Política do livro e leitura: africanidades e relações raciais

Programa

No mês em que a cidade de São Paulo deve apresentar e discutir uma primeira versão do documento-base do Plano Municipal do Livro, da Leitura, da Literatura e das Bibliotecas de São Paulo (PMLLLB/SP), a Fundação Cultural Palmares lança o livro “AFRICANIDADES E RELAÇÕES RACIAIS: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Brasil” que propõe um diálogo com os planos nacional, estaduais e municipais.

No Sesc 

A obra apresenta um diagnóstico da realidade sociocultural do setor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (LLLB), pelas dimensões de raça e africanidades, a partir do pensamento de 48 mulheres e homens, predominantemente negros e jovens, 23 moradores de São Paulo, considerando os desafios da encruzilhada do combate ao racismo e da formação do leitor-literário.
Tendo em vista os objetivos do PMLLLB de estabelecer políticas públicas participativas para acesso ao livro, à leitura, à literatura e às bibliotecas, desenvolvendo e apoiando as ações dos mediadores de literatura, incentivando escritores, editores e livreiros à bibliodiversidade e garantindo recursos para a implementação do Plano, Cidinha da Silva (organizadora do livro), Polo de Leitura LiteraSampa e o Centro de Pesquisa e Formação realizam este encontro para municiar os participantes a intervirem de forma qualitativa na transversalização das dimensões de raça e africanidades nas políticas do LLLB.

Palestrantes

Cidinha da Silva

square

Prosadora e dramaturga. Escreveu, entre outros, Racismo no Brasil e afetos correlatos (Conversê, 2013) e organizou o livro ora lançado. É doutoranda no Programa Multi-Institucional e Multidisciplinar em difusão do Conhecimento (UFBA). (Foto: Elaine Campos)

Mário Augusto Medeiros

Mário Augusto Medeiros

Sociólogo, docente do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-Unicamp). Autor de  A Descoberta do Insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil, 1960-2000 (Aeroplano, 2013). (Foto: Acervo pessoal)

Maria Aparecida Silva Bento

Doutora em Psicologia Social, diretora executiva do CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades. (Foto: Acervo pessoal)

Esmeralda Ribeiro

Esmeralda Ribeiro

Jornalista, escritora e pesquisadora da literatura afro-brasileira. Integra o Quilombhoje Literatura, grupo paulistano de escritores afro. (Foto: Acervo pessoal)

Mariana Assis

Mariana Assis

Mestre em Linguística Aplicada, Licenciada em Letras e Bacharelanda em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Campinas. (Foto: Acervo pessoal)

Rafael Simões

rafa

Estudante de pedagogia, do grupo Escritureiro (Aventureiros da Escrita de Parelheiros); é mediador de leitura e gestor da Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura/Ibeac e LiteraSampa. (Foto: Acervo pessoal)

Bel Santos Mayer

bel

Pedagoga social, coordenadora do Programa de Direitos Humanos do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário – Ibeac; da coordenação colegiada do Polo de Leitura LiteraSampa e membro do GT do PMLLLB/SP. (Foto: Acervo pessoal)

Neide Aparecida de Almeida

Neide Aparecida de Almeida

Socióloga, Mestre em Lingüística Aplicada ao Ensino de Línguas, pela PUC-SP, consultora na área de leitura e literatura e coordenadora do Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil. (Foto: Acervo pessoal)

Ricardo Queiroz

Ricardo Queiroz

Formado em biblioteconomia e documentação/FESPSP mestrando em ciência da informação pela ECA/USP; foi criador e gestor da Gibiteca Municipal de São Bernardo do Campo; representante do Poder Legislativo no GT do PMLLLB/SP. (Foto: Acervo pessoal)

Raquel Almeida

Raquel Almeida

Poetisa e articuladora do sarau Elo da Corrente. (Foto: Acervo pessoal)

Ruivo Lopes

Ruivo Lopes

Educador e poeta. (Foto: Acervo pessoal)

Programação
10h00 – 10h40 – Credenciamento e Abertura artística
Apresentação pocket do Slam da Guilhermina. Slam da Guilhermina é um encontro literário em forma de batalha poética que acontece toda última sexta-feira do mês, às 20h, ao lado da estação de metrô Guilhermina – Esperança.
Abertura Institucional (10h40 às 11h10): representantes da Fundação Cultural Palmares, da Secretaria Municipal de Educação, da Secretaria Municipal de Cultura, do Grupo de Trabalho do PMLLLB/SP, do Sesc/SP.
Mesa 1 (11h10 às 13h):  A manufatura do livro, interseções e fraturas entre literatura negra e literatura periférica. Com Cidinha da Silva, Mário Augusto Medeiros e Maria Aparecida Silva Bento
Mesa 2 (14h30 às 16h30): Livro e Leitura: memórias, resistências e inspiração literárias. Com Esmeralda Ribeiro, Mariana Assis e Rafael Simões
Mesa 3 (16h30 às 18h): Bibliotecas Comunitárias e bibliodiversidade. Com Bel Santos Mayer, Neide Aparecida de Almeida e Ricardo Queiroz
Sarau Literário (18h30 às 20h30). Com Raquel Almeida e Ruivo Lopes

(Foto: Rodrigo Motta)

Inscrições a partir do dia 23/02, às 14h.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...