Os coletivos e organizações negras e de jovens da periferia de São Paulo voltam a protestar contra o assassinato de cinco jovens negros, ainda não esclarecido, ocorrido em 21 de outubro.
Os jovens eram da zona leste e seus corpos foram encontrados somente no dia 6 de novembro, com sinais de execução. Até o momento, um guarda civil de Santo André confessou o crime, mas a chacina não foi realizada por uma única pessoa. E ainda há indícios de que há envolvimentos da polícia no assassinato.
Na semana passada, o movimento negro ocupou a Secretaria da Segurança Pública exigindo a apuração do crime. Somente após esta pressão, é que apareceu o tal guarda civil para confessar o crime. O secretário recusou-se a receber o movimento e ainda tentou criar um clima tenso ao passar no saguão no meio dos manifestantes cercado de seguranças. E ainda ameaçou que aquela foi a “última vez” que a secretaria seria ocupada.
Agora, na próxima quinta-feira, será lançado o livro “Mães em Luta – 10 anos dos crimes de Maio” organizado por Andre Camarante, da Ponte Jornalismo. Será às 18h na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco. Após o lançamento, haverá um cortejo até a sede da Secretaria da Segurança Pública.
E no dia 20, domingo, o movimento negro realiza a XIII Marcha da Consciência Negra, com concentração a partir das 11h no vão livre do MASP.
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