou mais, o percentual de nascimentos avançou de 2,2% para 2,9%.
Este dado é uma crescente na sociedade brasileira. Em 2005 a mesma pesquisa apontou que 30,9% das mulheres que deram à luz no Brasil tinham entre 20 e 24 anos. Já em 2015, dez anos depois, o percentual nessa faixa etária caiu para 25,1%.
Além disso, foi observado um aumento de nascimentos entre mães na faixa etária dos 30 anos. De 22,5%, em 2005, para 30,8%, em 2015. No grupo de mães de 15 a 19 anos, o percentual de nascimentos caiu de 20,3%, em 2005, para 17%, em 2015.
O número de nascimentos cresceu no Brasil
Dados analisados pela pesquisa também apontam que o número total de nascimentos cresceu 2,6% em 2017. A pesquisa aponta que esse dado recupera parte da queda registrada em 2016, embora ainda seja menor que os números de 2015 e 2014. A pesquisa aponta que a redução dos chamados “registros tardios” foi a responsável por esse aumento. Estes registros são efetuados em anos posteriores ao do nascimento, que representaram 2,7% em 2017 contra 3,5% em 2016.