‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ exalta a força e o poder feminino

Equipe de Geledés esteve presente na pré-estreia do filme, nesta terça (8)

Com uma história tocante sobre como superar o luto através da luta, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (10) o filme ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’.

A expectativa para o filme era grande, já que a morte de Chadwick Boseman, que faleceu aos 43 anos vítima de um câncer colorretal, pegou a todos de surpresa em 2020. O ator nunca havia declarado publicamente a sua luta contra a doença. 

Com a decisão da Marvel de não substituir o ator principal, o filme explora como o reino de Wakanda lida com a partida de seu líder. Com isso, o filme também presta uma grande homenagem ao legado de Boseman. 

O primeiro filme da franquia bateu recordes de bilheterias, com a arrecadação de 1,3 bilhão de dólares, e trouxe para as telas a representatividade tão esperada pelos fãs do primeiro herói negro no universo da MCU (‘Universo Cinematográfico da Marvel’, em tradução livre).

Agora sem a estrela principal, a direção de Ryan Coogler com o roteiro de Joe Robert Cole, acerta ao trazer as personagens de Angela Bassett (rainha Ramonda) e Letitia Wright (Shuri) aos papéis principais. 

“A gente tem que destacar o protagonismo das mulheres do filme. São elas que estão no centro da história”, diz Maria Sylvia Aparecida de Oliveira, coordenadora de Políticas de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça de Geledés. 

Equipe de Geledés esteve presente na pré-estreia do filme, nesta terça (8) (Foto: Divulgação)

Além das personagens já conhecidas pelo público, a trama apresenta Riri Williams, a ‘Coração de Ferro’. No longa, ela é uma jovem cientista que cria uma máquina capaz de captar o vibranium, poderoso minério que todos acreditavam existir apenas em Wakanda. É a partir desta descoberta que a história se desenvolve. 

O filme equilibra bem as cenas de ação e os diálogos de comédia. Mas aqui, o foco principal é mostrar a importância dos laços afetivos para enfrentar as adversidades. 

“O amor na sua forma mais simples é muito importante e é disso que o filme trata. A gente vem vivendo momentos muito difíceis em relação a todo o cenário, não apenas brasileiro, então acho importante que esse tema seja uma referência para as pessoas negras”, reflete Suelen Girotte, coordenadora do Centro de Documentação de Geledés.

O personagem Namor, interpretado por Tenoch Huerta, se destaca ao trazer um anti-herói humanizado que tenta proteger o seu povo da escravidão e exploração dos colonizadores. 

No entanto, o maior trunfo do filme que foi aplaudido e levou a plateia às lágrimas aconteceu na cena pós-créditos. O filme resgata a emoção do princípio da narrativa ao frisar que o legado de Boseman e do Pantera Negra seguem vivos. Para sempre.

+ sobre o tema

Mostra em São Paulo celebra produção de cineastas negros no Brasil

Uma seleção de filmes brasileiros realizados por cineastas negros...

O dia em que os deputados brasileiros se negaram a abolir a escravidão

Se dependesse da vontade política de alguns poucos, o...

para lembrar

Mostra em São Paulo celebra produção de cineastas negros no Brasil

Uma seleção de filmes brasileiros realizados por cineastas negros...

O dia em que os deputados brasileiros se negaram a abolir a escravidão

Se dependesse da vontade política de alguns poucos, o...
spot_imgspot_img

Feira do Livro Periférico 2025 acontece no Sesc Consolação com programação gratuita e diversa

A literatura das bordas e favelas toma o centro da cidade. De 03 a 07 de setembro de 2025, o Sesc Consolação recebe a Feira do Livro Periférico,...

Mostra em São Paulo celebra produção de cineastas negros no Brasil

Uma seleção de filmes brasileiros realizados por cineastas negros ou que tenham protagonistas negros é a proposta da OJU-Roda Sesc de Cinemas Negros, que chega...

O dia em que os deputados brasileiros se negaram a abolir a escravidão

Se dependesse da vontade política de alguns poucos, o Brasil teria abolido a escravidão oito anos antes da Lei Áurea, de 13 de maio de...