“Nunca passou por minha cabeça adotar criança branca”, diz Glória Maria

Enviado por / FonteDo R7

Em conversa com o R7, na festa de 9 anos da revista Quem, na noite desta terça-feira (6), em São Paulo, a jornalista Glória Maria, que renovou com a Globo até 2016, disse que pretende preservar ao máximo a imagem das filhas, Laura e Maria, já que o processo de adoção delas ainda não está concluído.

– É claro que elas não vão ficar a vida inteira escondidas, mas só vou chegar no Rio no fim do ano. Estou ainda terminando o processo de adoção. Acho que quantos menos expô-las, melhor. É por elas, não é por mim. Por mim, queria mostrar, porque eu sou uma mãe coruja. Elas são lindas. Mas por enquanto não dá.

A jornalista contou que faz questão de acompanhar todos os passos das filhas e que vai junto “para a natação, para a aula de música”. Glória Maria ainda explicou por que fez questão de adotar duas meninas negras.

– Você acha que eu iria adotar duas branquinhas? Primeiro, você sabe, eu fiz trabalho com crianças abandonadas. E, lá nos abrigos, você descobre que a maioria das crianças que precisam é negra. Porque todo mundo só quer adotar menina branca até um ano. É aquele negócio: eu não escolhi, elas me escolheram. Nunca iria passar pela minha cabeça adotar criança branca. Não é por discriminação. É porque, primeiro, sou negra. Segundo, porque as negras é que precisam ser adotadas. Aí eu iria adotar o quê?

Glória afirmou que, com a maternidade, está cada vez menos vaidosa.

– Eu não tenho preocupação com isso Para você ter uma idéia, quando eu vim para cá hoje eu esqueci maquiagem. Se não tivesse uma pessoa para me maquiar teria vindo de cara lavada. Eu não tenho essas preocupações. Nunca botei botox, nunca fiz plástica.

+ sobre o tema

para lembrar

Grande São Paulo registra ao menos três ataques a transexual e travestis em duas semanas

Levantamento do G1 identificou ataques nos dias 4, 10...

Cartilha do Inegra mostra a realidade de mulheres presas no Ceará

Elas são, na maioria, negras e pobres. Recebem poucas...

Aspectos de uma obra: O feminismo negro africano de Chimamanda Adiche

Chimamanda Ngozi Adiche é uma das maiores referências da...

Agosto é o Mês da Visibilidade Lésbica: onde estão as lésbicas nas empresas brasileiras?

Estamos no Mês da Visibilidade Lésbica, com duas importantes...
spot_imgspot_img

Sueli Carneiro analisa as raízes do racismo estrutural em aula aberta na FEA-USP

Na tarde da última quarta-feira (18), a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP) foi palco de uma...

O combate ao racismo e o papel das mulheres negras

No dia 21 de março de 1960, cerca de 20 mil pessoas negras se encontraram no bairro de Sharpeville, em Joanesburgo, África do Sul,...

Ativistas do mundo participam do Lançamento do Comitê Global da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver

As mulheres negras do Brasil estão se organizando e fortalecendo alianças internacionais para a realização da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem...
-+=