“Esse passo-a-passo fará com que os olhos dela brilhem pra você mais do que os de um cachorrinho”
“Faça ela gostar de você mesmo que você seja um mala”.
Por: Andréa Martinelli no, Brasil Post
O homem da foto acima é o norte-americano Julien Blanc.
Ele é quem disse as frases citadas acima.
Ele quer vir ao Brasil, mas nós não queremos que ele venha.
Blanc é um “profissional” que “ensina” homens a “pegar” mulheres, por meio de conferências. Ele é conhecido por “ensinar” táticas como: ignorar quando mulheres dizem não, fazer ofensas racistas, atacar a autoestima das mulheres e a “tática” de chegar sufocando mulheres em bares, com as mãos ao redor do pescoço, e até a forçar os rostos delas em direção à sua virilha.
Se você ainda não conhece o “trabalho” deste sujeito e – a título de curiosidade – quer conhecer, ele disponibiliza vídeos no YouTube em que demonstra como são suastáticas de “conquista” em relação às mulheres. No vídeo abaixo, ele tenta aplicá-las. Assista:
De acordo com a agenda oficial de Blanc, ele pretende estar em Florianópolis entre 22 e 24 de janeiro de 2015 e no Rio de Janeiro entre 29 e 31 do mesmo mês para dar palestras e ensinar aos homens brasileiros como é que se conquista uma mulher.
Para barrar a vinda dele ao Brasil, uma petição pública criada na internet e direcionada à delegacia de imigração nacional pede que a Polícia Federal impeça a entrada do norte-americano Julien Blanc no Brasil. Um evento no Facebook também foi criado para divulgar a petição. O texto divulgado na petição diz que:
“Em nome de milhares de mulheres que todos os dias combatem a violência contra a mulher em São Paulo e no Brasil. (Pretendemos) Informa-la (à titular delegacia de imigração) urgentemente que em janeiro de 2015 receberemos uma conferência estrangeira no Rio de Janeiro e em Florianopolis, que exalta a cultura do estupro, o crime de agressão e racismo e profundo desrespeito pelas mulheres.”
Em menos de 9 horas a campanha já ultrapassou a marca de 40 mil assinaturas, quando a meta inicial são cerca de 100 mil assinaturas.
É possível!
Recentemente, segundo a Marie Claire, o norte-americano foi deportado da Austrália depois que a ativista Jennifer Li criou uma petição na internet pedindo sua expulsão do país. A campanha teve 41 mil assinaturas – pouco mais do que a brasileira já atingiu.
A produtora de cinema e ativista feminista Jazz Mota, uma das idealizadoras da petição brasileira, disse ao Correio Brasiliense que o objetivo da campanha não é apenas impedir que Julien entre no país.
“Gira em torno da causa maior: o combate à violência contra a mulher, pois não podemos suportar mais e é uma prova de que estamos juntos para combater isso.”