Plano de Aula – A travessia do Atlântico: o trafico de escravos

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UBERLANDIA – MG Universidade Federal de Uberlândia

Estrutura  Curricular
MODALIDADE / NÍVEL DE ENSINO COMPONENTE CURRICULAR TEMA
Ensino Fundamental Inicial História Organizações e lutas de grupos sociais e étnicos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Compreender a diversidade étnica, cultural e regional dos escravos capturados pelos traficantes europeus no continente africano.

Analisar as precárias condições da travessia do Atlântico nos navios negreiros, pelos escravos africanos.
Identificar formas de luta e de resistência dos trabalhadores africanos ao sistema escravista no Brasil.

Duração das atividades
03 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Fundamentos da colonização portuguesa no Brasil.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1

I- Iniciar a aula discutindo a diversidade étnica, cultural e regional dos escravos capturados pelos traficantes no continente africano

Atividades propostas:

1- Observar atentamente a imagem abaixo, descrevendo-a em detalhes.

Jean Baptiste Debret, Différentes Nations Nègres (1835). Fonte: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon393053v2i36.jpg

2– Relacionar a descrição feita na questão 1 com o título-tema da obra de Debret. Será possível observar que o autor ressalta as diferenças étnicas entre os africanos a partir dos adereços, cortes de cabelos, marcas tribais, etc.
3– Registrar as conclusões no caderno e, em seguida, socializá-las com os colegas e com o professor.

Professor, aprofunde a reflexão com os alunos discutindo de forma mais abrangente a diversidade cultural, política e econômica dos povos africanos à época em que ocorreu o tráfico de escravos para o continente americano. O objetivo é mostrar que os escravos capturados na África possuíam culturas diversas e vinham de diferentes regiões do continente africano. Portanto, possuíam diferentes costumes, tradições, línguas, crenças, etc.

Aula 2

II- Debate: As precárias condições da travessia do Atlântico nos navios negreiros e o regime de escravidão no Brasil

A partir da discussão feita na aula 1, propor aos alunos uma reflexão sobre as condições enfrentadas por homens, mulheres e crianças capturados na África e embarcados à força nos navios negreiros. Para tanto, propor a projeção do vídeo “A abolição: parte I”. Disponível no portal do professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=10013

A abolição: parte I

O vídeo possibilita a introdução de uma discussão a respeito das seguintes temáticas relacionadas ao tema da aula:

A- As condições de transporte dos escravos africanos para a América nos navios negreiros.
B– O tráfico interprovincial no Brasil, após a proibição legal do tráfico de escravos africanos pela lei Eusébio de Queirós, de 1850.
C– Condições de vida e trabalho dos escravos no Brasil.
D– Formas de luta e de resistência dos escravos.

Atividades propostas:

1- Promover um debate sobre as idéias centrais discutidas no vídeo e solicitar aos alunos que anotem as suas conclusões no caderno.
2- Solicitar aos alunos que procurem informações que expliquem por que os navios negreiros eram chamados de tumbeiros.

Aula 3

Produção de maquete de um navio negreiro

Como culminância das atividades desta aula, propor aos alunos a produção de maquete de um navio negreiro

Orientações:
1- Inicialmente o professor poderá motivar os alunos para a atividade a partir da projeção do vídeo “Maquetes que Ensinam a História”, no qual são exibidas maquetes produzidas por bolsistas do NEP (Núcleo de Estudos do Patrimônio e Memória) da UFSM, entre elas a de um navio negreiro. O vídeo está disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=uP16xPt 7v-E  Acess o em 17/09/09.

2-

Maquete de um navio negreiro. Imagens extraídas de:http://w3.ufsm.br/prograd/downloads/Construindo%20Maquetes.pdf. Projeto “Construindo Maquetes: Um Suporte Lúdico Para o Ensino da História”, desenvolvido pelo Núcleo de Estudos do Patrimônio e Memória (NEP – UFSM).

3- A partir das consultas realizadas, os alunos devem definir o tipo de material que será utilizado para fazer o navio e suas dependências e também o material que será utilizado para fazer as pessoas.
4– Usar a criatividade e os conhecimentos adquiridos na aula para a construção da maquete.

Atenção, professor!

Os alunos poderão buscar também a orientação do professor de Geografia para as questões relacionadas às noções de escala e proporcionalidade e do professor de Artes para a definição e preparação do material a ser utilizado na construção da maquete.

Recursos Educacionais
NOME TIPO
A abolição: parte I Vídeo
Recursos Complementares

Professor, enriqueça a sua aula introdutória orientando os alunos a reunirem dados sobre a vida e a obra de Jean Baptiste Debret (1768-1848). Os alunos podem iniciar esta atividade consultando o seguinte endereço: http://www.klickeducacao.com.br/2006/conteudo/pagina/0,6313,POR-694-7213-,00.html

Para um aprofundamento da discussão relativa à diversidade étnica, cultural e regional dos escravos capturados pelos traficantes no continente africano e das condições da viagem nos navios negreiros, acesse:

Navio Negreiro

Avaliação

Tendo como princípio que a ação avaliativa deve permear toda a prática pedagógica do professor dando-lhe constantemente elementos que lhe possibilitem auxiliar o estudante no seu desenvolvimento, o professor poderá avaliar os alunos a cada etapa do trabalho por meio das atividades desenvolvidas na aula, como a interpretação e debate das idéias centrais dos recursos utilizados (imagem e vídeo), e também a partir do processo de produção de maquete de um navio negreiro.

Fonte: Portal do Professor

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