Perspectivas decoloniais à luz do saber identitário

Resumo: O artigo, inclina-se em construtos teóricos entrelaçados a perspectiva decolonial à luz do saber identitário. Enfatizando e discutindo sobre as imbricações decorrentes desses atravessamentos em temática apresentada, considera-se a destradicionalização e a despadronização dos padrões coloniais modernos enquanto precursores a um feminismo radical. Em geral, provoca-se por meio do olhar interseccional, um posicionamento crítico, compromissado e político as realidades sociais perpassadas por essas problematizações. 

Palavras-chaves: Perspectivas decoloniais. Destradicionalização. Despadronização. Interseccional (idade). 

 

“Tava durumindo cangoma me chamou

Tava durumindo cangoma me chamou

Disse levante povo cativeiro já acabou” 

(Jesus,1966)

 

As mudanças hermenêuticas advindas da perspectiva interseccional, surge em vinculação a abordagem descolonial como luta a garantia de direitos, que vem pelo construto de pontes firmando-se em propostas emancipatórias a sociedade, em específico aos grupos vulneráveis. Por enfatizar e rememorar assim, a legitimidade das múltiplas vivências atreladas a esses processos. Neste sentido, tendo como prioridade tal problemática “[…] reescrever a história do feminismo desde a colônia é primordial para o feminismo decolonial” (VERGÈS, 2020, p.43) á luz do saber identitário. 

Embora a existência de conflitos atravessados por essas ações, que relacionam-se ao patriarcalismo, imperialismo, capitalismo e conservadorismo,  movimentos voltados a destradicionalização e despadronização dessas práticas, vêm ao longo dos anos confrontando as esferas coletivas para uma “consciência crítica” (HOOKS, 2020). A problemática ao feminismo hegemônico que ainda reverbera suas implicações nos dias atuais, pauta-se nas “marcas sociais diacríticas” (VERGÈS, 2020, p.10) enquanto desafios deste percurso. Logo, “caracteriza-se pelo enfrentamento da colonialidade do poder que, mesmo após a formalização da independência de territórios colonizados, persiste como legado da modernidade, do racismo e capitalismo” (VERGÈS, 2020, p.13).

Deste modo, como objetivos pondera-se três subtemas indispensáveis e norteadores baseados nessas premissas descritas, sendo 1. Colonização e colonialidade 2. Cecilia M. B. Sardenberg e o “Caleidoscópios de gênero: Gênero e interseccionalidades na dinâmica das relações sociais” e, por último 3. O saber identitário à resistência contra hegemônica. 

 

  1. Colonização e colonialidade

Em 2 Junho do ano de 2020, Miguel Otávio (criança negra) de 5 anos morreu ao cair do 9º andar de um prédio no bairro de São José, no Centro do Recife. Segundo os relatos, a sua mãe (mulher negra) Mirtes Renata de Souza era empregada doméstica da primeira-dama de Tamandaré, Sari Corte Real (mulher branca). É válido salientar que, foi uma morte em um período pandêmico em que, considerando  a raça e suas articulações a interseccionalidade “[…] “o” proprietário do corpo invisível é uma mulher negra, cujo esgotamento é a consequência da lógica histórica do extrativismo que construiu a acumulação primitiva do capital – extração de trabalho dos corpos racializados e das terras colonizadas” (VÈRGES, 2020, p.19).

Em continuação, conforme as narrativas a sua mãe estava na parte debaixo do prédio passeando com os cachorros dos patrões, quando Miguel quis encontrá-la. A patroa que no momento estava com a manicure, deixou-o sozinho no elevador para que o próprio fosse procurar. E, como trágico desfeito, após entrar no mesmo, Sari (patroa) pelas imagens de segurança obtidas em perícia, aperta em um botão que de antemão era de um andar alto e ele, outro. Logo após, Miguel aparece no 9º andar onde escala uma grade e cai, chegando sem vida ao hospital. 

A violência simbólica cruzada as demais tipologias vivenciadas pelas minorias, como por exemplo, com Mirtes Renata de Souza e seu filho Miguel Otávio, estruturadas pela supremacia hierárquica branca, serve como exemplo da resistência apresentada em início deste artigo. Para Lugones (2014, p.939), “ […] diferentemente da colonização, a colonialidade do gênero ainda está conosco; é o que permanece na intersecção de gênero/classe/raça como construtos centrais do sistema de poder capitalista mundial”.

 A universalização também confrontada por essas transformações, possuem caráter preciso na desnaturalização das representações e papéis sociais transmitidos por esses sistemas de opressões. De modo que, “a emergente pesquisa feminista negra tem demonstrado uma crescente conscientização da importância de se incluir a simultaneidade de opressões em estudos sobre mulheres negras” (COLLINS, 2016, p.106). Por considerar,  a interseção permeada de potencialidades as suas multidimensionalidades.

Conforme Smith ( 1983: xxxii apud COLLINS, 2016, p.107),

 

“O conceito de simultaneidade de opressão ainda se constitui como o cerne de uma compreensão feminista negra da realidade política e…. é uma das contribuições ideológicas mais importantes do pensamento feminista negro”.

 

O que evidencia ao cuidado de que são cruzamentos imbricados aos “sujeitos (KILOMBA, 2019, p.5). Os enfrentamentos ao movimento feminista branco aliado a seus interesses na época da ditadura, por exemplo, trouxe ao passar do tempo apreensões a ações avaliativas as reproduções sociais articuladas a estruturação e reestruturação do saber. A conveniência observada nas reivindicações passadas, reverberou potencialmente consequenciando ao silenciamento em massa. 

A noção dualista discutida como “o componente ideológico central de todos os sistemas de dominação na sociedade ocidental” (HOOKS,1984: 29 apud COLLINS,  2016, p.108) é vista e problematizada como atributo estigmatizante. É notório que a reconstrução despida de pressupostos opressores, é importante no desenvolver da transformação, porém “[…] a categorização das pessoas, coisas e ideias em termos de sua diferença umas com as outra” (COLLINS,  2016, p.108) se por um lado tem demarcado as questões sociais, por outro tem servido de base a violações. Que envolvem a subalternidade como prática naturalizada.

 Dar nome a essas pautas e cruzá-las as experiências diárias transversalizadas como forma de resistência em ações radicais sobre os padrões coloniais modernos, implicam em questões que passam de direitos reprodutivos. Em análises críticas radicais, evoca a confrontos que apontam a facilidade quanto a classe a garantia de direitos, mesmo atravessados pelo gênero e, raça como fator antecedente. Na qual, relacionam-se a um trabalho não essencial em tempos pandêmicos[1], proporcionados por trágicos feitos  “[…] de uma organização do mundo fundada sobre a exploração e fabricação de vidas supérfluas” (VÈRGES, 2020, p.22).  

Inferidas a mortes de inúmeras crianças negras por balas “perdidas”[3], a educação escassa e limitada, a saúde precária, ao não acesso a cultura entre outras, esses moldes elaborados a padronização e a naturalização, tornam-se potentes a conjuntura atual.  Desta feita, “[…] os feminismos de política decolonial não tem por objetivo melhorar o  sistema vigente, mas combater todas as formas de opressão” (VÈRGES, 2020, p.51).  

 

  1. Cecilia M. B. Sardenberg e o “Caleidoscópios de gênero: Gênero e interseccionalidades na dinâmica das relações sociais”  

 

Mais especificamente, a entrada de mulheres, negros, gays, lésbicas, aposentados e moradores das periferias das grandes cidades no cenário político, reclamando espaço e o devido reconhecimento de suas especificidades e direitos, não apenas mostrou a relevância de outros fatores constituintes de sujeitos políticos, como também colocou em xeque a imagem de classes sociais como coletividades homogêneas, revelando, ao invés, uma imagem de classe multifacetada e com clivagens internas (PAOLI, 1987; PAOLI & SADER, 1986 apud SARDENBERG, 2015, p. 58). 

 

A constituição do “sujeito (KILOMBA, 2019, p.5) ao princípio dialético pressupõe-se de que enquanto ser social, haverá em si a dialogicidade entre sua relação intrapessoal e interpessoal. A homogeneidade confrontada por essas noções desmancha-se em circunstâncias inerentes aos ações sociais e as suas pluralidades. Todavia se reconheça, 

[…] que, por operarem também como matrizes preponderantes de hierarquização, desigualdade social e subordinação na grande maioria das sociedades contemporâneas, racismo e sexismo, ao lado do capitalismo, produzem diferenças relevantes em termos de gênero e raça na experiência de classe – o que, não raro, pode se traduzir em divergências de interesses entre membros de um mesmo segmento social (SARDENBERG, 2015, p. 58). 

 

A história relatada em discussão sobre Mirtes Renata de Souza e seu filho Miguel Otávio, permite em análises correlatas a essas questões, através da analogia referida por Sardenberg (2015) compreender as categorias enquanto prismas sociais imbricadas ao espelho em seus contextos sociais, o porque o processo de indiciação e celeridade do caso em questão possuiu e possui problematizações potentes a temática posta. Entender as relações de poder voltadas a estruturas de opressões que fazem com que a morte de crianças negras sejam banalizadas, é necessário. Tanto quanto também a repercussão do caso, se fosse ao contrário, isto é, com filho (a) da patroa e patrão.

“Como uma intervenção radical, devemos desenvolver atitudes revolucionárias em relação a raça e representação. Para isto, devemos estar dispostos a pensar as imagens de forma crítica” (HOOKS, 2019, p.41). Que vão além das reformulações hermenêuticas, também imprescindíveis. Sendo que, a imagem em fomentos reflexivos pode ser observada de diversas formas. 

O contexto sociodemográfico como, por exemplo, como base para as respostas de diferentes espelhos, pode ser compreendido em suas dimensões nas diferentes realidades sociais de Mirtes Renata de Souza e Sari Corte Real[3]. De acordo com Davis (2016, p. 243),

 

Como consequência direta de seu trabalho fora de casa – tanto como mulheres “livres” quanto como escravas –, as mulheres negras nunca tiveram como foco central de sua vida as tarefas domésticas. Elas escaparam, em grande medida, ao dano psicológico que o capitalismo industrial impôs às donas de casa brancas de classe média, cujas supostas virtudes eram a fraqueza feminina e a submissão de esposa. As mulheres negras dificilmente poderiam lutar por fraqueza; elas tiveram de se tornar fortes, porque sua família e sua comunidade precisavam de sua força para sobreviver […] Dessa forma, carregaram o fardo duplo do trabalho assalariado e das tarefas domésticas – um fardo duplo que sempre exige que as trabalhadoras possuam a capacidade de perseverança de Sísifo.

 

Levando em conta o período pandêmico a esta referência, Vèrges (2020, p.22) enfatiza que, “o confinamento é um política de riscos”. No qual, ligado às estruturas de relações de poder a imagem à fragilidade da mulher negra torna-se insignificante a vista da colonialidade. De tal modo que, vivencia opressões simultâneas intergeracionais.

Os conflitos decorrentes a problematizações sobre sexo e classe, no que se refere a construtos “[…] marxistas, feministas, marxistas-feministas e feministas-socialistas (e outras mais que não cabiam nesses rótulos)” (SARDENBERG, 2015, p.62) durante a década de 70 pode ser observado até os dias atuais. Que vinculados aos contextos sociais em margens da sociedade, traduzem a intensa dificuldade em compreender as implicações. A intersecção feita que abarca o sexismo e o racismo como norteadores potenciais a essas problemáticas,  aponta a seriedade do olhar a questões que não são independentes. 

Há três apontamentos cruciais que desdobram tais análises. O primeiro é o pensar em Sra. M em sua relação com Sra.S, avaliando os direitos e as possibilidades que atravessam a perspectiva raça, gênero e classe. Nota-se no seguimento dos autos, que foi noticiado pelas redes midiáticas a prisão por suspeita de homicídio culposo e, logo a soltura da Sra.S após pagar uma fiança no valor de R$20 mil reais, indiciada a processo em liberdade. 

As manifestações de revoltas frente a essa notícia cresceu de tal forma que, mobilizou toda a sociedade, em seu geral. Principalmente por ocorrer em meados da morte de George Floyd (homem negro) morto pelo policial Derek Chauvin (homem branco), por sufocamento em Minneapolis, Estados Unidos. E, como rememora Davis (2017 apud MARTINELLI, 2019, p.6), “[…] quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela, porque tudo é desestabilizado a partir da base da pirâmide social onde se encontram as mulheres negras, muda-se isso, muda-se a base do capitalismo”.

Com as intensas declarações de apoios dias seguintes ao ocorrido, a conta da Sra. M foi hackeada e fotos de seu perfil foram excluídas. Como resposta a esses apontamentos, “[…] o medo gerado pela participação das mulheres nos movimentos de libertação nacional ocasiona uma mobilização de instituições internacionais, fundações e ideólogos que forjam discursos, desenvolvem práticas e chegam a recorrer a repressão” (VÈRGES, 2020, p.68).  Que retratadas nessas realidades sociais, possuem caráter  sócio histórico e cultural de reproduções visadas ao mantimento da ordem social eminente.

Crenshaw (1989) em “Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics” traz uma análise de como o tribunal concebe as questões de mulheres negras. Em desenvolvimento de aclaramento, a autora ressalta um sistema que julga conforme representações. Para a mesma, “[…] the boundaries of sex and race discrimination doctrine are defined respectively by white women’s and Black men’s experiences” (CRENSHAW, 1989, p.143).  

Em outras palavras, salienta-se “a centralidade das experiências femininas brancas na conceituação da discriminação de gênero” (CRENSHAW, 1989, p.143). Por ser uma mulher branca de classe alta, Sra.S apesar de ter sido presa pagou materialmente e simbolicamente a mensagem voltada nesta centralidade. Assim, cabe o pensar se neste caso ocorresse ao contrário, teríamos o mesmo desfecho?.

A culpabilidade e o discurso de vitimização quando se aborda sobre mulheres negras e homens negros, demonstra em retrocessos que a tomada de consciência não é necessariamente o suficiente para transformação social do sujeito. Hooks (2020) discorrendo em “Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade” ao referendar Paulo Freire a educação popular, preconiza a ações que não sejam somente por entusiasmo. É necessário uma via de mão dupla que construa sobre o educar e politizar efetivas emancipações, que venham a confrontar esse “pagamento”  á garantir justiça em extensões.  

Dyer (1997 apud HOOKS, 2019, p.301) sobre “a fantasia que torna a branquitude como sinônimo de bondade” menciona, 

 

O poder na sociedade contemporânea habitualmente se disfarça como a personificação do normal em oposição ao superior. Isso é comum a todas as formas de poder, mas funciona de maneira especialmente sedutora com a branquitude, devido à maneira como ela parece enraizada, no pensamento do senso comum, em outras coisas em que não a diferença étnica […] É dito (mesmo em livros de teoria liberais) que existem associações inevitáveis do branco com a luz e, portanto, com a segurança, e do negro com o escuro e, por isso, com o perigo, e que isso explica o  racismo  (enquanto na verdade podemos argumentar sobre a segurança de estar envolto pela escuridão, e o perigo de estar exposto a luz).

 

O modo pelo qual a Sra. S foi recebida e liberada ao processo em liberdade, em que inclusive a justificativa permeou-se no homicídio culposo onde não houve a intenção de matar, revela a santificação da figura branca acompanhado do capital, status, a banalização das violências não verbais e físicas. Nesse sentido, 

 

Ao confrontarmos nossa experiência vivida como mulheres e negras, percebemos que a história das lutas, em nossos países e na imigração, é uma história na qual somos negadas, distorcidas […] É por isso que a nossa luta como mulheres é acima de tudo autônoma, porque da mesma forma que pretendemos combater o sistema capitalista que nos oprime, nos recusamos a sofrer com as contradições militares que, ao reivindicar a luta por um socialismo sem aspas, perpetuam essa prática em relação às mulheres, no entanto, um tipo de relação de dominação que criticam outros campos (LESSELIER, 1978 apud VÈRGES, 2020, p.108).  

 

 Assim, “analisar os trabalhos de limpeza e cuidado nas configurações atuais do capitalismo racial e do feminismo civilizatório é uma tarefa de primeira ordem” (VÈRGES, 2020, p.134). Entendendo que, “[…] há uma diferença entre ajuda e crítica radical do colonialismo e do capitalismo, entre ajuda e combate da exploração e da justiça” (VÈRGES, 2020, p.45). 

 

  1. O saber identitário à resistência contra hegemônica

 

“Pensar feminismos negros é pensar projetos democráticos” (RIBEIRO, 2019, p.6). Em que a dialogicidade entre as relações, que são sociais, compreendam o lugar de fala identitário na qual, desmistifique e desnaturalize construções demonizadas, depreciativas, estigmatizadas entre outras ao povo negro em suas múltiplas subjetividades. Ainda para a autora citada mais acima, torna-se essencial rememorar que

 

Quando um sistema está habituado a definir tudo, bloquear os espaços e as narrativas, e nós, a partir de um processo de descolonização, começamos a adentrar esses espaços, começamos a narrar e trazer conhecimentos que nunca estiveram presentes nesses lugares, claro que isso é vivenciado como algo ameaçador (RIBEIRO, 2019, p.75).

 

  Confrontar ações que voltem-se a resistência mesmo na negação quanto a existência da banalização e marginalização agregados ao mito da democracia racial, ultrapassa fazeres que implicam na problematização da não efetividade das políticas públicas até então em situação de retrocesso, devido a atual conjuntura política. É notório gratificar e enfatizar os movimentos que vem se empenhando ao longo dos anos, mas antemão é preciso o cuidado e a apreensão a práticas que não universalizem no grau genérico as necessidades emergentes dessas realidades. Atuando assim, em análise crítica consciente. 

Deste modo, “devemos ter coragem para aprender com o passado e trabalhar por um futuro em que princípios feministas serão o suporte para todos os aspectos de nossa vida pública e privada” (HOOKS, 2019, p.123). Salientando propostas de bases educacionais e politizantes, de forma a fundamentar agregadamente a emancipação e democratização dos direitos a uma resistência contra hegemônica. Pautada em encruzilhadas que não são universais.  

 

REFERÊNCIAS

 

COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. 2016. Disponível em:https://www.scielo.br/pdf/se/v31n1/0102-6992-se-31-01-00099.pdf. Acesso em: 15 de Julho de 2020. 

 

CRENSHAW, Kimberlé. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics.” University of Chicago Legal Forum: Vol. 1989: Iss. 1, Article 8. Disponível em:https://chicagounbound.uchicago.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1052&context=uclf. Acesso em: 18 de Julho de 2020. 

 

DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. 1.ed. São Paulo : Boitempo, 2016. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4248256/mod_resource/content/0/Angela%20Davis_Mulh eres%2C%20raca%20e%20classe.pdf. Acesso em: 20 de Julho de 2020. 

 

KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano. 1.ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019. Disponível em: https://www.academia.edu/39868012/MEM%C3%93RIAS_DA_PLANTA%C3%87%C3%83O_-_ EPIS%C3%93DIOS_DE_RACISMO_COTIDIANO. Acesso em: 30 de Abril de 2020. 

 

G1. Patroa é presa sob suspeita de homicídio culposo após filho de empregada cair do 9º andar no Recife; ela foi solta após fiança. 2020. Disponível em:https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2020/06/03/policia-autua-por-homicidio-culposo-empregadora-da-mae-de-menino-que-morreu-ao-cair-do-9o-andar-no-recife.ghtml. Acesso em: 11 de Julho de 2020. 

 

G1. Caso Miguel: mãe de criança que caiu de prédio de luxo no Recife tem conta de rede social hackeada. 2020. Disponível em:https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2020/07/03/caso-miguel-mae-de-crianca-que-caiu-de-predio-de-luxo-no-recife-tem-conta-de-rede-social-hackeada.ghtml. Acesso em: 11 de Julho de 2020. 

 

G1. Caso menino Miguel: ‘A nossa supremacia branca é assim’, diz historiadora. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2020/06/05/caso-menino-miguel-a-nossa-supremacia-branca-e-assim-diz-historiadora.ghtml. Acesso em: 12 de Julho de 2020. 

 

G1. Caso George Floyd: morte de homem negro filmado com policial branco com joelhos em seu pescoço causa indignação nos EUA. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/05/27/caso-george-floyd-morte-de-homem-negro-filmado-com-policial-branco-com-joelhos-em-seu-pescoco-causa-indignacao-nos-eua.ghtml. Acesso em: 12 de Julho de 2020. 

 

HOOKS, Bell. Olhares Negros, Raça e Representação. 1.ed. São Paulo:Elefante, 2019.

 

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. 2. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2020.

 

JESUS, Clementina de. Cangoma Me Chamou. 1966. Disponível em: https://www.letras.mus.br/clementina-de-jesus/1554398/. Acesso em: 12 de Julho de 2020. 

 

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial.  Estudos Feministas, Florianópolis, 22(3): 320, setembro-dezembro/2014.  Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/36755/28577. Acesso em: 12 de Julho de 2020. 

 

MARTINELLI, Andréa. Angela davis: ‘quando as mulheres negras forem finalmente livres, o mundo será livre’. 2019. Disponível em:https://agenciapatriciagalvao.org.br/destaques/angela-davis-quando-as-mulheres-negras-forem-finalmente-livres-o-mundo-sera-livre/. Acesso em: 11 de Julho de 2020. 

 

SARDENBERG, Cecilia M. B. Caleidoscópios de gênero: Gênero e interseccionalidades na dinâmica das relações sociais. 2015. Disponível em:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/24125/Caleidosc%C3%B3pios%20de%20g%C3%AAnero. Acesso em: 16 de Julho de 2020.

 

SMITH, Barbara. Home girls: a Black feminist anthology. 1983. Disponível em: https://we.riseup.net/assets/168535/150213008-home-girls-barbara-smith.pdf. Acesso em: 16 de Julho de 2020.

 

VÈRGES, Françoise. Um feminismo decolonial. 1. ed. São Paulo: Ubu Editora, 2020. 


[1] “A análise feminista decolonial antirracista e anticapitalista da gestão desta pandemia não difere tanto daquela do cuidado e da limpeza, pois ambos são indispensáveis para o funcionamento do mundo médico” (VÈRGES, 2020, p.22).

[2] Enquanto pesquisadora, considero o sistema de segurança pública pautado em estruturas de poder vigentes a um governo racista. Posto isto, a palavra em aspas como ao invés de “perdidas”, direcionadas.

[3]  Adiante seus nomes estarão como Sra. M e, Sra. S.


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