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    DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

    Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

    Barbie de Maya Angelou || Reprodução Instagram

    Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    Mulheres pretas acadêmicas

    Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

    Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

    Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

    Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

    Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

    Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

    Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

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    2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

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      Imagem: Júlia Rodrigues/Divulgação

      Emicida e o direito de sermos quem somos

      Comissão ARNS (Divulgação )

      Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

      Aliyyah e Yasmeen Koloc/ Imagem retirada do site UOL

      Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

      Reprodução/Facebook

      O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

      Bianca Santana - Foto: João Benz

      “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

      Arquivo Pessoal

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      Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

      Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

      Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

      “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

      Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

      Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

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      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

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        Antes de ‘AmarElo’ de Emicida, estes documentários já contavam a trajetória do negro no Brasil

        Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

        Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

        Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

        Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

        Tatiana Tibúrcio levou o prêmio APCA de Melhor Atriz por sua interpretação da doméstica Mirtes Souza, no especial 'Falas Negras' — Foto: TV Globo/Victor Pollak

        Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

        Edneia Limeira dos Santos - Foto: Nego Júnior

        Samba Rock na Cidade de São Paulo: Uma Análise da Evolução do Gênero Desde os Anos 1970 nos Bailes Blacks, até o Registro Como Patrimônio Cultural Imaterial

        Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

        Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

        Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

        ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

        O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

        Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

        O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

        ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

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              O medo do ventre livre: o que fazer com os negros?

              30/09/2020
              em Guest Post, Nossas Histórias
              Tempo de leitura: 7 min.

              Fonte: Por Aline Najara da Silva Gonçalves, enviado para o Portal Geledés

              Foi numa tarde de quarta-feira, no dia 22 de maio de 1867, na Sessão Imperial da Assembleia Geral Legislativa sob a presidência do Sr. Visconde de Abaeté, que Sua Majestade D. Pedro II proferiu, às 13 horas da tarde, a Fala do Trono. Tratava-se de um pronunciamento anual, onde o imperador abria a Assembleia Legislativa expondo suas expectativas para o ano em curso. 

              Falas do Trono: desde o ano de 1823 até o ano de 1889

              O foco do discurso naquela tarde foram a guerra contra o Paraguai e os esforços do governo brasileiro, do Exército, da Armada, da Guarda Nacional e dos Voluntários da Pátria para solucionar o conflito, bem como a busca de meios para sanar os déficits relacionados às “penosas circunstâncias” geradas pelas despesas com a guerra. 

              A guerra, os esforços para solucioná-la e a crise financeira que se estabeleciam são fios de uma trama que, quando tecida, deixa evidente um nó difícil de desatar: o melhor modo de lidar com o elemento servil naquela segunda metade do século XIX.  

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              A preocupação em relação à mão-de-obra escravizada exposta pelo Imperador, certamente foi indigesta para parte dos legisladores ali presentes e pode ter mudado o conteúdo das conversas do fim de semana e até tirado o sono dos “augustos e digníssimos representantes da Nação”. Parecia inquestionável a D. Pedro II que a emancipação era a via mais segura para a condução da política do império e ele foi enfático ao afirmar: 

              Trecho do pronunciamento do Imperador, na Fala do Trono de 22 de maio de 1867, sobre a necessidade de solucionar a questão servil.

              Nota-se que a emancipação do elemento servil mostrava-se uma prioridade para a política imperial. Em meio a tantas dúvidas de como o processo deveria ser conduzido, os legisladores estavam certos de que tudo deveria ser calculado cuidadosamente para o bem da propriedade. Assim, a prioridade foi a promoção da entrada de imigrantes que pudessem substituir gradativamente a mão-de-obra, garantindo que a agricultura — maior fonte de renda do império — não fosse abalada. 

              A onda negra que seria lançada sobre a sociedade brasileira com a extinção do trabalho escravo foi a causa principal das dores de cabeça e do medo daqueles senhores e políticos. “O que fazer com o negro?” parecia ser a pergunta que martelava a mente dos deputados após a fala do imperador. O andamento das discussões e debates em torno da emancipação ratificam a existência de uma sociedade profundamente marcada pela diversidade sociorracial e, como explicitou Célia Maria Marinho Azevedo, representada por “uma minoria branca, rica e proprietária e uma maioria não-branca, pobre e não-proprietária”. Aliás, a propriedade foi o eixo em torno do qual giraram todas as decisões e direcionamentos referentes à “questão do elemento servil”. 

              O Projeto de Voto de Graças foi apresentado quatro dias depois da Fala do Trono, na sessão de 27 de maio. Ao que parece, a ideia de apoiar a decisão imperial não contemplou os interesses, tampouco as expectativas de muitos dos parlamentares, boa parte deles latifundiários escravistas, a quem a proposta de extinção do “elemento servil” certamente não agradara.  A Resposta à Fala do Trono foi discutida nas sessões de 4, 5, 7, 10, 12, 14, 15 e 17 de junho daquele ano e todo o ministério se fez presente à sessão de 04 de junho de 1867.

               Foi na Segunda Parte da Ordem do Dia que os parlamentares demonstraram suas primeiras impressões acerca da questão posta por Vossa Majestade. Sob olhares atentos e um profundo silêncio, Bernardo Avelino Gavião Peixoto iniciou sua fala afirmando ser a proposta de emancipação do trabalho escravo “uma verdadeira proclamação de guerra social”. Diante da instabilidade financeira da época que atingia, principalmente, a agricultura, a ideia de emancipação soou como uma incerteza para o futuro. 

              A resposta dada ao pronunciamento do imperador naquele dia parecia impensada e incompleta para alguns daqueles homens, como o Avelino Gavião Peixoto. Ressaltando a necessidade de um debate mais aberto e que trouxesse à tona as impressões do Parlamento para a questão colocada, a interrogação que lançou foi direta: “Qual é, pois, o pensamento que domina, que esclarece, que define a presente situação?” Num discurso exaltado e apoiado por parte dos que ali estavam, Gavião Peixoto fez críticas à comissão de resposta à Fala do Trono e acusou o governo imperial de assumir um perfil desrespeitoso em relação aos legisladores.

              A insatisfação de Gavião Peixoto e de outros deputados não surgiu inesperadamente. Estas negociações foram alavancadas com o fim da guerra contra o Paraguai e a proximidade da libertação do ventre da mulher escravizada. A proposta lançada pelo imperador e a consideração pela questão do “elemento servil” anunciavam a quebra de uma hegemonia da classe senhorial. Configurava-se ali o rompimento da inviolabilidade senhorial, que também permeou o debate em torno da emancipação. 

              O pronunciamento de D. Pedro II foi seguido por uma série de debates dentro e fora do Parlamento. Com a emancipação da mão-de-obra escravizada, sugerida na Fala do Trono [e iniciada com a Lei 2.040 de 28 de setembro de 1871], o Estado passaria a interferir numa relação que se entendia protagonizada pelos proprietários de trabalhadores escravizados e trabalhadoras escravizadas.

              O medo dos efeitos da emancipação, as propostas para a manutenção do poder senhorial sobre libertos, a reação dos proprietários a uma possível abolição orquestrada pelo Estado… Nada disso era novidade na sociedade imperial brasileira. A “onda negra” que ocupou o imaginário das elites no processo da emancipação desaguou como um tsunami sobre os políticos do império, mas começou a se formar bem antes daquela Fala do Trono. 

              Célia Maria Marinho de Azevedo, em Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites – século XIX, revelou inquietações e projetos de emancipação elaborados desde 1821, bem antes mesmo do fim do comércio Atlântico, por vários homens letrados, políticos, cientistas e religiosos na segunda metade do XIX. No artigo Como pensar o elemento servil: o lugar dos libertos nas expectativas das elites após a emancipação, analisei, com o historiador Álvaro Pereira do Nascimento, propostas e regras elaboradas por membros da elite escravista para assegurar seus privilégios e definir o lugar dos libertos na sociedade livre da escravidão, garantindo que as hierarquias sociais, políticas, econômicas e raciais existentes no período permanecessem nas décadas posteriores. 

              Ao que parece, o século da emancipação trouxe transformações e permanências. Se, por um lado, revelou a nova face da escravidão, por outro, acentuou o temor pela perda da propriedade e dos privilégios, cuja principal garantia era o controle e poder mantidos com a exclusividade na condução das alforrias. A Lei n. 2.040 de 1871 trouxe com ela o pecúlio, a possibilidade de que o escravizado juntasse dinheiro e apresentasse o valor estabelecido para a sua alforria. E isso, por sua vez, alimentou um antigo medo, velho conhecido dos senhores escravistas: a liberdade irrestrita à gente negra. 

               

              Assista ao vídeo da historiadora Aline Najara da Silva Gonçalves no Acervo Cultne:


              Nossas Histórias na Sala de Aula

              O conteúdo desse texto atende ao conteúdo previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): 

              Ensino Fundamental: EF08HI18 (8º ano: Identificar as questões internas e externas sobre a atuação do Brasil na Guerra do Paraguai e discutir diferentes versões sobre o conflito); EF08HI19 (8º ano: Formular questionamentos sobre o legado da escravidão nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas); EF08HI20 (8º ano: Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados da escravidão no Brasil e discutir a importância de ações afirmativas). 

              Ensino Médio: EM13CHS101 (Analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão e à crítica de ideias filosóficas e processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais); EM13CHS102 (Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais da emergência de matrizes conceituais hegemônicas (etnocentrismo, evolução, modernidade etc.), comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos). 

              Aline Najara da Silva Gonçalves

              Professora de História (UNEB – Campus XIII, Itaberaba) e doutoranda em História Social (UFRRJ). E-mail:  [email protected]. Instagram: @_najaragoncalves

              ** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE.
              Tags: Elemento ServilEmancipaçãoFala do TronoLei 2040/1871Lei do Ventre LivreNossas Histórias.
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              • "O artigo inicia-se a partir do conceito de cultura no sentido geral, antropológico. Entre os tantos termos que são utilizados para definição de cultura. Neste artigo, cultura será analisada por meio dos próprios atores que a promovem, nas esferas sociais e políticas. Além disso, por ser o samba rock uma manifestação cultural contemporânea e em avanço, foi analisado o conceito de que para uma cultura em observação, as variáveis são muitas e estão em pleno acontecimento, construção e evolução." Leia o Guest Post de Edneia Limeira em www.geledes.org.br
              • A coluna NOSSAS HISTÓRIAS desta quarta-feira vem com a assinatura da historiadora Iracélli da Cruz Alves! O tema “Mulheres negras, política e cultura do cancelamento no Brasil republicano” é abordado no artigo e no vídeo nos quais ela oferece reflexões a partir de registros da atuação de mulheres negras integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1940! Confira um trecho: “O que essas mulheres têm em comum? Todas eram comunistas, trabalhadoras e muito provavelmente negras, como é perceptível nas poucas imagens que até hoje encontrei. Além disso, não podemos esquecer que a classe trabalhadora brasileira tem sido majoritariamente negra, o que aumenta a probabilidade de essa pressuposição fazer sentido para os casos em que não acessei registros fotográficos. Outro ponto em comum em suas trajetórias é que todas participaram ativamente da vida política do país em meados do século XX, atuando significativamente no partido no qual escolheram militar. No entanto, foram praticamente esquecidas (ou silenciadas?) tanto pela historiografia política do Brasil quanto pelas narrativas históricas sobre o PCB. Os nomes delas, na maioria das vezes, nem sequer são citados.” Leia todo o artigo no Geledés: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-politica-e-cultura-do-cancelamento-no-brasil-republicano/ Veja o vídeo no Acervo Cultne: https://youtu.be/pS35-3RuNMc
              • Já que o mundo está em medida de contenção social, acredito estar diante de um dos maiores desafios que o ser humano possa receber da vida, que é o de ter a oportunidade de ficar sozinho e explorar a sua consciência, conhecer quem é essa pessoa que cohabita em meu corpo, ou seja tentar descobrir quem “eu dentro de mim”. Leia o Guest Post de Tatiane Cristina Nicomedio dos Santos em: www.geledes.org.br
              • Enfermeira Monica Calazans, primeira pessoa vacinada em território nacional
              • "Escolhi parafrasear no título do presente guest post a escritora brasileira, Conceição Evaristo, que constrói contos e poemas reveladores da condição da população negra no país. A intelectual operaciona a categoria de “escrevivência”, através de uma escrita que narra o cotidiano, as lembranças e as experiências do outro, mas sobretudo, a sua própria, propagando os sentimentos, as lutas, as alegrias e resistências de um povo cujas vozes são silenciadas." Leia o Guest Post de Ana Paula Batista da Silva Cruz em: www.geledes.org.br
              • ✊🏾 1960-1970: Grupo Palmares de Porto Alegre e a afirmação do Dia da Consciência Negra ✊🏾 Está disponível mais uma sala da Exposição “20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra” no Google Arts & Culture! Link: https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/4/exhibit/1960-1970-grupo-palmares-de-porto-alegre-e-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-do-dia-da-consci%C3%AAncia-negra/tgLSJakjmcizKA 🙌🏿 Esta sala é especialmente dedicada à movimentação do Grupo Palmares em Porto Alegre, fundado em 1971, afirmando o Vinte de Novembro como Dia da Consciência Negra. Em 2021, o Vinte completa 50 anos! Conecte-se ao compromisso de ativistas negros e negras gaúchas em defesa de uma história justa sobre as lutas negras por liberdade por meio de depoimentos, fotografias, poemas, anotações, cartas, entre outros documentos. Vamos junt@s! 🖤 O material pode ser acessado em português e inglês e é mais um resultado da parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs(@historiadorxsnegrxs , Geledés Instituto da Mulher Nega e o Acervo Cultne! (@cultne) 🎉 Ao longo de todo 2021, muitas outras “Nossas Histórias” sobre vidas, lutas e saberes da gente negra serão contadas em salas de exposições virtuais!
              • "A história do indigenismo no século XIX tem importantes pontos de conexão com a história do tráfico escravista. A investigação dessas conexões permite compreender como possibilidades de branqueamento foram projetadas na nação brasileira, para além da mais conhecida: a imigração europeia ocorrida entre o último quartel do século XIX e 1930." Leia o artigo do historiador Samuel Rocha Ferreira publicado na coluna “Nossas Histórias” **A coluna “Nossas Histórias” é uma realização da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros em parceira com o Portal Geledés e o Acervo Cultne.
              • "Afirmar que este ano foi ganho para a EDUCAÇÃO parece beirar à cegueira. Escolas fechadas, estudantes, professores, gestores todos os servidores em casa e sem aulas presenciais." Leia o Guest Post de Jocivaldo dos Anjos em: www.geledes.org.br
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              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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