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    Naruna Costa tem 15 anos de carreira como atriz de teatro, cinema e televisão (Bob Wolfenson/Netflix)

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    Karen Luise (Foto: Arquivo Pessoal)

    Mulheres negras: Um duplo desafio para o sistema de Justiça

    Maia Chaka, primeira árbitra negra da NFL (Foto: Denis Poroy/AAF/Getty Images)

    No mês das mulheres, NFL anuncia a contratação da primeira árbitra negra da sua história

    Arte: Rafael Werkema/CFESS

    Lideranças femininas falam sobre seus desafios no simpósio Mulheres, Poder e Sociedade

    Foto: Divulgação

    Lançamenro pesquisa viver em SP no Dia da Mulher

    (Ilustração: LINOCA SOUZA)

    Abismo feminino

    Adobe

    Por dia cinco mulheres foram vítimas de feminicídio em 2020, aponta estudo

    Ronda Maria da Penha, em Salvador, auxilia mulheres vítimas de violência — Foto: Alberto Maraux/ SSP-BA

    Mais de 180 mulheres foram mortas na BA em 2020: ‘É preciso entendimento social para mudar esses dados’, diz pesquisadora

    Reprodução/Facebook

    Março por Marielle: Instituto lança Agenda Colaborativa com ações que denunciam 3 anos de impunidade

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      (Foto: Rui Zilnet)

      Direitos Humanos para quem?

      Reunião da Secretaria da Juventude Carioca, criada pelo prefeito Eduardo Paes (DEM) - PerifaConnection

      Se não investir nos jovens, Rio pode criar população improdutiva no futuro

      Reprodução/Small Axe

      ‘Small Axe’ traz resiliência a histórias de racismo que poderiam ser apenas tristes

      Miriam Leitão (Imagem retirada do site Congresso em Foco)

      Um ano depois, a dúvida é sobre nós

      Goleiro Aranha, em sua segunda passagem pela Ponte Preta Imagem: Ale Cabral/AGIF

      Aranha reclama de racismo no futebol: ‘Era trocado pelo concorrente branco’

      Parem de nos matar (Portal Geledés)

      Pela afirmação da vida, pela liberdade e contra a brutalidade policial

      Foto: Pedro Kirilos/Riotur

      O Rio de janeiro continua… segregacionista

      Ashanti: nossa pretinha/Malê Mirim

      Literatura infantil para incentivar a autoestima em crianças negras

      Imagem: Frazer Harrison/Getty Images

      Globo de Ouro 2021: atores lamentam ausência de negros entre jurados

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      Ivanir Dos Santos (Foto: Arquivo Pessoal)

      Ivanir dos Santos: Ainda há esperança em prol da tolerância

      Bandeira do orgulho trans hasteada em São Francisco, nos Estados Unidos. Foto: Flickr (CC)/torbakhopper

      Brasil segue no topo de ranking de assassinatos de pessoas trans no mundo

      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

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        (Foto por: Anna Maria Moura/ Coletivo Quariteré)

        Biblioteca comunitária dedicada à cultura africana e afro-brasileira é inaugurada em Cuiabá

        Divulgação

        Camila Pitanga estreia “Matriarquia em Processo” com primeira apresentação transmitida online direto de sua casa

        (Foto: Daryan Dornelles / Divulgação)

        Elza Soares lança single inédito, ‘Nós’, para homenagear as mulheres

        Foto: Divulgação

        Grandes cordelistas têm encontros marcados com os novos tempos, de 6 de março a 24 de abril

        Espetáculo Negra Palavra | Solano Trindade (Foto: Mariama Prieto)

        Identidades negra e indígena são tema do Palco Virtual de cênicas com leituras e espetáculos em construção de teatro e dança

        Beth Belisário (Foto: Divulgação)

        Beth Belisário, do bloco Ilú Obá de Min, abre série especial da coluna Um Certo Alguém em sinergia com a Ocupação Chiquinha Gonzaga

        Imagem 1 – Tear e poesia do fotógrafo Fernando Solidade

        Festival de Imagens Periféricas apresenta a multiplicidade cultural de São Paulo através da fotografia

        As mulheres usam a mandioca tradicionalmente para cozinhar e sabem prepará-la de várias maneiras.(Foto: TANIA LIEUW-A-SOE/CEDIDAS)

        As mulheres que cultivam mandioca no Suriname para vendê-la nos Países Baixos

        A escritora brasileira Carolina Maria de Jesus durante noite de autógrafos do lançamento de seu livro "Quarto de Despejo", em uma livraria na rua Marconi, em São Paulo (SP). (São Paulo (SP), 09.09.1960. (Foto: Acervo UH/Folhapress)

        Carolina Maria de Jesus ganha título de Doutora Honoris Causa da UFRJ

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              O genocídio do negro brasileiro: uma (re)leitura para espaços-tempos de pandemia

              “Ser negro no Brasil é frequentemente ser objeto de um olhar vesgo e ambíguo” Milton Santos

              10/06/2020
              em Artigos e Reflexões
              15 min.

              Fonte: Por Anderson Luiz Machado dos Santos*, do Sul21
              Alberto Henschel (1867). (Reprodução/Sul21)

              Alberto Henschel (1867). (Reprodução/Sul21)

              O transcorrer do mês de maio no Brasil, nos impele enquanto sujeitos negros e negras, a refletir criticamente acerca de nossas trajetórias, no contexto denominado de pós-abolição, segundo o qual, afirma um dos autores clássicos da sociologia brasileira, “o negro permaneceu sempre condenado a um mundo que não se organizou para tratá-lo como ser humano e como “igual” (FERNANDES, 1972 p.15)[i]. Diante desta questão, bem como no contexto da crise pandêmica (COVID-19), escancara-se mais uma vez, as referidas condições de reprodução da existência e sujeição da população negra no país, diante de sua posição de ser um objeto visto por um olhar tortuoso, conforme problematizou o geógrafo negro baiano Milton Santos (1926-2011). Tais elementos, nos instigam a uma (re)leitura – no sentido de produzir uma interpretação e de indicar uma leitura, sobretudo às gerações mais jovens, que vivem desde a formação territorial brasileira – no âmbito de um trabalho de grande relevância. Trata-se da obra O Genocídio do Negro Brasileiro: Processo de um Racismo Mascarado do intelectual, artista, político negro e pan-africanista Abdias Nascimento (1914-2011), sob a premissa de sua atualidade.

              O referido trabalho de Abdias Nascimento, reúne XV capítulos em tons ensaísticos e propositivos. Sob o título original Racial Democracy in Brazil: Myth or Reality, o texto foi escrito em seu momento de exílio na Nigéria, como uma contribuição ao Colóquio do II Festival Mundial de Artes e Culturas Negras e Africanas (Festac) realizado em Lagos, entre janeiro e fevereiro de 1977. Porém, o mesmo foi rejeitado pelas autoridades oficiais da Nigéria e do Brasil representadas no Festac’77. Ainda assim, o trabalho fora editado pelo Departamento de Línguas e Literatura Africanas da Universidade de Ifé, onde Abdias atuava como professor convidado. O trabalho foi mimeografado e distribuído aos membros do Colóquio-Festac’77. Abdias nunca obteve uma resposta formal das autoridades acerca da rejeição de seu texto, entretanto a repressão não foi suficiente para impedir a discussão do mesmo e para o reconhecimento de sua relevância. No Brasil, sua primeira edição data de 1978 pela Editora Paz & Terra, com prefácios do sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995) e de Wole Soynka dramaturgo-intelectual nigeriano, Prêmio Nobel em Literatura (1986). Nesta breve reflexão utilizamos a versão mais recente, publicada no Brasil pela Editora Perspectiva[ii].

              Nossa reflexão sobre a obra O Genocídio deseja enfatizar três aspectos, sem deixar de reconhecer sua profundidade e diversidade. São eles: a) a construção de uma matriz epistêmica crítica que tem no seu enlace a desconstrução de mitos; b) a interpretação da formação social brasileira e o estilo racista que impacta de maneira singular o ser negro; c) os horizontes de sentido que Abdias Nascimento recupera do papel da resistência político-cultural afro-brasileira e desdobra na reconstrução de um pensamento em ação, o qual em primeira e última instância, reivindica uma nova sociedade, multirracial e multicultural no Brasil. Como preambulo para adentrar nestes aspectos, é mister colocar em pauta a noção de genocídio enfatizada pelo autor. Nesse quesito, uma primeira associação no contexto dos debates contemporâneos, permite-nos associar genocídio e necropolítica conforme a perspectiva do filósofo camaronês Achille Mbembe (2006)[iii].

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              25/02/2021

              Mbembe (2006), desenvolve seu raciocínio, através da crítica aos dispositivos de poder analisados por Michel Foucault (1926-1984), sobretudo no que concerne as noções de soberania e biopoder, relações que governam o “direito de vida e de morte” dos indivíduos às populações no âmbito do Estado moderno. Para Mbembe (2006), no mundo pós-colonial, na modernidade tardia e até mesmo para setores da população subalternizada no primeiro mundo, vigora algo além dos dispositivos de controle e reprodução da população enquanto espécie (o biopoder). Impõe-se nesses espaços-tempos, uma política da morte, de extermínio da população, através do uso deliberado da violência e sujeição dos governados, esta necrose do poder – necropolítica, se funda desde a escravidão e a racialização-racismo das populações nos espaços-tempos citados, ela cria mundos de morte. Portanto, tal compreensão tem se tornado fundamental para entender e denunciar o genocídio da população negra no Brasil contemporâneo, sobretudo, a juventude periférica, as vítimas do feminicídio e transfobia, as comunidades quilombolas.

              Cabe destacar, que elementos como: a denúncia da perversidade da escravidão no Brasil, nas Américas e em África; bem como o caráter sistemático da exploração/violação da mulher negra, dentre outros aspectos, permitem identificar uma convergência entre linha interpretativa da necropolítica e a noção de genocídio conforme Nascimento (2016[1977]). Por outro lado, necropoder também diz respeito, a coisificação do ser humano no capitalismo, traduzida na sua mercantilização descartável, o que conduz as populações ao estado de extrema precarização, invisibilidade e não reconhecimento de sua existência, o que Mbembe (2006) arroga como um mundo de mortos-viventes. Essa segunda linha de raciocínio acerca da necropolítica, encontra novamente relação com a concepção de genocídio de Abdias Nascimento, a qual abrange um indicioso, sistemático e silencioso processo de sujeição sociocultural, no qual a população negra do Brasil “pós-abolição” foi forçada a subalternizar-se. Como consequência, tem-se o seu embranquecimento como a única possibilidade de reprodução de sua existência nos quadros da sociedade. Deste modo, o ser negro é impelido a negar a si próprio, lhe é negada a sua autodefinição, pois impõe-se a perversidade do embranquecer, sendo este o caráter fundamental do genocídio a que o autor se refere. Trata-se de um extermínio sociocultural que se coaduna com a violência física e material que abate os seres negros do país.

              a) A matriz epistêmica de desconstrução de Mitos

              Para chegar à conclusão mencionada, Abdias Nascimento em O Genocídio do Negro Brasileiro, opera, em nosso olhar, uma matriz epistêmica de desconstrução de Mitos, pois o propósito central de sua obra, volta-se para a desconstrução do conceito de democracia racial, que por diferentes caminhos perpetrou-se na sociedade brasileira, refletindo-se em uma suposta relação concreta de convivência harmoniosa entre negros e brancos no país. Subjacente a essa ideia central, busca interrogar e desconstruir mitos que lhe estão atrelados, tais como: certa benevolência dos senhores e humanidade existente na escravidão latino-americana, sob a influência cristã (católica e protestante); as tendências ao intercasamento entre negros e brancos como suposição de relações horizontais entre ambos; a influência da cultura africana e de seus descendentes como sinônimo de ausência de preconceito racial no Brasil. Todos esses elementos, se revelam para o autor, conforme a lógica da desconstrução como: “uma extremamente perigosa mística racista, cujo objetivo é o desaparecimento inapelável do descendente africano, tanto física, quanto espiritualmente, através do malicioso processo do embranquecer a pele negra e a cultura do negro” (NASCIMENTO, 2016 [1977] p.49-50 [grifos do autor]).

              Sabemos que no âmbito filosófico, destaca-se a noção epistemológica de desconstrução à perspectiva pós-estruturalista do filósofo franco-argelino Jacques Derrida (1930-2004), que opera sobre os discursos e expressões dos sistemas de pensamento ocidental, uma constante interrogação de seus problemas, a qual não necessariamente se joga frontalmente a um conceito vulgar, mas com as repetidas questões, interroga-o aos seus limites, pondo a prova sua gênese[iv]. Essa desconstrução gera abertas, margens diante das quais os problemas postos podem ser recolocados ou reconstruídos. Deste modo, vemos a lógica de pensamento presente em O Genocídio do Negro Brasileiro, desenvolver-se em sentido semelhante, ponto a prova os Mitos intocáveis, para chegar a aberturas transformadoras. Estabelecer tal paralelo, significa que o pensamento e a ação negra, podem estar em consonância com as propostas críticas de origens distintas, desde que as mesmas sejam operacionais e contribuam com os propósitos de nossa revolução, como bem enuncia Abdias Nascimento, já nas conclusões deste trabalho.

              Assim, diante desta lógica epistêmica, o autor compreende que a tese da democracia racial exalta um certo ser negro, mas para embranquecê-lo, não para reconhecê-lo, pois é parte de uma estratégia, via miscigenação e termos correlatos, que visa aproximar a nação-brasileira dos padrões culturais e estéticos brancos e europeus, sem tocar na noção de inferioridade da raça negra elaborada pelos eugenistas. Logo, o mito revela-se em tragédia – o genocídio – que permeia os crimes de violação e subjugação da mulher negra pelo homem branco, do passado ao presente, na busca por estabelecer os novos tipos sociais [o(a) mulato(a)], que caminham na estratificação sistemática de embranquecimento do povo brasileiro; a falsa democracia que incorporou políticas de imigração no período colonial e pós-colonial, com vistas a privilegiar os ingresso das populações europeias, para suprir supostas demandas do país; também, afirmou-se a presunção de que as pessoas de origem indígena e africana preferiam ser rotuladas de brancas, em benefício de sua inserção na estrutura social, uma imposição que levou inclusive ao extermínio de dados sobre a escravidão no Brasil e retirada das categorias – negros e indígenas dos censos oficiais, por muito tempo.

              Ainda, Abdias Nascimento destaca como a influência da cultura africana no Brasil, foi abordada de acordo com os destacados ideólogos da democracia racial, tais como Gilberto Freyre (1900-1987) e Pierre F. Verger (1902-1996), segundo sua visão. Tais autores se utilizam de expressões como “sobrevivência” dos traços culturais africanos e “infiltrações” africanas, na religião, na culinária, na música, na escultura e pintura de origem europeia, como demonstração da essência não racista e harmoniosa da civilização brasileira. Em realidade, segundo Abdias, as expressões “sobrevivência” e “infiltração” evidenciam a natureza subterrânea e a condição marginal da cultura africana e de seus descendentes no Brasil, do contrário a civilização brasileira que diz respeito à sua fração branca, nunca aceitaria a contribuição negra, caso ela não se apresentasse como disfarçada e clandestina.

              Não obstante, o autor destaca que a formação cultural afro-brasileira se constituiu pelas forças da rejeição e resistência do povo africano em sua diáspora. Assim, situa o papel do banzo, também conhecido como “a doença da saudade” da terra e da vida livre em África, que acometeu e retirou as forças vitais de uma ampla população negra escravizada. Somente diante dessa alta taxa de mortalidade negra escrava, é que se forçou aos senhores permitir ao povo negro entoar suas manifestações culturais, muito restritamente em domingos e dias santos[v]. Outro instituto da democracia racial e da consequente presença cultural negra no país, residiria sobre a teoria da saudável interação sexual entre as raças e a tendência ao intercasamento, a prova dessas relações seria o surgimento da mulata brasileira, símbolo de identidade e produto nacional. Em realidade, uma coisificação, produto da exploração sexual da mulher negra, violada em sua condição de ser. Por seu turno, apoiado em diversas pesquisas, também se revela o contraditório do intercasmento, visto que as mesmas demonstram como o branco excluiu o negro de seu círculo de convivência íntima – a família, contexto no qual o homem negro e a mulher negra só poderiam adentrar, pela porta dos fundos, como criminoso e como prostituta.

              b) A formação social brasileira e seu estilo racista de ser

              Do movimento epistêmico de desconstrução emerge na obra em tela, uma concepção fundamental acerca da formação social brasileira e seu estilo racista. Assim, o autor de O Genocídio postula:

              “Tudo era de origem europeia, como agora quase tudo vem dos Estados Unidos. O país obtivera em 1822 uma independência apenas formal, permanecendo sua economia, sua mentalidade e cultura, dependentes e colonizadas” (NASCIMENTO, 2016[1977] p.82 [grifos do autor]).

              Essa concepção nos remete a uma interpretação da formação social brasileira que leva em consideração o que contemporaneamente denomina-se de colonialidade latino-americana, conceito que segundo o sociólogo peruano Aníbal Quijano (1928-2018), extrapola a noção de colonialismo pois, abrange um sistema de relações de poder que permanece e se aprofunda, mesmo diante das independências formais. Logo, a colonialidade se funda na imposição de uma classificação racial/étnica da população e cujas relações de poder operam nos diversos planos, âmbitos e dimensões, tanto materiais quanto subjetivas da existência social. Nesse processo, as relações sujeitam-se aos capitais no âmbito econômico; à família burguesa, ao patriarcalismo no que concerne as relações de gênero e sexualidade; ao euro-“norte”-centrismo, tomado como regime de produção da subjetividade e das formas de conhecimento; ao Estado-nação e suas articulações internacionais tornadas referencias no que tange aos regimes de autoridade[vi].

              As referidas relações não são vistas como formas isoladas, mas amalgamados constituem a colonialidade que Abdias Nascimento enuncia em sua concepção e luta por sua libertação, desde a perspectiva Afro, tanto quanto a questão se põe nas lutas Indígeno-Americanas e Caribenhas. Neste âmbito, também é mister situar a contribuição do intelectual negro revolucionário, oriundo da ilha Martinica, Frantz Fanon (1925-1961), que ressaltou as relações entre o colonialismo, o racismo e a subjetivação negra, como modos de ver e viver o mundo. Portanto, mais do que a subordinação material de um povo, a colonização e o racismo, fornecem as formas como as pessoas são capazes de se expressar e se entender. Logo, descolonizar significa também a necessidade de descolonização das mentes.

              Nesta medida, das especificidades da formação social colonizada-capitalista-racista, o autor de O Genocídio compreende que a democracia racial significa a metáfora que designa o estilo do racismo brasileiro. O qual não se confunde com um sistema jurídico de segregação racial conforme ocorrera nos Estados Unidos e na África do Sul, mas é um sistema tão perverso quanto, visto que,

              “[…]institucionalizado de forma eficaz nos níveis oficiais de governo, assim como difuso e profundamente penetrante no tecido social, psicológico, econômico, político e cultural da sociedade do país. Da classificação grosseira dos negros como selvagens inferiores, ao enaltecimento das virtudes da mistura de sangue como tentativa de erradicação da “mancha negra” (NACISMENTO, 2016[1977] p.111 [grifos do autor]).

              Para assegurar esse sistema de poder, as classes dominantes brancas não dispõem apenas dos governos, das leis, do capital, das forças armadas e da polícia, mas também de amplos instrumentos de controle social e cultural, tais como: o sistema educacional, as formas de comunicação de massa – a imprensa, o rádio, a televisão, bem como a produção literária e as formas de linguagem. Considero neste aspecto, haver um diálogo implícito entre o intelectual quilombista[vii] e o intelectual subalterno da região Sardenha – Antônio Gramsci (1891-937), pois as formas de exercício do poder branco, remetem a uma concepção de um Estado ampliado no Brasil, que recorre a não apenas à coerção, mas também ao consentimento subalternizador para sustentar a hegemonia[viii] da branquitude que nas palavras de Nascimento (2016[1977]), formam um imperialismo da brancura e do capitalismo que lhe é inerente, na formação social em questão.

              Como resultado desses dispositivos, temos destruição do ser negro como pessoa, como ser criador e condutor de sua própria cultura, na medida em que é invadido em sua intimidade, em seu modo de autoanalisar-se, consequentemente em sua própria autoestima. Neste aspecto, estamos diante do que Fanon (2008 [1952])[ix], definiu como complexo psicoexistencial do ser negro frente ao racismo, no qual o ser sofre não apenas pela inferiorização econômica, mas pela epidermização dessa inferioridade. O que aliena o ser negro de sua condição de ser humano, transforma-o em uma zona de não existência, perdida em seu niilismo e aviltado pelos elementos brancos. Porém, no desfecho da obra O Genocídio do Negro Brasileiro, revela-se a luta pela saída desse complexo, a luta pelo reconhecimento do ser negro em si e na sua relação com outro. Desta forma, Abdias Nascimento demonstra como nos transformamos naquele ser de ação, reivindicado por Fanon (2008 [1952]), através das diversas formas de resistência, revoltas, movimentos sociopolíticos e manifestações culturais construídas ao longo da trajetória afro-diaspórica pela negritude brasileira.

              Nesse sentido, o seu texto aborda, dentre outros processos, o papel do banzo, das revoltas escravas, das lutas e de intelectuais abolicionistas, tanto quanto destaca o legado quilombola da República de Palmares; também os movimentos como a Frente Negra Brasileira na década de 1930, na qual Abdias atuou, o Teatro Experimental do Negro fundado em 1944, fruto de seu próprio protagonismo, os primeiros Centros de Estudos e Pesquisas Afros, formados na Bahia, em São Paulo e Rio de Janeiro – a exemplo do Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO), já na década 1970. Também, destaca o papel do movimento de mulheres negras, as manifestações culturais afro-brasileiras que emergem neste período e o amplo processo de formação do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial em 1978 (atualmente MNU).

              c) Novos horizontes de sentido como resposta ao genocídio

              Portanto, de sua epistemologia crítica, desconstrutora dos Mitos, tanto quanto da construção e reivindicação dos movimentos e manifestações afro-diaspóricas no Brasil e no mundo, emergem novos horizontes de sentido – expressão que retomamos de Quijano (2007)[x] e que designa os novos imaginários sociais, a recuperação das memórias históricas e saberes frente a descolonização, sintetizados pelo intelectual quilombista na proposição de um novo país, uma nova formação social multirracial e multicultural, que pressupõe um pensamento em ação, um saber crítico e revolucionário que atualize os valores negros e africanos, somados aos valores de outros espaços-tempo, desde que possam contribuir para as necessidades da Revolução Africana. Trata-se, portanto, do delineamento de um projeto civilizatório para além das fronteiras territoriais e epistêmicas do Brasil, a ser protagonizado pelos africanos e seus descendentes na diáspora.

              “Devemos nós, africanos e seus descendentes, enfatizar nossa capacidade de agir no projeto deste mundo atual, o de modelar a civilização futura, aberta a todos os eventos e expressões da existência humana, livre de exploradores e explorados, o que resulta na impossibilidade de haver opressores e oprimidos de qualquer raça ou cor epidérmica” (NASCIMENTO, 2016 [1977] p.171 [grifos do autor]).

              Porém, ciente da inviabilidade imediata desta revolução popular e democrática, em seu país, o fundador do Teatro Experimental do Negro, dirige-se as autoridades brasileiras através do Colóquio-Festac’77, elaborando um conjunto medidas concretas, segundo os objetivos do evento, que apontaria recomendações a ser implementadas nos países representados. São 17 pontos enfatizados no capítulo XV (conclusão do livro, que equivale as proposições de Abdias ao relatório final do Colóquio-Festac’77), os quais constituem um verdadeiro programa de ações afirmativas, abrangendo a valorização, a reparação sociocultural e a construção de políticas de equidade, que se estendem desde a educação, a habitação e o trabalho, até a preparação da população negra para assumir o exercício de liderança política do seu país e sua inserção nos quadros dirigentes. Sugere inclusive novas relações internacionais, onde propõe a adoção de políticas multilaterais entre o Brasil e os países africanos. A leitura dos pontos muito instigante!

              Porém, infelizmente, o reconhecimento das questões propostas, só foi “formalizado” tardiamente e em partes pelo Estado-Brasileiro, após as diversas lutas que confluíram para a postura signatária do país com as resoluções da III Conferência Interacional Contra o Racismo realizada em Durban (2001) na África do Sul. Deste modo, ainda estamos longe da implementação das propostas levantadas neste livro, tanto quanto, de tantas outras suscitadas pelos diversos movimentos e manifestações negras no país, ao passo que as diversas organizações e movimentos que compõem a Coalizão Negra Por Direitos atualizam tais reivindicações e horizontes de sentido, sobretudo no contexto dos necro-efeitos da crise pandêmica que a assola a população negra do país, na medida em que esta se defronta numa formação colonial-patriarcal-racista e capitalista, tão bem elucidada em O Genocídio do Negro Brasileiro.

              Descansa em Orum Abdias Nascimento, sempre presente em nosso Ser-Pensamento!

              (*) Professo Afro-Gaúcho, Dr. em Geografia pela Universidade Federal Fluminense

              Notas:

              [i] Ver: FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos. Difusão Europeia do Livro, 1972.

              [ii] Ver: NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2016. 2aed.

              [iii] Consultar: MBEMBE, Achille. Necropolitique. Raisons Politique, n.21, p.29-60, 2006.

              [iv] Consultar: DERRIDA, Jacques. Margens da Filosofia. São Paulo: Papirus, 1991.

              [v] Consultar: BASTIDE, Roger. Estudos Afro-Brasileiros. Perspectiva, São Paulo, 1973.

              [vi] Ver: QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y clasificación social. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (org.) El giro decolonial. Bogotá: Iesco-Pensar; Siglo del Hombre Editores, 2007. p. 93-126.

              [vii] É importante lembrar que Abdias Nascimento assina este trabalho como “um quilombola de Palmares”. Assim como o ensaio-manifesto político O Quilombismo (1980), constitui outra marca de suas contribuições para a militância antirracista e pan-africanista.

              [viii] Sobre o conceito de hegemonia consultar: GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere. Maquiavel. Notas sobre Estado a política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.v.3.

              [ix] Ver: FANON, Frantz. Pele negra, mascaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008 [1952].

              [x] Ver: QUIJANO, Aníbal. Des/colonialidad del poder: el horizonte alternativo. Revista América Latina en movimento. 2007. Disponível em: <https://www.alainet.org/es/active/24123>.

               

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              • A seção Coletiva Negras que Movem (@negrasquemovem), integrada à área colaborativa “Guest Post”, volta em 2021 com artigos de integrantes do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco, do Fundo Baobá (@fundobaoba). Confira um trecho do artigo da Clara Marinho Pereira"No contexto da pandemia provocada pelo novo coronavírus, o conjunto desses desafios tem se agravado, renovando em bases ainda mais complexas o desafio de lutar por um padrão civilizatório em que a interseccionalidade seja vista como ponto de partida incontornável da ação estatal e social, e não como mero recorte." Leia o artigo completo em: www.geledes.org.br
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              • Março por Marielle: Instituto lança Agenda Colaborativa com ações que denunciam 3 anos de impunidade O Instituto Marielle Franco (@institutomariellefranco), criado pela família da vereadora, abriu um chamado para ONG’s,  coletivos, associações, sindicatos e indivíduos que queiram participar da Agenda Colaborativa de  Ações. A atividade faz parte da programação do #MarçoPorMarielleEAnderson – movimento  criado pelo Instituto para lembrar o crime ocorrido em 14 de março de 2018.   📷Reprodução/Facebook
              • #Repost @amnboficial • • • • • • Março chegou! E com ele, o nosso Março de Lutas! O Março de Lutas é uma agenda coletiva para reafirmar a resistência negra no Brasil. O objetivo é que as mulheres negras brasileiras protagonizem uma chamada para compartilhar práticas, experiências e viabilizar denúncias que fortaleçam o enfrentamento ao racismo, ao patriarcado, sexismo e LBTfobia que impactam a vida das pessoas negras, especialmente as mulheres. #MarçodeLutas é a forma de celebrar o legado dos homens e mulheres negras que morreram lutando pela humanidade, cidadania e direitos reconhecidos e assegurados para a população negra. É uma ação que vai reafirmar a denúncia contra as violações de direitos humanos protagonizadas pelo Estado brasileiro, bem como, visa reforçar os debates sobre a importância da vida das mulheres negras no que diz respeito ao enfrentamento a violência doméstica, o feminicídio, o racismo religioso e a violência política política intensificadas pelo contexto da pandemia da Covid-19 no Brasil. Acesse o nosso site: amnb.org.br/marcodelutas
              • A coluna Um Certo Alguém, do site do Itaú Cultural (@itaucultural) , abre o mês de março com uma série de cinco edições que tem como convidadas artistas que narram textos da dramaturga Maria Shu na Ocupação Chiquinha Gonzaga, em cartaz na organização. No dia 4, quinta-feira, a estreia acontece com a participação de Beth Belisário, presidente do Bloco Afro Ilú Obá de Min, sediado na capital paulista, fundado por ela e a também percussionista Adriana Aragão.
              • #Repost @midianinja • • • • • @portalgeledes e @midianinja divulgam Retratos da Pandemia Série traz histórias de como os moradores das periferias estão enfrentando a batalha contra a covid-19. São relatos que capturam a humanização do cuidado, a solidariedade e a organização nas comunidades em prol dos mais afetados pela doença infecciosa. Video: @mariasylvia.oliveira #retratosdapandemia
              • Para abrir o mês de março, a coluna Nossas Histórias vem com a assinatura da historiadora Ivangilda Bispo dos Santos, que nos convida a pensar sobre as resistências de intelectuais negros à colonização portuguesa em Moçambique. Confira um trecho do artigo do artigo"Reações ao mito da democracia racial no contexto moçambicano (Sec.XX)"."Entre os combatentes ao mito da democracia racial, podemos mencionar, além de Eduardo Mondlane, o gôes Aquino de Bragança e os angolanos Mário Pinto de Andrade e Agostinho Neto. Interessante notar que todas as pessoas africanas mencionadas acima eram consideradas pelo governo colonial “assimiladas” à cultura portuguesa. No entanto, tal enquadramento não lhes garantia a igualdade de oportunidades e de tratamento, fator poderoso para a contestação da situação colonial e da discriminação racial vigente". Acesse o material na íntegra em: A Coluna Nossas Histórias é parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune #Moçambique #ResistênciaIntelectualNegra #ColonizaçãoPortuguesaEmÁfrica #Antirracismo #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

              Fique em casa

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              Naruna Costa tem 15 anos de carreira como atriz de teatro, cinema e televisão (Bob Wolfenson/Netflix)

              Naruna Costa: “Para me proteger, evitei papéis que sexualizam mulher negra” 

              07/03/2021
              Karen Luise (Foto: Arquivo Pessoal)

              Mulheres negras: Um duplo desafio para o sistema de Justiça

              07/03/2021
              Imagem: Getty Images

              Boletim de Análise Político-Institucional nº 26, março 2021

              07/03/2021

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