PSG admite ter cometido crime de racismo em recrutamento de atletas nas categorias de base

Documentos vazados pelo ‘Football Leaks’ dão conta de que Marc Westerloop, responsável pela base, tinha subgrupos de atletas divididos por etnias

Do FOX Sports

Divulgação

O Paris Saint-Germain admitiu por meio de uma nota oficial que cometeu o crime de racismo no recrutamento de atletas em suas categorias de base. A medida é considerada ilegal. Apesar da atitude do clube, o próprio PSG disse que não existe um sistema formado no clube para fazer tal ação, e sim que foi um caso isolado cometido por um dirigente: Marc Westerloop.

“O Paris Saint-Germain confirma práticas ilegais cometidas pelo sistema de recrutamento do seu centro de treinamento, dedicados a atletas de fora do Ile de France. Essas práticas são de responsabilidade exclusiva do chefe deste departamento. A direção geral do clube nunca teve conhecimento de um sistema de registro étnico dentro de um departamento de recrutamento, nem possuía um. Essas práticas traem o espírito e os valores do Paris Saint-Germain”, diz a nota do clube.

A denúncia foi realizada pelo ‘Football Leaks’, que vazou informações e documentos confidenciais a respeito do PSG. Segundo o portal, o time francês possuía um método de classificação de atletas por meio de etnias. O clube dividia os seus atletas em quatro subgrupos: ‘Francês’ (branco), ‘Norte-africano’, ‘Das Antilhas’ e ‘Africano’ (negro). Tudo isso aconteceu entre os anos 2013 e 2018.

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