Plano de Ação Brasil-EUA contra o Racismo

 – Fonte: Pravda.Ru –

AP Photo / Julio Cortez

Reunidos na sede do Departamento de Estado dos EUA, representantes dos governos, do setor privado e da sociedade civil brasileira e norte-americana realizaram na última quarta e quinta-feira (28 e 29/04) uma nova rodada de debates do Plano Brasil-Estados Unidos de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial.

O Plano de Ação, assinado em março do ano passado pelo ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, e pela então secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, tem o objetivo de estimular a colaboração para eliminar a discriminação étnica e racial e promover a equidade de oportunidades em ambos os países. Entre os eixos de cooperação, com orçamento de U$ 5 milhões, estão: preservação da memória, trabalho e renda, habitação, e acesso à justiça e ao crédito, com foco na educação.

As atividades tiveram início com apresentações do ministro Edson Santos, do embaixador brasileiro em Washington, Antonio Patriota, e do secretário assistente para o Hemisfério Sul dos EUA, Thomas Shannon. Além do grupo de trabalho formado pelo tripé governo-empresariado-sociedade civil, estavam presentes à abertura congressistas americanos, e estudantes negros da Bahia e do Rio de Janeiro que participam nos Estados Unidos do programa de intercâmbio LEVANTAMOS – iniciativa integrante do Plano, com ênfase em relações empresariais.

Memória – O primeiro painel tratou da preservação da memória da Diáspora africana nas Américas. A participação brasileira foi garantida pela representante do Museu Afro-Brasil, Lygia Ferreira. Fundado pelo artista plástico Emanoel Araújo, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Museu possui o maior acervo afro das Américas, com mais de 4.500 peças dos séculos XVIII, XIX e XX. Em sua fala, Lygia Ferreira afirmou que a expectativa da instituição é ampliar a cooperação com os museus americanos, trabalhando com perspectivas comparadas.

“A luta contra o racismo será fruto do conhecimento sobre nós mesmos no processo de construção de nossos países, sejamos negros ou não”, afirmou a brasileira, na mesa ao lado do representante de um centro de cultura afro-americana em Nova Iorque, Hart Howard, e da presidente do centro Afro-caribenho de Cultura de Porto Rico, Martha Moreno. Durante o debate, o ministro Edson Santos sugeriu que o grupo trabalhe para a criação de um museu da história da Diáspora nas América, defendendo, além da criação de uma instituição física, o investimento em ferramentas virtuais, por sua maior capilaridade e capacidade de democratizar as informações para pessoas de todos os países do continente.

Matéria original: Plano de Ação Brasil-EUA contra o Racismo

+ sobre o tema

12 milhões de crianças e jovens não têm acesso adequado a esgoto no Brasil

Aproveitando a aproximação do Dia das Crianças, comemorado no sábado...

Quilombolas vencem eleição para prefeito em 17 cidades

Candidatos que se declararam quilombolas venceram as eleições para...

Saiba quem são os 55 vereadores eleitos para a Câmara Municipal de São Paulo em 2024

Os moradores de São Paulo elegeram 55 vereadores neste...

Constituição, 36 anos: defender a democracia

"A Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação...

para lembrar

Trump se torna 1º ex-presidente condenado em ação criminal na história dos EUA

Donald Trump se tornou o primeiro ex-presidente considerado culpado pela...

Meritocracia: Luiz Fux mata no peito para filha marcar gol

Ministro Luiz Fux mata no peito e centra para...

A previdência e as viúvas

Cara presidente Dilma Rousseff, estou indignada: nós, mulheres, não...

Barack Obama: Moçambique entre os poucos países africanos com política económica abrangente

O presidente norte-americano, Barack Obama, aponta Moçambique como um...

A cidadania vai além das eleições

Cumprido ontem o dever cívico de ir às urnas eletrônicas nas eleições municipais em todo o país — para quem não precisa voltar e mesmo...

Eleições municipais são alicerce da nossa democracia

Hoje, 155,9 milhões de eleitores estão aptos a comparecer às urnas e eleger seus prefeitos e vereadores. Cerca de 400 mil candidatos, sendo 13.997...

Eleição: Capitais nordestinas matam 70% mais jovens que Rio de Janeiro

As capitais nordestinas matam cerca de 70% mais jovens do que a cidade do Rio de Janeiro, que costuma estar nos noticiários com cenas...
-+=